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A pequena Anna Mae Bullock (Raeven Larrymore Kelly) já chamava atenção no coral da igreja em Nutbush, Tenesee. Negra, pobre, também convivia com a violência de um pai abusivo. Um dia, sua mãe, Zelma (Jenifer Lewis), não suporta mais e foge levando apenas sua irmã Alline (Phyllis Ivonne Stickney). A pequena é então criada pela avó Georgiana (Cora Lee Day) e, já crescida, logo após a morte da matriarca, em 1958, vai ao encontro da mãe em St. Louis.

Frequentando o Clube Royalle, onde sua irmã trabalhava, Anna conhece o líder da banda Ike Turner (Lawrencw Fishburne), a quem impressiona com sua voz grave e potente. Ele a convida a entrar para a banda e tempos depois casam-se e tem filhos. Juntos, Ike e Tina, nome artístico dado por ele a Anna, produzem muitos sucessos e se destacam no mercado musical. Entretanto, com o passar dos anos, a vida de Anna Mae se torna um verdadeiro inferno, com altos e baixos. Ike se torna violento e chega ao ponto de agredi-la em lugares públicos, desfigurando seu rosto. Filhos, amigos, a banda, todos presenciam os espancamentos e agressões verbais. O apaixonado Ike se transformou no monstro Ike. Viciado em drogas e álcoolatra, ele não controla os ciúmes pelo sucesso da mulher e sua popularidade. O fundo do poço chega com a tentativa de suicídio.

"What's Love Got To Do With It", título original da produção, é baseada no livro autobiográfico "I, Tina" com roteiro de Kate Lanier e direção de Brian Gibson. Tina é interpretada por Angela Basset.


Ficha Técnica

Título original e ano: What's Love Got To Do With It, 1993. Direção: Brian Gibson. Roteiro: Kate Lanier - baseano no livro escrito por Tina Turner e Kurt Loder. Elenco: RaéVen Kelly, Cora Lee Day, Jenifer Lewis, Angela Bassett, Phyllis Yvonne StickneySherman Augustus, Chi McBride, Laurence Fishburne, Richard T. Jones. Gênero: Drama, Musical, Biografia. Nacionalidade: USA. Trilha Sonora Musical: Stanley Clarke. Fotografia: Jamie Anderson. Edição: Stuart H. Pappé. Figurino: Ruth E. Carter. Duração: 01h58min

O drama nos entrega uma história comovente com atuações potentes. Os cenários e figurinos são perfeitos, e contam com perucas originais dos shows. A maquiagem é muito real. Quem acompanhou um pouco da carreira de Tina Turner irá reconhecer cada fase da cantora. As perfomances dramáticas são incríveis e impressionam pelo realismo. O corpo musculoso de Basset se move no palco com a mesma desenvoltura de Tina. Ela personifica a artista de forma convincente e monumental. As canções que marcaram a carreira são inseridas estrategicamente, sincronizando atuação e vocais originais. Destaque para "Proud Mary" no famoso show em Londres, em 1968, e "Disco Inferno" no show de 1980. 

O filme e suas cenas brutais levam o público a refletir sobre violência doméstica. O fato de Anna Mae ter sido abandonada pela mãe deixou um rombo psicológico que ela tenta suprir aceitando uma relação abusiva.


"Eu sei o que é ser abandonada pela própria família. Eu não consigo me livrar dele!"

Tina conheceu o Budismo através de sua amiga Jackie (Vanessa Bell Calloway) e o mantra "Nan Myoho Renge Kyo" lhe deu forças. O cântico a fez adquirir confiança para sair da relação abusiva, mas não foi fácil. As cenas da última agressão na limusine e a reação de Tina são dolorosas e comoventes. Ela foge de Ike com 36 centavos e muita coragem e determinação na bolsa. Se divorcia e fica apenas com o nome que se tornou sua marca artística. O encontro com o produtor Roger Davies (James Reyne), em 1980, a traz de volta a indústria. Entretanto, o ex ainda tenta reatar e a ameaça novamente.  Desta vez ele encontra uma mulher forte e determinada. Antes do show de retorno no Ritz, em Nova York, ele ainda tenta a ameaçar com uma arma. Vai preso na sequência por uso de drogas. 

Vale muito assistir este filme que é uma história real de sofrimento e superação, e que mostra que a violência não escolhe classe social.

Escrito por Helen Ribeiro

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