Como Matar a Besta | Sessão Vitrine 2022

 

As opiniões de crítica e público sobre Como Matar a Besta não tem sido as mais generosas. Um rápida busca pelo nome do filme em sites de busca e redes sociais voltadas à cinefilia revelam espectadores insatisfeitos com a suposta falta de coesão ou profundidade narrativa no longa-metragem de Agustina San Martín. Parece haver uma incompreensão de que este não é um filme de roteiro.

Com uma fotografia que consegue imprimir nas imagens a umidade  e o calor da região fronteiriça entre Brasil e Argentina, a diretora se debruça sobre uma história muito simples e pouco desenvolvida, mas que evoca tensão, eroticidade e mistério ao brincar com o tom fabulesco. 

Trailer


Ficha Técnica
Título original e ano: Como Matar a Besta, 2021. Direção e Roteiro: Agustina San Martín. Elenco: Tamara Rocca, Ana Brun, João Miguel, Sabrina Grinschpun, Juliette Micolta. Gênero: drama, terror. Nacionalidade: Argentina, Brasil, Chile. Trilha Sonora: O Grivo. Direção de Fotografia: Constanza Sandova. Direção de arte: Agustín Ravotti. Montagem: Hernán Fernández, Ana Godoy.Distribuição: Vitrine Filmes. Duração: 79 min.

Após perder a mãe, a adolescente Emilia (Tamara Rocca) viaja para uma pequena cidade rural a fim de procurar o irmão mais velho, um rapaz que foi afastado do convívio com a família devido a seu comportamento violento. Hospedada na pensão de uma tia, a jovem deixa mensagens na secretária eletrônica do parente e menciona seu nome a todos que conhece. Mas ninguém parece querer falar de Mateus. Assim, a jovem vai alongando sua estadia e firmando novas amizades enquanto observa a população local caçar noite após noite uma besta humana capaz de tomar a forma de diversos animais. 

 


A única insatisfação que o filme deveria gerar em uma audiência de olhar treinado é a de querer que a câmera mergulhasse na floresta e nós descobríssemos mais sobre a besta e a cidade com aura de realismo mágico tanto quanto a narrativa mergulha no interior de Emília. Neste sentido, esta pode até ser classificada como uma história do subgênero comming of age, visto que a mudança de ares proporciona á protagonista descobertas sobre si mesma, sobre sua sexualidade e sobre sua família. No entanto, vale frisar que é um comming of age latino-americano que exerce toda a sua latinidade em imagem e áudio.

 Trailer da ''Sessão Vitrine''


A coprodução entre Argentina, Brasil e Chile faz parte da nova ''Sessão Vitrine'' e chega hoje aos cinemas após ter sido exibido em diversos festivais, entre eles Toronto e Festival do Rio. 
 
HOJE NOS CINEMAS

Escrito por Luana Rosa

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