Convergente - Veronica Roth

Estava tão ansioso para ler a conclusão da saga cativante criada por Veronica Roth que não aguentei esperar... assim que o livro foi lançado nos EUA corri para lê-lo, o que já faz um tempinho.... então me perdoem se eu esquecer algo ou se eu cometer algum equivoco hehe. Para ser sincero, ainda não tinha feito resenha de "Convergente" porque estava na dúvida do que falar, já que fiquei com um mix de sentimentos apos terminar a leitura.. mas com o lançamento de Convergente no Brasil decidi que valia a pena fazer sim, até porque já tem resenhas dos outros dois livros aqui no blog.

Atenção! Se você ainda não leu Divergente e Insurgente, não prossiga!

Muito bem, Insurgente termina com Tris se aliando a Marcus e finalmente liberando o segredo que Janine e a Erudição tanto lutaram para guardar: um vídeo, onde uma mulher chamada Amanda Ritter/ Edith Pior - uma antepassada de Tris e Caleb - diz que o sistema de facções foi criado para que a sociedade reconstituísse seu senso de moral que foi perdido num mundo corrupto. Assim, Amanda diz que a   cidade de Chicago foi selada longe do resto do mundo, mas que quando o número de divergentes crescessem, a facção da Amizade estaria livre para abrir os portões que levam para o mundo exterior.

Convergente começa com Tris presa, acusada de traição. Mas não só ela, todos que foram a favor da Erudição ou representaram problemas para o sem-facção também estão presos e sendo julgados por seus atos. Quem comanda as coisas agora é Evelyn, a líder dos sem-fação e mãe de Tobias. Ela quer abolir o sistema até então vigente e impedir que qualquer um saia da cidade, porém há pessoas que discordam do comando de Evelyn e por isso decidem formar um grupo rebelde, nomeado Allegiant (não sei como ficou na versão em português!). Parte desse grupo recebe a tarefa de fugir da cidade para entender o que há lá fora e é aí que entram Tris, Four, Christina e etc... E eu não posso falar mais nada senão acabo soltando uma enxurrada de spoilers. haha


Enfim, em Convergente você finalmente entende onde a Veronica queria chegar desde o começo. Falo isso porque quando comecei a ler a saga, fiquei com impressão de que uma sociedade dividida em facções era meio ingênuo e que havia muitas falhas nessa ideia. Mas tudo era esperteza da Veronica! Ela foi extremamente ousada em ir liberando informações e pistas sobre para onde a história seguiria aos pouquinhos, só o suficiente para aguçar nossa curiosidade e nos deixar com a boca ainda mais aberta quando chegássemos na conclusão da história. E gente, é mesmo surpreendente! Juro que nunca tinha imaginado isso! Fica evidente o quanto Veronica planejou cada livro com cuidado. 

Mais uma vez temos um livro envolvente, que lida com questões legais. As respostas para os mistérios da série são satisfatórias, os conflitos das personagens interessantes, mas temos menos ação aqui do que nos livros anteriores, o que eu acho que foi bom para criar um clima de conflito mais psicológico e ideológico. Além disso, o legal é que Veronica construiu a história de modo que assim como os personagens, que são confrontados com uma nova visão de mundo diferente de tudo que eles sempre conheceram, nós também somos confrontados com o que achamos que sabíamos da série.

"Convergente" é narrado não só por Tris, mas também por Tobias, o que eu achei legal, pois é interessante ver como ele pensa e entender melhor como ele se porta em frente a algumas situações, principalmente em relação à sua família e descobertas sobre si mesmo. Aliás - sobre as duas personagens - senti que Convergente é muito mais focado no individual de cada um e nos desafios que cada um tem que enfrentar do que nos dois como casal. O que é muito importante para o desenrolar da trama, mas calma... a relação deles ainda é muito explorada! De fato, preciso elogiar Veronica por criar um dos casais mais próximo da realidade que eu já vi em romances para YA.


Mas nem tudo são flores.. disse lá em cima que terminei o livro sentindo um mix de emoções... mas por que? Porque é o último livro e por isso esperava algo a mais... fiquei com uma sensação de que era mais um livro de transição do que o final da saga, sabe? Senti que havia muito mais coisa para explorar e muita coisa a contar ainda.. Pena, quem sabe Veronica um dia não decide fazer um spin-off? De qualquer forma, valeu muito a pena ler essa saga e eu já estou super ansioso para conferir Divergente nos cinemas!

Ps: sobre o final do livro.... muita gente ficou revoltada. Eu fiquei um pouco #chateado também. Porém, depois de ler a carta aberta que Veronica liberou explicando suas escolhas, eu entendi. Achei coerente. Não quer dizer que concordo, mas... faz sentido.

Escrito por Vitor Souza

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