quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Assassinato No Expresso do Oriente


Publicado em 1934, o livro 'Assassinato No Expresso do Oriente', da aclamada escritora Agatha Christie, foi de um sucesso enorme e durante os anos que se seguiram a obra ganhou inúmeras adaptações para o cinema e para a tevê.

Com lançamento para esta quinta-feira (30), no Brasil, a nova adaptação do clássico de Christie conta com um elenco de peso selecionado a dedo por Lucy Bevan, atores como Willem Dafoe, Daisy Ridley, Judi Dench, Michelle Pfeiffer, Josh Gad, Penelope Cruz, Sergei Polunin, Lucy Boynton,  Tom Bateman, Leslie Odom Jr., Olivia Colman, Manuel Garcia-Rulfo, Derek Jacobi e Kenneth Brangh.

A direção é do próprio Branagh.

Trailer


Quando o longa se inicia, somos apresentados ao perfeccionismo - e diria até ao toc - do excêntrico e competente detetive belga Hercule Poirot (Kenneth Branagh) que está em Jerusalém resolvendo um caso de roubo. Após solucionar a investigação, Poirot decide tirar férias, mas é chamado as pressas para outra investigação. Assim, embarca de última hora no requintado trem Expresso do Oriente devido a locomotiva ser administrada por seu amigo de longa data Bouc (Tom Bateman). Durante a viagem, Poirot vem a conhecer alguns dos passageiros na cabine que é palco das refeições de todos ali. Um deles é Edward Ratchett (Johnny Depp), um misterioso senhor que deseja contratar o detetive para ser seu segurança particular, todavia, recebe uma negativa de Poirot.  Na noite seguinte, a nevasca torna difícil a passagem do trem e a viagem é interrompida. Paralelo ao acontecimento, Ratchett é encontrado sem vida em seu vagão. Pensando em como seria ruim para os negócios uma longa investigação sobre o ocorrido, Bouc convence Poirot a achar o assassino e entregar os fatos a policia assim que o trem chegar a próxima parada e ele aceita.









Temos em mão um clássico sendo adaptado quase pela 15º vez. Um elenco extravagantemente de bom e um diretor incrivelmente perspicaz. Claramente, que nem tudo que está no livro é posto em tela, mas a fidelidade ao tom de suspense e aos anos 30 vem com graciosidade e detalhismo.

Os personagens e, obviamente, suspeitos do assassinato, são cheios de caras e bocas e pisam em ovos para não se revelarem por completo. O que falha já que a intenção é mostrar que ninguém está a salvo e que talvez o único que não saiba de nada ali seja Poirot. Porém, ele é será o único a entender com precisão o que aconteceu. 

Rachett, na verdade, era um trambiqueiro e sempre estava envolvido em falcatruas. O que o deixou com medo é que de repente ele começara a receber ameaças estranhas para tomar cuidado. E não demorou foi assassinado em circunstâncias que colocavam um grupo de pessoas distintas como possível assassino ou mandante do assassinato.

O criminoso pode então ter sido algum dos passageiro do trem e estão na lista de investigados: o professor Gerhard Hardman (Dafoe), ou a exuberante Caroline Hubbard (Pfeiffer), ou a marrenta princesa Dragomiroff (Dench), ou sua acompanhante Hildegard Schmidt (Colman), ou o conte Rudolph Andrenyi (Polunin) e a condessa Elena Andrenyi, ou o mordomo de Rachett, Edward Henry Masterman (acobi), ou ainda o assistente contábil de Rachett, Hector Mcqueen (Gad), e também estão na lista a missionária Pilar Estrabados (Cruz), o médico Arbuthnot (Odom Jr.), o belo Marquez (Garcia-Rulfo ) e a senhorita Mary Debenham (Ridley).

 








O roteiro faz um recorte especifico e trabalha a investigação dos personagens centrais paralela a competência de Poirot. Conversa com a ética, com a moral, com a justiça, com o preconceitos racial e agrega reflexão em seus minutos finais. 

Não é a primeira vez que Branagh se sai tão bem atuando quanto dirigindo. Temos uma caracterização perfeita para um personagem perfeccionista. Um observador nato dos erros humanos e sem sombra de dúvidas alguém que sabia o que queria mostrar e como queria interpretar aquele ser tão emblemático. Não há muito do que falar do elenco - a não ser os personagens do conde e da condessa - todo o resto tem arcos importantes e se desenvolvem bem.

A técnica do filme poderia ser simplista e clássica, mas escolhe ser emblemática. Há o tom do requinte para a fotografia, para a caracterização e figurino, para o ambiente e para tudo dentro dele. Takes planos, aberto e o mais interessante deles se concentra na cena de descoberta do assassinato onde vemos tudo de um ângulo de cima para baixo. Impactante!

A trilha sonora é assinada por Patrick Doyle (ouça aqui) e brinca com todo o filme trazendo graça, ironia e fofura.


 Um suspense digno de sua atenção e imperdível no leque de estreias da semana.

Ficha Técnica

Título original e ano: Murder on The Orient Express, 2017Direção: Kenneth Branagh. Roteiro: Michael Green - adaptação da obra homônima de Agatha Christie. Elenco: Johnny Depp, Kenneth Branagh, Judi Dench, Michelle Pfeiffer, Daisy Ridley, Leslie Odom Jr., Josh Gad, Tom Bateman, Willem Dafoe, Olivia Colman, Manuel Garcia-Rulfo, Sergei Polunin, Lucy Boynton, Penelope Cruz, Derek Jacobi. Gênero: Suspense, Policial. Trilha Sonora Original: Patrick Doyle. Fotografia: Haris Zambarloukos. Figurino: Alexandra Byrne. Edição: Mick Audsley. Distribuidor: 20th Century Fox. Nacionalidade: Estados Unidos. Duração: 01h54min.


Avaliação: Três bigodes estilosos e Noventa e Cinco assassinos (3,95/5).

30 de Novembro, nos cinemas!


See Ya!

 B-

PATTI CAKE$


Geremy Jasper, diretor de vídeo clips, estréia na direção deste longa metragem super gostoso, uma verdadeira fábula dos novos tempos.

Patrícia Dombrowski (Dani Macdonald), nome verdadeiro. Killa P nos seus melhores sonhos. Dumbo nos seus piores (e reais) pesadelos. Ou simplesmente Patti Cake$, a garota do subúrbio de New Jersey, que ainda mora com a mãe alcoólatra - um cantora frustrada e amargurada com o rumo que sua vida tomou depois que engravidou de Patrícia - e com a avó doente, de quem tem que cuidar.

Nossa protagonista sonha, literalmente, em superar todos estes percalços e se transformar em uma estrela cantora de rap. Mas Killa P é branca, loira, tem sardas, está acima do peso e tem que lutar para se destacar em um mundo,  basicamente, masculino e dominado pelo machismo.

Trailer


A música a transporta de sua realidade sem recursos - onde tem que trabalhar em vários subempregos para ajudar a mãe com as dívidas - para um mundo perfeito em que ela é a estrela e faz aquilo que ama, cantar.
E aí Patti Cake$ encanta. O som aumenta e as rimas fluem perfeitas.

Com uma história simples e cativante e personagens carismáticos, o longa vem para ganhar o público. Danielle Macdonald se destaca no papel principal. Puro talento. O grupo PBNJ, formado por Mamoudou Athie e Siddharth Dhananjay, ganham nossa simpatia. Você vai sair cantando do cinema.

E para quem gosta de musical, é puro deleite. Drama, momentos hilários,  por conta da avó mal  humorada, e boas rimas numa produção simples e independente. Um filme que surpreende até as últimas cenas.
Não deixe de conferir!

Ficha Técnica
Direção: Geremy Jasper.Elenco: Danielle Macdonald, Bridget Everett, Siddharth Dhananjay, Cathy Moriarty, Mamoudou Athie.País: EUA.Ano: 2017.Gênero: Drama musical.Produção: The Department of Motion Pictures, RT Features, Stay Gold Features e Mayde.n VoyageClassificação: 16 anos.
30 de Novembro nos cinemas.

Por
Helen Nice
@n.dacoruja

Jogos Mortais: Jigsaw


Quando saíram os números de bilheteria de Jogos Mortais - O Final 7 (2010), uma coisa ficava ironicamente clara: os jogos estavam longe de acabar. Com uma franquia de 7 filmes com sucesso consistente, o tal final ecoava títulos clássicos das franquias de horror como Sexta-Feira 13 Parte 4: O Capítulo Final - que teve mais 6 sequências, mais um reboot e um crossover com Freddy Krueger. Era apenas uma questão de tempo até que John Kramer (Tobin Bell) e seu boneco Billy voltassem de alguma forma para continuar os jogos sádicos de moralidade e tortura.

Os 7 anos de intervalo entre o último filme e este Jogos Mortais - Jigsaw sugerem uma revisão de conceitos. Com objetivo de revitalizar a série, o novo filme tem a intenção de servir, ao mesmo tempo, como um reboot - apresentando a franquia para uma nova geração de espectadores - e uma continuação - agradando os fãs mais puristas da série. O resultado final, no entanto, não chega exatamente a justificar tal pausa, ficando, justamente, numa corda bamba narrativa que mais recicla elementos do que apresenta novos.

Em Jogos Mortais - Jigsaw, fazem 10 anos que o icônico serial killer John Kramer (Bell), conhecido como Jigsaw, morreu. No entanto, após uma série de assassinatos, todas as pistas estão sendo levadas ao próprio Kramer. À medida que a investigação avança, os policiais se encontram perseguindo o fantasma de um homem morto, enquanto um novo e macabro jogo tem início.



Dirigido pelos irmãos Michael e Peter Spierig (de Daybreakers O Predestinado), o mais novo filme da franquia apresenta um claro senso estético e estilístico de seus novos realizadores. A paleta de cor esverdeada e predominante - quase que uma marca registrada da série - que atribuía caráter de sujeira e doença é quase inexistente. A edição frenética e descontrolada também, com planos mais contidos e menos exagerados que conferem até - pasmem - uma certa elegância em alguns poucos momentos. Os elementos de gore, as tripas, sangues e mutilações pelos quais a série de filmes ficou conhecida (ela afinal ajudou a popularizar o gênero do Torture Porn, o "pornô de tortura" em tradução literal que explora essa violência de forma gratuita e explícita) também são reduzidos.

Se a diminuição então do Pornô, do exagero nas imagens viscerais indica mais uma vez um retorno às raízes - o primeiro Jogos Mortais tinha como objetivo o terror psicológico, mesmo que cambaleasse até mesmo nestes elementos pontualmente -, não quer dizer que não hajam as explosões de violência e da punição moral que é tão polêmica nestes filmes. Essa moralidade, ou a falta dela parece tentar ser revisada aqui, mas os realizadores novamente enxergam o psicopata John Kramer como um reabilitador genuíno.

Uma das marcas de Jogos Mortais também era a sua narrativa cada vez mais confusa e complicada, repleta de flashbacks, linhas temporais e - francamente - arapucas. No meio desses absurdos, ela funcionava, e os fãs da série tinham uma espécie de novela rocambolesca para acompanhar. Essa "complexidade" seria desnecessária nessa apresentação, então ela é abandonada parcialmente... apenas para ser retomada na já obrigatória reviravolta no ato final.



Este é um dos maiores problemas deste Jigsaw, que, como já mencionado, não parece ter uma visão bem definida do que pretende ser. Novos caminhos estéticos e de enredo se misturam com os vícios antigos, e na tentativa de agradar os fãs mais antigos enquanto tenta atrair a atenção de uma nova audiência, este novo Jogos Mortais acaba se tornando um projeto que pouco ousa, que se contenta com o lugar comum.

E os diretores realmente trazem percepções interessantes para a franquia, que ganha aqui, surpreendentemente, uma humanidade maior - como no momento em que um dos personagens agoniza sobre o chão silenciosamente, sem esperanças, contrapondo os gritos agonizantes característicos da série -, assim como a já citada sobriedade narrativa. É curioso como os irmãos também trazem um bem vindo humor à série, que chegam em sua maioria através do bom ator Paul Braunstein e seu personagem Ryan. O humor é, também, visual, como no momento surpreendentemente cômico e agonizante na qual um dos personagens percebe que perdeu um membro de seu corpo.


Com essa leveza, sobram espaço para as armadilhas, que, se não são escancaradas como a fonte de diversão e entretenimento, elas são partes de sequências que inegavelmente possuem essa perversão com a curiosidade mórbida que parece vir do próprio gênero. É aí que entra, novamente, a moralidade. A violência pela violência basta? É curioso como o filme retrata a violência dos jogos com um pé no cartunesco, enquanto as sequências de autópsia exibem cadáveres extremamente mais realistas, separando as duas linhas narrativas do roteiro de Pete Goldfinger e Josh Stolberg - o previsível e tolo filme policial e os bem filmados e "divertidos" jogos - num curioso espelho de realidade e tons.

Esses pontuais momentos de criatividade vistos em Jogos Mortais: Jigsaw terminam por dar espaço à velhos vícios da série, apelando para uma nostalgia que pode até funcionar, mas que irá inevitavelmente trazer à tona questões morais e a auto reflexão ao espectador, de uma época em que a violência do choque era mais fácil digerida do que nos atuais e nebulosos tempos.

FichaTécnica
Título Original: Jigsaw, 2017. Direção:  Michael Spierig, Peter Spierig Roteiro: Pete Goldfinger, Josh Stolberg. Elenco  Matt Passmore, Tobin Bell, Callum Keith Rennie, Hannah Emily Anderson, Clé Bennett, Laura Vandervoort, Paul Braunstein, Mandela Van Peebles Trilha Sonora Original: Charlie Clouser FotografiaBen Nott .Nacionalidade: EUAGênero: Terror, Suspense. Distribuidora:  Paris Filmes. Duração: 1h32 min. 

Nota: 3 de 5 

A Estrela de Belém


Em 'A Estrela De Belém', vemos o mundo animal ser  protagonista para auxiliar na noite de chegada do menino jesus. A animação marca a primeira vez em que a Sony Pictures não colabora com a Imageworks e é o primeiro filme do gênero da Walden Media.

Com direção de Timothy Reckart e vozes originais de Steven Yeun, Keegan-Michael Key, Aidy Bryant, Gina Rodriguez, Zachary Levi, Christopher Plummer, Kelly Clarkson, Miriah Carey, Oprah Winfrey, Tyler Perry, Kristin Chenoweth, Tracy Morgan, Khris Khristopperson, a animação chega aos cinemas brasileiros hoje.

Em versão dublada, a voz de Maria é da cantora gospel Cristina Mel.

Trailer


O jovem asno Bo (Yeun) não gosta nem um pouco de ficar aprisionado em um estábulo vendo o mundo girar a sua volta enquanto ele anda em círculos para fazer com que o moinho funcione. O asno falastrão não só tem um colega de trabalho (Kristofferson) como vive de papo com o pássaro Davi, 
que o conta sobre as carruagens reais e tudo o que acontece lá fora. Um dia, Bo consegue escapar e, ao ser perseguido por seu dono, se esconde em meio a uma festa de casamento e só é encontrado quando a recém-casada Maria acha estranho uma mesa se movimentar. O encontro marca o inicio das aventuras de Bo para auxiliar na chegada daquele que Maria carrega no ventre. O menino que será conhecido pelo mundo inteiro como o filho de Deus, Jesus.


A animação tem um tom altamente infantilizado e faz toda a trajetória de Maria e José para se casarem e terem Jesus como uma subtrama. Todo o desenvolvimento e conflitos do enredo ficam por conta de Bo e seus amigos. Além também dos camelos que acompanham os três reis magos.

Ratinhos, ovelhas, pombos, gatos, cavalos, camelos e cachorros, todos perambulam pelo filme com a função efetiva de personagem durante o nascimento de jesus. Há piadas fofas, bobas e sérias e a mensagem de amor é o tema principal da animação bem como da persistência em realizar seus sonhos - via que o asno Bo se sentia um fracasso preso no moinho realizando 'coisas para os outros'.

Todos os personagens reais do evento aparecem: o Rei Herodes (Voz original de Plummer), os guardas, Maria, José, os três reis magos, o menino Jesus. Um dos guardas do Rei, aliás,  anda com cachorros bravos e eles são os vilões da história.


O filme chega com um mês de antecedência ao natal e quase próximo a outro lançamento da Walden Media, o longa 'Extraordinário'.

Ficha técnica: The Star, 2017Direção: Thimothy Reckart. Roteiro: Carlos Kotkin e Simon Moore. Vozes originais: Steven Yeun, Keegan-Michael Key, Aidy Bryant, Gina Rodriguez, Zachary Levi, Christopher Plummer, Kelly Clarkson, Miriah Carey, Oprah Winfrey, Tyler Perry, Kristin Chenoweth, Tracy Morgan, Khris Khristopperson. Dubladores nacionais: Cristina Mel, Félix Vini Rodrigues e Caique Oliveira.  Gênero: Animação. Trilha Sonora Original: John Paesano. Supervisor de animação: Ryan Yee. Edição: Pam Ziegenhagen. Distribuidor: Sony Pictures. Nacionalidade: Estados Unidos. Duração: 01h26min.



Avaliação: Dois  minutos de catequese (2/5).




30 de Novembro, nos cinemas!



See Ya!











B-

Os Parças


Os Parças, longa que tem direção de Halder Gomes (Cine Holliúdy e Shaolin do Sertão), junta o ator e apresentador Bruno De Luca e o humorista e comediante Tom Cavalcante aos também comediantes Tirulipa e Whindersson Nunes - este último que é ainda o maior fenômeno brasileiro da internet no cenário atual - para fazer graça na telona.

E, infelizmente, não conseguem. Na verdade, tem o efeito contrário. Causam tristeza e angústia. Talvez pelo desordenamento do roteiro e muito pelas péssimas atuações de todo o elenco.

A película tem ainda André Bankoff, Oscar Magrini, Taumaturgo Ferreira Paloma Bernardi, Milhem Cortaz, Pedro Henrique Moutinho e participações do cantor Wesley Safadão e do jogador Neymar.


Trailer

Na trama, o quarteto acaba se conhecendo, convenientemente, após uma confusão na famosa rua comercial de São Paulo, a 25 de março, e dali entram de cabeça na ideia de um trambiqueiro (Magrini) para realizar casamentos de pessoas poderosas. Toinho ( Cavalcante), Ray Van (Nunes), Pilôra (Tirullipa) e Romeu (de Luca) são então contratados por Vacano (Ferreira), um perigoso contrabandista da capital paulista, para organizar a festa de casamento de sua filha Cintia (Bernardi). O problema é que a agência do quarteto não tem nenhum dinheiro no bolso ou no caixa para promover o evento, mas decidem o fazer com medo do contrabandista.


As trapalhadas do roteiro, que parece nem existir, afinal, ele leva o 'filme' para um caminho sem volta, são claras. E mais transparente ainda era a vontade de ter o quarteto em tela juntos por nenhum motivo. A não ser a chance de juntá-los. Comediantes ou não, nenhum deles consegue fazer rir com inteligência e trazem um humor pastelão ultra bobo e dispensável. Há uma tentativa de romance com os personagens de De Luca e Bernardi que é outra subtrama sem sal.

Temos personagens estereotipados além da conta (loira burra, trabalhadores nordestinos, caça-fortunas, chefão, trambiqueiro e por ai vai). Logo no inicio, São Paulo é usada como um cenário forte e até personagem, mas isto se perde. Se o elenco principal vai mal na atuação, o coadjuvante vence qualquer 'framboesa de ouro'. Bankoff que também esteve em outro longa desequilibrado este ano (Gostosas, Lindas & Sexies) consegue ser ainda pior do que as participações de Wesley Safadão e Neymar.

Halder tem uma filmografia sincera e que traz muita regionalidade. Seus outros filmes, aliás, tem argumentos muito bons  e consistentes. Este aqui peca pelo exagero e pela inexistência de uma trama eficiente.

Sinceramente, a expectativa era zero, mas a vontade de que desse certo era grande. Pena que não demos sorte.


































Um filme que poderia ter sido só mais um especial para a tevê, afinal, ninguém iria assistir.

Ficha técnica: Os Parças, 2017Direção: Halder GomesRoteiro: Claudio Torres GonzagaElenco: Bruno de Luca, Tom Cavalcante, Whindersson Nunes, Tirulipa, Andre Bankoff, Taumaturgo Ferreira, Paloma Bernardi, Pedro Henrique Moutinho, Oscar Magrini, Milhem Cortaz, Wesley Safadão, NeymarGênero: Comédia.  Distribuidor: Downtown Filmes. Nacionalidade: Brasil. Duração: 01h40min.


Avaliação: Um show de horror (1/5).

Não recomendado para menores de 14 anos


30 de Novembro, nos cinemas!

See Ya!











B-