Pra ouvir: Thamires Tannous



A música brasileira renasce de tempos em tempos e algo extremamente natural é seu poder de nos presentear com novos e grande talentos. Eles vem sempre com muita coisa boa para acrescentar e com ritmos e melodias bem diversificadas. Para quem não tapou os ouvidos e prestou atenção, nos últimos anos, por exemplo, ganhamos uma leva de artistas que deram uma boa renovada na tão preciosa MPB nossa de cada dia. Tulipa Ruiz, Céu, Mariana Aydar, Criolo, Emicida, Thiago Pethit, Karina Buhr, Rhaissa Bittar, Mariana Volker, Carol Konka, Ana Cañas, Bárbara Eugênia, Marcelo Jeneci, Tiago Iorc, Tiê, Alice Caymmi e as próprias bandas que se revelam noite e dia nos festivais de televisão, como as bandas Suricato e Malta, fazem parte desse enorme leque da diversidade musical que presenciamos atualmente.  

Junta-se ao grupo a cantora de voz doce e som envolvente, Thamires Tannous. Nascida em Campo Grande (MS) e na praça nacional com o disco 'Canto para Aldebarã', projeto composto de 11 músicas e lançado em 2014. O álbum é bem ritmado e tem um tom bem-disposto. Foi produzido por Dante Ozzetti e contou com a participação dos músicos Ivan Vilela, Toninho Ferragutti, Sérgio Reze, Ricardo Herz, William Bordokan e do próprio Dante.

Com acesso livre em sites de streaming e também no próprio site de Tannous, 'Canto para Aldebarã', revela a trajetória da cantora e todas as suas inspirações, desde a adolescência. Ela assina, neste primeiro trabalho, nove das canções e se aliou aos letristas e parceiros Luiz Tatit, Kléber Albuquerque, Estrela Leminski e o português Tiago Torres da Silva. Seu disco traz com vigor e delicadeza músicas que abordam o amor, a natureza e os tempos contemporâneos com muita sensibilidade e a sintonia dos sons aprazíveis de instrumentos amplamente distintos e agregadores.

Tannous, que volta hoje (24) a Botucatu (SP), cidade que lhe trouxe a tona com prêmio de melhor intérprete, em 2011, participa do Festival de Inverno de 2015 e promete tocar faixas de 'Canto para Aldebarã' e também canções inéditas que devem estar em seu próximo trabalho. Durante o show, a artista será acompanhada por Dante Ozzetti (violão), Bruno Bething (guitarra), Bruno Marques (bateria) e Peter Mesquita (baixo). A entrada será franca, mas sujeita à lotação.


Serviços:
Data: 24 de julho
Abertura da casa: 20h
Horário do show: 20h30
Ingressos: gratuitos (sujeito à lotação de 518 lugares)
Local: Cultura Botucatu (Av. Dom Lucio, 755)
https://www.facebook.com/events/1456218788030226/

Trocamos alguns e-mails, esta semana, com a equipe da Jazz House, que assessora a cantora  e , logo abaixo, vocês podem conferir o papo curtinho e descontraído que tivemos com a moça.


WBN
Bem, soubemos que vai se apresentar no 'Festival de Inverno de Botucatu', em breve, o que acha de iniciativas assim? dão mais espaço para os novos artistas? Se sim, acredita que a diversidade dos públicos que frequentam festivais incentiva o crescimento destes novos artistas?


TT= Acho que são ótimas maneiras de diversificar a cultura local, no caso da cidade de Botucatu, e para nós artistas, uma ótima oportunidade de levar nossa música para um novo público. Com certeza o público frequentador desses festivais incentiva o crescimento de novos artistas, pois é um público formador de opinião. Se gostam, divulgam, consomem a arte e procuram acompanhar o artista dali pra frente.

WBN
Você vem lá do Mato Grosso do Sul, certo? Tanto em sua terra natal, como no resto do Brasil, os artistas em inicio de carreira sempre tem que levar sua música para o grande centro para ganhar visibilidade. Acha isso ruim ou bom?

TT= Sim, sou de Campo Grande. Acho que como tudo na vida, tem o lado bom e o lado ruim. Quando um artista se fortalece num pólo menor, ele atrai os olhares de quem é de fora. No caso da música sertaneja, por exemplo, Campo Grande é uma vitrine, onde grandes empresários descobrem novas duplas de tempos em tempos. Luan Santana, Michel Teló...vieram de lá. Mas claro, não é sempre que isso acontece. Por isso, um grande centro como São Paulo acaba sendo um lugar com um leque de possibilidades profissionais muito maior, além de permitir que o artista esteja em contato com todos os tipos de arte e eventos culturais. Fora isso, trabalhar em um grande centro te obriga a buscar um melhor desempenho já que a quantidade de talentos é alta.

WBN
Nós brasileiros somos uma mistura complexa e cheia de camadas, concorda? e você tem descendências árabes, certo? Acredita que colocar isso na sua música te dá uma identidade própria ?


TT= Concordo. Minha família é libanesa, tanto por parte de mãe quando de pai. Acho que colocar isso na minha música me dá uma identidade própria, não pelo fato de essa mistura ser inédita, mas porque a forma como cada um apresenta seu universo musical é singular, justamente por que possuímos muitas influências, diferentes umas das outras.


WBN
O vídeo da canção 'Canto para Aldebarã", faixa título do seu primeiro disco, já obteve muitas visualizações no youtube. Como foi o processo de criação do vídeo?


TT= O roteiro foi criado em conjunto, por mim, pela Liene Saddi, Andre Polles, Diane Mai e Diego da Costa. A ideia era mostrar diversas pessoas, em diferentes contextos, conectadas pela felicidade. Acho que a música passa isso. O processo de criação foi muito prazeroso, apesar de trabalhoso. Ver cada etapa do clipe ficando pronta, até o clipe final, foi gratificante. Foi meu primeiro clipe, do meu primeiro disco, enfim...tem uma grande importância pra mim.



WBN
Você costuma usar muito a internet? gosta das ferramentas/apps/sites de Streaming de música? (LastFM, RDIO, Myspace)


TT= Sim, uso muito. Hoje em dia, minha principal ferramenta de audição musical são os sites de streaming.

WBN
Por último, gostaríamos de saber o que te influencia para criar ? Se é um processo tenebroso ou leve e se você pode citar três artistas que tem escutado bastante.


TT= Muitas coisas me influenciam...pode ser um relacionamento, pode ser a natureza, pode ser um momento, uma cor, um cheiro, ou a própria vida. Isso varia. Não é nunca tenebroso...é muito gostoso! Em alguns momentos, gera um pouco de ansiedade, pois nem sempre se consegue criar uma música inteira no mesmo dia. Então tem aquela coisa da espera. Mas nada como ver uma música sua pronta, tomando forma, na sua voz ou de outra pessoa, com um arranjo legal e principalmente, uma pessoa se emocionando ao ouví-la. 3 artistas que tenho ouvido: Alabama Shakes, Dhafer Youssef e Elomar.


É isso!
Espero que tenham curtido conhecer um pouco da artista!

E acessem o conteúdo disponível nos links abaixo para apreciarem ainda mais.
Site:: www.thamirestannous.com
Facebook: www.facebook.com/thamirestannous


Agradecemos a equipe da A Jazz House e à ela pela atenção! E quem estiver próximo ao local do show, não perca! Tenho certeza que será uma experiência muito enriquecedora.


See Ya!

B-

Escrito por Bárbara Kruczyński

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