quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Orgulho e Preconceito e Zumbis


Parodiar o clássico da literatura inglesa ''Orgulho & Preconceito'', escrito por Jane Austen, em 1813, deve ter exigido bastante do escritor, roteirista, produtor e afins, Seth Grahame-Smith. Conhecido na indústria cinematográfica pelos roteiros de 'Sombras da Noite (2012)' e ''Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros (2012), outra adaptação de um livro seu, o autor tem a artimanha de destroçar histórias em domínio público e moldar outro mundo a partir delas - e de uma maneira super zuada, se é que me entendem. 

Sua obra (que foi best-seller no Nytimes''Orgulho & Preconceito e Zumbis'' - o qual não li, mas folheei - apresenta trechos interessantíssimos  e une o enredo do livro mais aclamado de Austen, de forma bem estruturada, ao universo das tão temidas criaturas do zumbis. Quando em pré-produção, o longa teve acoplado ao projeto nomes como Natalie Portman,  Scarlett Johansson, Anne Hathaway, Emma Stone, Mia Wasikowska, Rooney Mara, Mila Kunis e Blake Lively, para viverem a protagonista, Elizabeth Benett. Portman, inclusive, era a predileta e entrou para o casting, porém, por conflito de agenda, a atriz acabou deixando o elenco para virar produtora e fez muito bem. O primeiro diretor cotado para comandar o barco foi David O. Russel e depois de algum tempo Burr Steers (17 Outra Vez), que assumiu não só a direção como também o roteiro.

A película entra em cartaz nesta quinta-feira (25) e tem Lily James e Sam Riley como os protagonistas. 

Sinopse:
Inglaterra, século XIX. Uma misteriosa praga espalha zumbis por todos lados, mas Elizabeth Bennet (James), especialista em artes marciais e no manuseio de armas, está preparada para enfrentar os piores mortos-vivos. O que a incomoda de verdade é ter que conviver e lutar ao lado do arrogante Sr. Darcy (Riley).

A película descarrega em tela uma centena de informações a respeito do que aconteceu com o mundo e como as pessoas da época estão fazendo para sobreviver aos zumbis. As irmãs Bennet, por exemplo, foram a China desenvolver um mega treinamento, mas claro não melhor do que aqueles que visitaram o Japão para o mesmo. As moças são guerreiras ferozes e não temem nada. Já sua mãe, a senhora Bennet (Phillips), vive as importunando com o lenga-lenga de que precisam se casar para terem como sobreviver, afinal, no sistema britânico da época, as filhas mulheres não herdavam a herança dos pais, somente os varões o podiam.
 
E logo chega a cidade dois jovens ricos e bem apessoados, Coronel Darcy (Riley) e Sr. Bingley (Booth). Darcy tem lutado com vigor na guerra contra os zumbis e Bingley é um jovem sonhador e muito fiel a seus sentimentos. Tanto que de cara já se interessa por uma das Bennet, Jane. Seu amigo Darcy, por outro lado, bate de frente com a mais forte das moças, Elizabeth, e logo temos um dos mais famosos romances literários sendo novamente representando no cinema.

Seria de extrema satisfação dizer que todo o enredo e a baita trabalheira do roteiro funcionam, mas, infelizmente, tudo se perde no longa. O filme nem tom definido tem. Uma hora é extremamente sério e outros dois segundos depois é engraçado - esta última façanha devido a participação necessária de Matt Smith (Doctor Who) como Sr. Collins. Ele é o único que consegue aliviar, comicamente falando, e trazer certa teatralidade a produção. Algo superficial na narrativa, por exemplo, é o papel das outras irmãs de Lizzie e Jane. Aparecem como bobonas e não tem a mesma mesma função que na trama original. Os conflitos criados até se assemelham, mas não tem tanta força. O personagem de Riley, Darcy, contudo, ganha muito destaque e consegue agradar com seu orgulhoso senhor. Lena Headey, que interpreta a temível Lady Catherine de Bourgh, cabe bem no papel e até lembra a interpretação de Judi Dench. Jack Huston dá vida ao Sr. Wickham e tem cenas marcantes com Riley e ainda vemos Charles Dance incorporar um senhor Bennet super caloroso.

Um ponto negativo aqui é a trilha sonora marcante que vem para avisar um momento importante. De péssimo gosto. Não há uma construção bem feita dos rumos dos personagens e a zuação que aparenta ser melhor empregada no livro, não decorre no filme. As cenas de ação e terror fazer o favor de serem ainda piores.

Trailer


Ficha Técnica. Título original e ano: Pride & Prejudice and Zombies, 2016. Direção e Roteiro: Burr Steers - adaptado do livro homônimo de Seth Grahame-Smith. Elenco: Lena Headey, Matt Smith, Lily James, Sam Riley, Sally Phillips, Douglas Booth, Suki Waterhouse, Bella Heathcote, Charles Dance, Ellie Bamber, Millie Brady, Jack Huston. Fotografia:    Trilha Sonora Original:  
Em suma, a película é carregada, demorada e não dá um bom rumo a personagens tão clássicos e adorados.

Avaliação: Dois (2/5 - Decepcionante).

25 de Fevereiro, nos Cinemas!

See Ya!
B-

Deuses do Egito

Agora eu sei que os Transformers vieram do Egito. Não entendeu?! Calma, que eu explico. Chega aos cinemas do Brasil, nesta quinta-feira (25), Gods of Egypt (Deuses do Egito – em português), filme que é uma mistura de ação, aventura, comédia, romance, terror por ter assistido e muito, mas MUITO CGI (Computer Graphic Imagery).

A produção conta a história dos deuses antes do Egito antigo e dá foco ao deus Hórus (Nikolaj Coster-Waldau – Game of Thrones) na busca para reaver o trono que seria seu mas fora tomado por Set (Gerard Butler – Invasão à Casa Branca) no dia de sua coroação. Paralelo a isso, conhecemos Bék (Brenton Thwaites – Malévola) na tentativa de ressuscitar sua amada, Zaya (Courtney Eaton – Mad Max: Fury Road).

A direção de Alex Proyas (O corvo e Eu, Robô) deixa a desejar. O filme é fraco e sofrível em diversos aspectos. Há muito CGI, as cenas, principalmente as de luta, são confusas, o desenvolvimento da história é lento e há erros como nas cenas de deserto, onde claramente dá para perceber que foi utilizado fundo azul e na interação entre deuses e mortais [No início, fala-se que os deuses são maiores que os mortais, contudo, em diversos diálogos, essa diferença não é visível. Já em outros, as cabeças de alguns deuses são tão maiores que eles ficam parecendo os bonecos cabeçudos que encontramos nas lojas].

O roteiro, de Matt Sazama e Burk Sharpless é fraco, confuso e desconexo. Muita coisa fica “voando”. Os diálogos são rasos, os personagens não têm profundidade e toda história acaba sendo movida por vingança [de Horús contra Set] e por desespero romântico [de Bék por Zaya].




O elenco... bem, além do Gerard Butler e do Nikolaj Coster-Waldau que estão no filme só para atrair público há a participação de Brenton Thwaites, Courtney Eaton, Rufus Sewell, Geoffrey Rush, Chadwick Boseman, Elodie Yung, Bruce Spence, Emma Booth, Rachael Blake, Robyn Nevin e Abey Lee. Mas quero chamar atenção para a seguinte questão: os servos e súditos são, em sua maioria, morenos ou negros, já os deuses são brancos, loiros e de olhos azuis.

Gods of Egypt é um filme que tenta ser cômico e, ainda que eles tentem mostrar o contrário, normalmente os diálogos terminam com a risada do Carlos Alberto de Nóbrega ressoando na cabeça. Ou seja, é um filme ruim com boa fotografia.


Trailer


Ficha Técnica: Gods of Egypt, 2016. Direção: Alex Proyas. Roteiro: Matt Sazama, Burk Sharpless. Elenco: Gerard Butler, Nikolaj Coster-Waldau, Elodie Yung, Abbey Lee, Geoffrey Rush, Rufus Sewell. Gênero: Fantasia, ação, aventura. Nacionalidade: Eua. Distribuidor: Paris Filmes. Duração: 01h58min.

Em resumo, a produção tem 118 minutos, mas poderia ter 90 ou menos se algumas coisas fossem resolvidas sem enrolação. Alguns personagens são completamente irrelevantes e estão ali só para encher a tela, a trilha sonora é vaga e confusa [em muitos momentos faz associação a algo egípcio e no segundo seguinte você está no futuro], os deuses têm armaduras e parecem Transformers, sem contar um cliché horroroso que acontece no final do filme, mas isso é algo que você vai precisar assistir para saber. =D

Nota, 2/5.

25 de Fevereiro, nos cinemas!


Por Leandro Lisbôa

Sobre o autor:
I’m Batman (Bem que gostaria)
Chamo-me Leandro, tenho 27 anos e sou jornalista desde 2012. Atualmente estudo Design de Interiores e Letras Língua Inglesa. Gosto de games, de livros e não dispenso uma boa conversa. A cultura pop é um interesse que tem crescido cada vez mais em mim e, por isso, tenho buscado entender mais e falar sobre.Adoro séries e fazer maratona não é nada difícil para mim. E por falar em maratona, também sou apaixonado por esportes.
=D

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Presságios de Um Crime


Marcando sua estreia em Hollywood, Afonso Poyart, diretor do prestigiado 2 Coelhos, nos traz um suspense policial mediano e um elenco extremamente significativo para ele. Entre eles, Anthony Hopkins, Jeffrey Dean Morgan (suspiros eternos), Abbie Cornish e Colin Farrell. A produção vende uma premissa simples, mas caminha de um modo interessante, e só não alcança um resultado mais positivo, porque apresenta um roteiro carente de atenção.
Na trama, uma dupla de detetives do FBI, Joe Merriwether (Jeffrey Dean Morgan) e Katherine Cowles (Abbie Cornish) estão no encalço de um serial killer conhecido por matar suas vítimas com um objeto perfurante na nuca, sem deixar vestígio algum na cena do crime. Diante da ausência de provas, Joe requisita  a ajuda do seu amigo pessoal, o Doutor John Clancy (Anthony Hopkins), um poderoso vidente que vive isolado desde a morte de sua filha. Aos poucos, este novo investigador ajuda os policiais a entender a mente do assassino (Colin Farrell), até fazer uma descoberta importante: o homem responsável pelas mortes também é um vidente, ainda mais esperto que John. Pior do que isso, ele está sempre um passo à frente nas investigações.

Um erro fatal do longa é a má construção do rumo que cada personagem toma. Hopkins com seu Doutor amargurado não demora muito a se apresentar a trabalho - e olha que pra quem estava isolado e queria distância, esperava um pouco mais de resistência. Joe, personagem de Jeffrey Dean Morgan - 
me carrega pra sua vida, é o típico cara perfeitão que do nada tira uma cartada do bolso e você fica assim ''Uai, mas é sério isso?''. Já Cornish nos traz uma agente contraditória e simplória e o vilão de Farrell é quase um amigo bonzinho que todo mundo queria ter.
O óbvio aqui vira figurinha repetitiva e nem a boa premissa compensa algumas das falhas banais do roteiro, contudo, o filme traz ótimas questões morais para debate,  já que o assassino está matando pessoas com um perfil especifico. Há também um ponto relevante quando se fala de eutanásia e do próprio embate entre misticismo e ciência.
A direção marota de Poyart faz de um tudo para o longa não cair o nível - acelera o ritmo, faz jogos de luz, ângulos espertos e abusa do visual artístico.  Porém, a falta de um alinhamento mais conciso do roteiro faz o projeto parecer mediano.
A trilha sonora de Lucas Gonzaga se mostra, mas não se define com força e a fotografia de Galvin brinca bastante com os tons carregados para ajudar no suspense. Aliás, as cenas dos crimes são extremamente bem colocadas.
Trailer



Ficha Técnica: Solace, 2015. DireçãoAfonson PoyartRoteiro: Sean Bailey e Tedd Griffin. Elenco: Anthony Hopkins, Jeffrey Dean Morgan, Abbie Cornish, Colin Farrell, Kenny Johnson, Marley Shelton. Gênero: Crime, Policial, Suspense, Mistério, Thriller. Fotografia: Brendan Galvin. Trilha Sonora Original: Lucas Gonzaga. Nacionalidade: Eua. Distribuidor: Diamond Filmes Brasil. Duração: 01h42min.
AvaliaçãoTrês bolas de cristal e nada de céu aberto (3/5 -  Quase chega a ser Bom)
25 de Fevereiro, nos Cinemas!
See Ya!

Como Ser Solteira


Preparem seus chicotinhos de sadomasoquismo, pois a continuação de Cinquenta tons de cinza chegou mais cedo. How to be single (Como ser Solteira – em português) estreia esta quinta-feira (25) nos cinemas do país.

O filme conta a história de Alice (Dakota Johnson – 50 tons de cinza), uma jovem mulher que decide “dar um tempo” em seu relacionamento para se conhecer melhor. Ela vai trabalhar como assistente em um escritório de advocacia e conhece Robin (Rebel Wilson – Pitch Perfect 2) uma gordinha daora, confiante e cheia de si que, já no primeiro dia de trabalho, a leva para um happy hour e começa a ensiná-la como ser solteira.

Alice passa a morar com a irmã Meg (Leslie Mann – Férias Frustradas) médica que, após relutar, decide ser mãe por meio de inseminação artificial e, após conseguir, acaba conhecendo o recepcionista Ken (Jake Lacy – Carol) com quem firma relacionamento.

A direção de Christian Ditter (Simplesmente acontece) é fraca e não tem nada de inovador. A interação entre os personagens acontece, mas os estereótipos de filme de comédia estão ali (o gordinho engraçado, o encalhado, o pegador, o sem noção, etc etc). Basicamente, Ditter fez um filme para adolescentes com a sua visão sobre como deve ser a vida da mulher solteira (trabalho, festa e viver correndo atrás de homem) e, com isso, ele perdeu uma excelente oportunidade de falar sobre empoderamento feminino.

O roteiro é assinado por Abby Kohn, Marc Silverstein e Dana Fox e baseado no livro de Lucy Tuccillo, ainda assim, é ruim. Boa parte dos personagens são vagos e estão ali só para completar tabela, as motivações dos protagonistas e antagonistas são ridículas e o filme acaba se tornando um verdadeiro Besteirol Americano.


O elenco, além de Dakota Johnson e Rebel Wilson, conta com Leslie Mann, Alison Brie, Damon Wayans Jr, Anders Holm, Nicholas Braun, Jake Lacy, Jason Mantzoukas, Sarah Ramos, Brent Morin, Kay Cannon e Dana Fox. No geral, as atuações são “Ok*”.

*Atuação Ok: Aquela atuação que não impressiona, que é possível imaginar qualquer outra pessoa papel.

A trilha sonora é uma das coisas mais divertidas do filme. Começa com Intoxicated – Martin Solveig vs GTA e tem diversas outras como Worth It (feat. Kid Ink) – Fifth Harmony, Have yourself a merry little Christmas – Rumor, For a better day – Avcii e muitas outras.



Ficha Técnica: How To Be Single, 2016. Direção: Christian Ditter. Roteiro:Abby Kohn, Marc Silverstein e Dana Fox - baseado no livro de Lucy Tuccillo. Elenco: Dakota Johnson, Rebel Wilson, Leslie Mann e Alison Brie, Nicholas Braun, Vanessa Rubio, Damon Wayans Jr., Jake Lacy. Gênero: Comédia. Distribuidor: Warner Bros. Duração: 01h50min.
Em resumo, o filme é ruim, tem fotografia fraquíssima, o roteiro é raso, a direção não traz nada de novo e ainda perde uma oportunidade excelente, mas você pode sentir vontade de chegar em casa e ter a trilha sonora.

Nota 1,5/5.


25 de Fevereiro, nos cinemas!


Por Leandro Lisbôa

Sobre o autor:
I’m Batman (Bem que gostaria)
Chamo-me Leandro, tenho 27 anos e sou jornalista desde 2012. Atualmente estudo Design de Interiores e Letras Língua Inglesa. Gosto de games, de livros e não dispenso uma boa conversa. A cultura pop é um interesse que tem crescido cada vez mais em mim e, por isso, tenho buscado entender mais e falar sobre.Adoro séries e fazer maratona não é nada difícil para mim. E por falar em maratona, também sou apaixonado por esportes.
=D

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

O Quarto de Jack



Preparem seus corações, pois, “Room” (O Quarto de Jack – em português) é um filme capaz de arrancar lágrimas até se você tiver parentesco com O Coisa, do Quarteto Fantástico.

Com estreia prevista para esta quinta-feira (18), o filme conta a história de Joy (Brie Larson), uma jovem mulher que divide um pequeno espaço com o filho Jack (Jacob Trembley), de cinco anos. Ela se encarrega de fazer o menino acreditar que o mundo inteiro existe naquele pequeno espaço, o que dá tom a boa parte da trama.

O elenco é incrível e parece ter sido escolhido a dedo. Brie Larson está impecável na pele de Joy e consegue transmitir vários sentimentos apenas com suas expressões faciais. A aparência apática com que ela se encontra dá um tom a mais de sofrimento e, apesar de tudo isso, seu personagem consegue passar coisas positivas a seu filho. Jacob Trembley [alguém dá um Oscar para esse menino, por favor] é perfeito. Ele consegue ser a criança inocente e curiosa ao mesmo tempo em que é enfático, decidido e cheio de certezas. A forma espontânea de atuação dele faz a gente esquecer completamente que é tudo um filme.


Joan Allen interpreta (Nancy) a mãe de Joy e tem sua importância na trama. É ela quem cuida de Jack e proporciona diálogos muito bons com ele. Já o pai, vivido por William H. Macy, tem um personagem importante, mas a atuação não convence (qualquer outra pessoa pode interpretar o papel que vai dar na mesma). Também estão no elenco Jee-Yun Lee, Randal Edwards, Justin Mader, Sean Bridgers, Wendy Crewson, Matt Gordon e Joe Pingue.

A direção de Lenny Abrahamson (Frank) dá bom tom ao filme. A palheta de cores é bem voltada ao melancólico e mais cores só são vistas mais para o meio fim da produção. O enquadramento dentro do quarto é muito bom e, em alguns momentos, a gente sente a falta de espaço. Um destaque é a escolha da narração de diversos trechos da história ser contada na voz do pequeno Jack (o que dá a entender que essa pode ser a perspectiva dele da história). Em alguns momentos, a relação entre Jack e Joy lembra o vivido no filme A Vida é Bela entre Guido (Roberto Begnini) e Joshua (Giorgio Cantarini).

O roteiro, de Emma Donoghue, é ótimo, o que pode ser justificado pelo fato de ela ser, também, a escritora do livro que possui o mesmo nome. Seus personagens têm peso e levam a trama para frente desde a policial (Amanda Brugel) que dá atenção ao encontrar Jack até Nancy (Joan Allen), mãe de Joy. Os diálogos soam naturais e são capazes de fazer o espectador ter reações diversas a cada fala. A gente fica torcendo para que tudo dê certo.

A trilha sonora dá o tom que faltava para te prender à produção. Os encaixes de som e imagem são perfeitos e transportam para a trama, fazendo sentir, ainda mais, o peso dramático da história.

Room é uma boa indicação de drama e eu recomendo que você leve lencinhos de papel ou uma toalha para secar as lágrimas que podem cair ao longo dos 118 minutos de produção.


Trailer




Ficha Técnica: The Room, 2015. Direção: Lenny Abrahamson. Roteiro: Emma Donoghue. Elenco: Brie Larson, Jacob Tremblay, William H. Macy, Matt Gordon, Amanda Brugel, Sean Bridgers, Joan Allen, Jee-Yun Lee, Randal Edwards, Justin Mader, Sean Bridgers, Wendy Crewson e Joe Pingue. Nacionalidade: Irlanda e Canadá. Gênero: Drama. Trilha Sonora: Stephen Rennicks. Distribuidora: Universal Pictures do Brasil. Duração: 01h58min.


Nota: 4,5/5.



18 de Fevereiro, nos cinemas!


Por Leandro Lisbôa

Sobre o autor:
I’m Batman (Bem que gostaria)
Chamo-me Leandro, tenho 27 anos e sou jornalista desde 2012. Atualmente estudo Design de Interiores e Letras Língua Inglesa. Gosto de games, de livros e não dispenso uma boa conversa. A cultura pop é um interesse que tem crescido cada vez mais em mim e, por isso, tenho buscado entender mais e falar sobre.Adoro séries e fazer maratona não é nada difícil para mim. E por falar em maratona, também sou apaixonado por esportes.
=D

O Lobo do Deserto





























''Os fortes devoram os mais fracos''
'O Lobo do Deserto', estréia que chega ao Brasil nesta quinta-feira (18), passou por diversos festivais  no continente norte-americano (lá no inicio de 2015), entre eles o de Palm Springs, Miami,Wisconsin, entre outros. Ao público em geral do Tio Sam, a produção só pode ser, finalmente, exibida em novembro e de lá pra cá ganhou força para caminhada do grande prêmio do ano, o Oscar. Com direção do britânico Naji Abu Nowar, o longa traz dois atores amadores na pele dos irmãos Theeb (Jacir Eid Al-Hwietat) e Hussein ( Hussein Salameh Al- Sweilhiyeen), filhos de um chefe tribal que se aventuram pelas terras traiçoeiras do Império Otomano.
Sinopse:
O jovem Theeb inicia uma perigosa jornada junto a tribo beduína que vaga pelo deserto da Província de Hejaz, localizado no Império Otomano. O menino passa seus dias brincando com o irmão mais velho Hussein. A vida dos viajantes muda com a chegada de Max e Marji, um oficial do exército britânico e seu guia. Eles pedem o auxílio do grupo para localizarem um poço romano que encontra-se em um perigoso território de caça.

O pequeno Theeb (Al-hwietat) está sempre ao lado do irmão Hussein (Al- Sweilhiyeen), seja para tarefas como dar água aos camelos ou praticar suas nulas habilidades com a espingarda. Quando não pode ir junto dele, o persegue e o encontra, mesmo contra a vontade do irmão. Ambos perderam o pai recentemente e vivem na tribo que era liderada pelo falecido patriarca ajudando com o possível. Theeb, em árabe, significa 'lobo' e o irmão mais velho do garoto não cansa de repetir que eles são fortes e não podem se deixar abater pelas mazelas do local em que vivem. Hussein leva a cabo tal fato até mesmo quando está nas últimas. Seu zelo por Theeb e pelo nome da família, contudo, o farão sair de sua zona de conforto e enfrentar o desconhecido e temeroso deserto.


Com um roteiro preciso do que quer mostrar, a trama se joga na tela com lentidão, mas não de uma forma depreciativa e sim proposital. A aventura em que os personagens principais se envolvem surpreende e deixa marcas profundas. Os laços criados sustentam os bons diálogos sobre virtude e honra e as metáforas ligadas ao lado ''lobo'' dos homens cabe muito bem aqui.

O diretor Naji Abu Nowar, que também está na equipe de roteiro, adequa seus takes a um mundo desertificado e traiçoeiro. Instiga os atores - que são amadores e foram treinados por ele - a se revelarem de forma certa. O pequeno Al-hwietat sustenta um olhar delicadíssimo e se passa por cordeiro, nas horas certas, para atacar com bravura no momento propicio. Al- Sweilhiyeen, por outro lado, contra-balanceia as cenas. Jack Fox, que interpreta o soldado estrangeiro que pede ajuda juntamente com um guia, trazem mistério ao enredo e criam um conflito que define bastante o destino de todos. Al-hwietat ainda contracena com Hassan Mutlag e nos mostra que não há tamanho e sim talento em sua disposição de trabalho.


O filme se constrói em um espaço extremamente belo e dá a fotografia da obra uma beleza própria. Há a sobreposição do sofrimento vivido por aquele povo e há as minimas gratificações que a terra lhes dá. O encanto se torna maior com a delicadeza das melodias compostas por Jerry Lane, que ainda mostra canções aprofundadas por letras poéticas.

Indicado ao Oscar deste ano, na categoria de melhor filme estrangeiro, ''O Lobo do Deserto'', já ganhou atenção nos Baftas e também em prêmios independentes.

Trailer



Ficha técnica: Theeb, 2014. Direção:  Naji Abu Nowar. Roteiro: Naji Abu Nowar e Bassel Ghandour. Elenco: Jacir Eid Al-Hwietat, Hussein Salameh Al-Sweilhiyeen, Hassan Mutlag Al-Maraiyeh, Jack Fox. Nacionalidade: Jordânia , Emirados Árabes Unidos , Qatar , Reino Unido. Trilha Sonora: Jerry Lane. Gênero: Drama,aventura. Distribuidora: Paris Filmes.   Duração: 01h40min.   

Avaliação: Três camelos famintos e meio olhar traiçoeiro. (3,5/5 Bom)

18 de Fevereiro, nos Cinemas!


See Ya!
B-

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Brooklin

Olá!

Estou meio sumida nos últimos tempos, my bad.


Hoje vim falar de mais um dos indicados ao Oscar 2016. Amo essa época do ano, a expectativa de saber os vencedores e a maratona de filmes indicados me encanta!
Brooklin foi indicado nas categorias Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Atriz. Algumas das principais categorias do Oscar. O roteiro ficou por conta do maravilhoso Nick Hornby, que escreveu livros como Alta Fidelidade e Um Grande Garoto e o roteiro de Educação (amo muito). Já Saoirse Ronan só tem 21 anos, mas faz sucesso desde cedo. Ela foi indicada em 2007 ao BAFTA, Globo de Ouro e ao Oscar, pelo papel de Briony em Desejo e Reparação. Além de protagonizar Hanna, Um Olhar do Paraíso, Caminho da Liberdade, entre outros. Confesso, sou fã dos dois, mas tentei controlar as expectativas para o filme.

Brooklin

Direção: John Crowley
Roteiro: Nick Hornby
Elenco: Saoirse Ronan, Domhnall Gleeson, Emory Cohen, Jim Broadbent, Julie WaltersSaoirse Ronan, Domhnall Gleeson, Emory Cohen, Jim Broadbent, Julie Walters
País: Irlanda, Reino Unido e Canadá


No mundo que vivemos é difícil imaginar ficar longe das pessoas que amamos - família, amigos, com pouco contato. Hoje é tudo tão fácil, uma mensagem e, poucos segundos depois, aquela pessoal te responde, pode mandar uma foto, um vídeo ou fazer uma vídeo chamada. Simples né? Não é a mesma coisa de estar junto, mas certamente alivia um pouco aquela saudade de casa.

As coisas não eram tão simples assim no inicio dos anos 50. Ellis (Saoirse Ronan) é uma moça que vive no interior da Irlanda com a mãe e a irmã. Sem muitas perspectivas e oportunidades de vida, ela tem a chance de ir para os Estados Unidos realizar seus sonhos. As expectativas são grandes, afinal, são os Estados Unidos! O sonho americano finalmente se tornaria realidade.

Ellis chega ao Brooklin, em Nova York. E vai tentando aos poucos se adaptar a nova rotina que tem longe de tudo que conhece. Quem já viveu longe de casa consegue imaginar, quando a homesickeness (saudades de casa) bate, não tem muito o que fazer. A gente chora, sofre, pensa em voltar, acha que tudo ao nosso redor não é tão bom quanto em casa... Mas nada como um dia após o outro, a adaptação acontece aos poucos e passamos a ver a nova casa com outros olhos. Com a Ellis não foi diferente. Ela começa a frequentar aulas da universidade após o trabalho, faz amizade com as colegas de casa e conhece Tony, um rapaz que aos poucos se torna bem especial.


Brooklin é uma história de desafios e mudanças. Eu fiquei apaixonada! Algumas vezes até senti umas lágrimas nos olhos. As vezes na nossa vida passamos por grandes mudanças, esperadas ou não, saber sobreviver e lutar pra ter uma vida melhor não é nada fácil. O negócio é pensar no sonho. Quem disse que seria fácil?

Brooklin estréia hoje nas salas de cinema de todo o país


Deadpool


Um mercenário que não faz parte da gangue do Stallone, mas supera a força de qualquer um deles. Um anti-herói que busca vingança e tem culpa no cartório tanto quanto seus inimigos. Mas que, acima de tudo, não deixa de se divertir e fazer ótimas piadas. Um mascarado apaixonado por uma stripper e, talvez, até um futuro ator de Standup comedy (Fábio Porchat que se cuide). Este é Deadpool. Uma mistura fantástica de Ferris Buller com um super lutador ninja e, aparentemente, a cara do ator Ryan Reynolds, após a morte. Seu poder? o desejado fator de cura! Suas habilidades, durante uma luta, não são nada perto da fanfarronice que ele faz ao quebrar 'a quarta parede' ( espaço imaginário, no teatro, situado entre o publico e o palco) e falar diretamente com o espectador - tática também usada pelo personagem de Kevin Spacey, Francis Underwood, na série da Netflix, House of Cards.

O longa tem direção do animador e diretor criativo, Tim Miller, e além de Reynolds, no papel principal, conta com Morena Baccarin, Karan Soni, Michael Benyaer, Stefan Kapicic, Brianna Hildebrand, T.J. Miller e Ed Skrein, no elenco.
Sinopse
Ex-militar e mercenário, Wade Wilson (Ryan Reynolds) é diagnosticado com câncer em estado terminal, porém encontra uma possibilidade de cura em uma sinistra experiência científica. Recuperado, com poderes e um incomum senso de humor, ele torna-se Deadpool e busca vingança contra o homem que destruiu sua vida.
Fruto do projeto Arma X, o mercenário (Reynolds) com trejeitos engraçadíssimos, tem um humor ácido fascinante, tanto ou até mais que sua trágica jornada. O tagarela é quem nos conta cada passo e pedaço da trama. Desde ações futuras e presentes a seu passado conturbado que inclui a relação com a namorada Vanessa (Baccarin), seu envolvimento com os X-Men, sua vida cotidiana - onde vive com uma senhora cega - e também as idas ao bar do amigo Weasel (T.J. Miller). O local é frequentado por sujeitos tão estranhos quanto ele e rola até um ''bolão da morte'' (expressão que dá nome ao personagem) para ver quem perde e ganha nas lutas dos frequentadores.


Extremamente bem escrito e de bom gosto, o roteiro desemboca o filme num mar de referências de outras produções e faz uma auto avaliação pra lá de zoada de si mesmo. Temos a participação de dois X-Men, Colossus ( Kapicic) e  Míssil Adolescente Supersônico ( Hildebrand), ou como o próprio Pool fala, ''a participação do que deu para custear''. O vilão, conhecido como Ajax, é vivido pelo ator inglês Ed Skrein e tem uma força mediana no longa, mas junto a seus comparsas, traz muita ação as cenas. A namorada de Pool, interpretada pela atriz brasileira Morena Baccarin (Homeland), dá beleza e charme a vida de Wade, além de fazer comemorações inusitadas de aniversário de namoro e competições sinistras para contemplar qual dos dois já viveu o maior número de desgraças. Todavia, em certo ponto do enredo, os dois se distanciam por causa dos conflitos criados pela nova vida de Wade como Deadpool.

Há inúmeras semelhanças com o quadrinho, mas há também coisas que não são explicadas e ficam subentendidas. Os atos e conflitos do filme são balanceados, mas a violência é predominante, bem como algumas cenas de sexo entre pool e a namorada. O ritmo do filme está perfeito e a direção consegue usufruir bem dos elementos exagerados das HQs. Além disso, o elenco tem presença e química e o bate bola de Reynolds com todos é sempre bem colocado.

Wade (Ryan Reynolds) e Vanessa (Morena Baccarin)

Espere ver em Deadpool muitas cenas de ação e muito mais que isso, muita comédia. Vai sim ter romance, mas o que deve ganhar o coração do público é mesmo o tom arrojado e malandro do personagem. A cena pós crédito é tão boa quanto o filme inteiro e os cinéfilos devem pirar o cabeção bonito. \o/ (I did).

Aliás, já na cena inicial é capaz que isto aconteça. Esse footage preview de alguns anos atrás, tem um pedaço dela, pois foi o teste feito para os produtores darem carta branca para o inicio da pré-produção do longa. Este que já tem chances enormes de ter continuação.
Missil Adolescente Supersônico (Hildebrand), Deadpool (Reynolds) e Colossus (Kapici)



















A trilha sonora contagiante fica por conta de Junkie XL e a edição maneira é assinada por Julian Clarke. O longa foi filmado em 48 dias e tem cenas bem pesadas, e, por isto, ganhou classificação 16 anos, por aqui.

Porém, seu sucesso é garantido e ele deve agradar a gregos, troianos e goianos!

PONTO ALTO DO FILME: os trejeitos e as poses pansexuais do personagem principal. Algo notado até nos posters e o CAMEO MARAVILHOSO de STAN LEE como DJ.

Trailer

Ficha Técnica: Deadpool, 2016. Direção: Tim Miller. Roteiro: Rhett Reese e Paul Wernick, baseados no personagem criado por Rob Liefeld e Fabian Nicieza. Elenco: Ryan Reynolds, Morena Baccarin, Karan Soni, Michael Benyaer, Stefan Kapicic, Brianna Hildebrand, T.J. Miller e Ed Skrein. Edição: Julian Clarke. Trilha Sonora Original: Junkie XL. Gênero: Ação, aventura, comédia. Nacionalidade: Eua, Canadá. Distribuidor: Fox Filmes. Duração: 0149min.
Divertidíssimo e cheio de referências, Deadpool é uma das melhores opções desta quinta-feira!

AvaliaçãoQuatro mãos cortadas e alguém partido ao meio (4,5/5 - Ótimo).

11 de Fevereiro, nos Cinemas!
Não recomendado para menores de 16 anos

See Ya!
B-

A Garota Dinamarquesa


'A Garota Dinamarquesa' nos brinda com um romance elegante e atípico. Sua construção é fundamentada em elementos de uma história real que, como resultado, geram um enredo fictício. Um amor que ganha cenas lindas e delicadas e se mostra profundamente altruísta. A prova fidedigna de um trabalho conjunto de parceria e companheirismo entre uma esposa e seu marido. Sujeito este que se redescobre, quando, finalmente, segue seus sonhos e deixa para trás as máscaras que a vida lhe deu. Os atores Alicia Vikander e Eddie Redmayne dão vida a este interessante casal dinamarquês, Gerda e Einar Wegener e fazem atuações exemplares e apaixonantes com a condução de Tom Hooper (O Discurso do Rei). Somam se ao elenco, Amber Heard, Ben Whishaw e Matthias Schoenaerts.
Sinopse:


Uma história de amor fictícia vagamente inspirada na vida dos artistas dinamarqueses Einar Mogens Wegener (Eddie Redmayne) e Gerda Wegener (Alicia Vikander). A vida matrimonial do casal muda de curso quando Einar se descobre como mulher e se submete a cirurgia de mudança de sexo. 

O casal de pintores Einar e Gerda Wegener se ajudam em todas as situações possíveis. Einar apoia com olhar crítico a arte da esposa e Gerda venera os quadros do marido. Em uma tarde qualquer, ela pede ao esposo que segure as vestes de uma bailarina sobre o corpo e faça a pose da mesma no retrato que a artista está concluindo. O marido cede sem pestanejar e a auxilia com honra, todavia, algo em seu intimo o faz ficar balanceado e ao experimentar se vestir completamente de mulher, em uma outra ocasião, Einar conhece então Lili Elbe. Seu eu feminino que há muito pedia para se mostrar.

Einar Wegener e Eddie Redmayne

O drama adaptado do livro do autor David Ebershoff, não é fiel a história real, como dito antes, mas transparece na tela a essência de um relacionamento que preza o companheirismo. A personagem de Vikander expressa extraordinariamente bem a força e o medo vivenciados com a situação e não sai de cena despercebida. A opção de Gerda por ajudar o marido a concluir sua transformação a assusta de inicio, afinal, nada será como antes, mas, logo, ela percebe que o caminho tomado por Einar fará de Lili alguém livre e feliz. Algo que seu amor poderá suportar.

Eddie Redmayne, mais uma vez, faz um trabalho de corpo incrível.Talvez ainda mais preciso do que o demonstrado em 'A Teoria de Tudo'. Seus movimentos aqui são extremamente calculados e primorosamente elegantes, algo que dá a Einar/ Lili detalhes de locomoção distintos e também semelhantes. Sua caracterização é infinitamente impecável - pontos assertivos do figurinista Paco Delgado bem como do departamento de maquiagem.     

Amber Heard, Ben Whishaw e Matthias Schoenaerts fecham o elenco com belas atuações. Heard interpreta a bailarina Ulla, amiga do casal, Whishaw vive um rapaz que tem interesse em pessoas do mesmo sexo e Schoenaerts dá vida a Hans axgil, um amigo de infância de Einar.

O diretor Tom Hooper e a atriz Alicia Vikander em momento de reflexão no set
O trabalho de direção de Hooper é intimista e ritmado. Extrai com beleza a essência dos personagens e alinha-se ao bom roteiro de Lucinda Coxon. Aliás, por ser uma adaptação, o roteiro não faz uso de veracidade do que realmente ocorreu aos personagens.Como a trama se passou antes ao período da Segunda Guerra Mundial, muitos dos relatos foram destruídos. Mas existem teorias de que Wegener tenha sido um entre três outros pacientes a mudarem de sexo e não o primeiro, como se relata. Sua cirurgia final também não é para finalizar o processo, mas sim para implantar um útero. Seu grande desejo. E sua esposa, na realidade, era bissexual. Algo que no filme não é mostrado. 

Ante isso, vale ainda ressaltar o trabalho majestoso de Alexrandre Desplat  que nos presenteia com mais uma trilha sonora original permeada do doce som do piano. A fotografia é assinada por Danny Cohen e nos agracia com cenas filmadas na Dinamarca e em Paris e a edição de Melanie Oliver tem um bom formato.


Trailer


Ficha Técnica: The Danish Girl, 2015. Direção: Tom Hooper. Roteiro: Lucinda Coxon, adaptação da obra de David Ebershoff. Elenco: Eddie Redmayne, Alicia Vikander, Amber Heard, Ben Whishaw e Matthias Schoenaerts. Trilha Sonora Original: Alexandre Desplat.  Figurino: Paco Delgado. Fotografia: Danny Cohen. Edição: Melanie Oliver. Nacionalidade: EUA, Reino Unido e Alemanha. Genêro: Drama, Biografia, romance.  Distribuidora: Universal Pictures do Brasil. Duração: 01h59m.
Avaliação: Três quadros simbólicos (3/5 - Bom).

Um filme que merece ser visto com os olhos da alma!!!

Não recomendado para menores de 14 anos.

11 de Fevereiro, nos Cinemas!

See Ya!
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