sábado, 30 de setembro de 2017

SEXO, POLÍTICA E PODER:  Bruna Lombardi, Carlos Alberto Riccelli e Kim Riccelli falam sobre “A VIDA SECRETA DOS CASAIS” - série original HBO Latin America

Bruna Lombardi vive a sexólaga e terapeuta Sofia

Nos dias 29 e 30 de setembro e 1º de outubro, os canais do pacote HBO/MAX contarão com sinal aberto em todas as operadoras, para que todos tenham a oportunidade de assistir à estreia da nova série original da HBO Latin America A Vida Secreta dos Casais, criada por Bruna Lombardi e Kim Riccelli, que também assina a direção com Carlos Alberto Riccelli.

Quem já teve também a oportunidade de conferir a série fomos nós do Wanna Be Nerd, à convite da própria HBO. Além de assistir, com mais um grupo de jornalistas, ao piloto, tivemos a oportunidade de participar de uma rodada de entrevistas com Bruna Lombardi, Carlos Alberto Riccelli, Kim Riccelli, Alejandro Claveaux e Roberto Rios, vice-presidente Corporativo de Produções Originais da HBO Latin America. Abaixo, você pode conferir o que rolou além de informações sobre a série, que mistura investigação policial, intrigas políticas e até sexo tântrico.


A Vida Secreta dos Casais envolve todas as camadas da sociedade, desde as relações pessoais mais íntimas até a perigosa conexão entre o poder político e o mundo corporativo. A série transita pelo universo das terapias alternativas, mostrando uma busca cada vez maior pela redenção; pelo ambiente das grandes corporações, onde a lei do mais forte se tornou a lei do mais cruel; e também pelo abrangente e dinâmico território cibernético, onde é possível encontrar vazamento de informações e opiniões bombásticas.


Alejandro Claveaux, Roberto Rios, Bruna Lombardi, Carlos Alberto Riccelli e Kim Riccelli

Uma salada de gêneros

Além de estrelar, Bruna Lombardi também escreve A Vida Secreta dos Casais, e falou sobre os diversos gêneros pelo qual a série passa, que vão desde suspenses policiais à trama de intriga política:

"o trabalho que me interessa mais tem camadas. Uma pintura mais legal tem camadas, nossa alma tem muitas camadas, nós somos pessoas com multiplicidade, ninguém é unidimensional. Por mais que a gente busque a simplicidade, ela vem dessa complexidade de todos nós. Para você retratar uma série que mexesse com esses mundos, eu gostaria a princípio de criar personagens que tenham essa complexidade e que ao mesmo tempo vivam num mundo com essa mesma complexidade e turbulência, de um universo conturbado como o que nós vivemos."


As técnicas tântricas de Bruna Lombardi

A Vida Secreta dos Casais possui um forte teor sexual, devido ao enredo associado com a profissão de Sofia, a sexóloga e terapeuta vivida por Bruna. 

"Não estamos fazendo uma exploração sexual, pelo contrário: queremos mostrar o sexo mais abrangente, que é exatamente o sexo tântrico."

Sobre a pesquisa em relação às técnicas utilizadas no sexo tântrico:

" Eu nunca fiz pesquisa. Eu só fiz em casa! (risos) Eu tinha uma ideia clara do que eu queria." A atriz continuou: "Eu não quis ir em nenhum lugar que falasse disso para não tirar minha fantasia e para não me deixar influenciar."

Alejandro Claveaux como o repórter investigativo Vicente

Alejandro Claveaux vive o repórter político investigativo Vicente. O ator falou um pouco sobre as influencias que o atual cenário político brasileiro teve sobre a composição de seu personagem:

"Claro que a gente se influencia né, a gente gravou no meio dessa loucura, bem no auge dessa mudança toda. A arte imita a vida e a vida imita a arte."


Roberto Riosvice-presidente Corporativo de Produções Originais da HBO Latin America falou sobre o nascimento incomum da série: 

"geralmente uma proposta de série são feitas com documentos, um pdf com algumas imagens, às vezes alguns trailers, clipes; alguns são mais visuais, outros menos, mas eles (Bruna Lombardi e Kim Riccelli, mãe e filho) mandaram um áudio de 6 minutos, com a personagem Sofia falando, e ali está o cerne da história, bastante parecido com o que abre a série."

Tudo em Família

 Kim Riccelli, Bruna Lombardi e Carlos Alberto Riccelli

Trabalhar juntos nunca foi incomum para Bruna Lombardi, seu marido Carlos Alberto Riccelli e o filho do casal, Kim Riccelli: os três já produziram alguns trabalhos, que incluem o recente longa Amor em Sampa (2016). Kim Riccelli assina a direção de A Vida Secreta dos Casais com seu pai Carlos Alberto Riccelli, e fala um pouco sobre voltar a trabalhar em família, com a HBO:

"Nós temos uma longa história trabalhando juntos, e isso trás uma afinidade, na maneira de pensar, de sensibilidade, de como a gente gosta de ver as coisas... claro que às vezes discordamos, mas em geral temos uma ideia muito parecida. Muito rápido a gente percebeu que possuíamos essa mesma sintonia com a HBO. "


Quer saber mais? O primeiro episódio de A Vida Secreta dos Casais será exibido no domingo, 1º de outubro, às 22h, no canal HBO.

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Kingsman: O Círculo Dourado


A espera acabou! A aguardada continuação de Kingsman, um dos melhores longas de 2015 (comentário aqui), finalmente chega ao público. ''O Circulo Dourado'' vem com uma ornamentação um pouco distinta da primeira, mas implementa mais ação, mais 'piadas com contexto sexual' e se abrange ao mundo pop #dicumforça.

O elenco original retorna com: Taron Egerton, Mark Strong, Sophie Cockson, Edward Holcroft e até Colin Firth. Entre as adições estão: Michael Gambon, Channing Tatum, Pedro Pascal, Julianne Morre, Halle Berry, Jeff Bridges e o cantor Elton John.

Na trama, Eggsy vê a Kingsman ser destroçada, após uma leva de ataques liquidarem todos os membros da agência e também colocar a vida de seus entes queridos em perigo. Merlin (Strong) decide levar então o garoto para os Estados Unidos e lá procurarem a ajuda da Statesman, uma organização ultra secreta de espionagem norte-americana que equivale a Kingsman no Reino Unido. Na Statesman, Merlin e Eggsy  encontram a solidariedade dos agentes Champagne (Bridges), Tequila (Tatum) e Whiskey (Pascal), além da perspicaz Ginger (Berry) - o cérebro do lugar. O grupo acaba tendo que unir forças, pois acabam descobrindo que a maior traficante de drogas da atualidade, Poppy (Moore), está eliminando todos os seus inimigos em potencial e foi responsável pela fatalidade na agência britânica. Descobrem ainda que um possível agente da Kingsman pode ter sobrevivido a uma missão suicida no passado.

O filme também é dirigido por Matthew Vaughn e, como no primeiro, Vaughn é roteirista em parceria com Jane Goldman
Trailer


Também baseado na obra de Mark Millar e Dave Gibbons, Kingman: O Círculo Dourado, traz uma condução afiada de Vaughn para um enredo convincente e cheio de ótimas piadas. Inclusive, todo o exagero das tiradas com contexto sexuais do primeiro longa ganham aqui ainda mais força e crescem em um nível estrondoso.

Vaughn é novamente ligeiro, dinâmico e violento. Evidencia todas as possibilidades do caminho que o filme pode seguir e faz o espectador se divertir. Seu jeito elegante de conduzir também é destaque e não há desequilíbrio com os riscos que ele toma.

O roteiro é sortido e convence com diálogos fortes e bem dispostos. Havia uma certa preocupação em como trazer alguém do além e ser eloquente e a teoria apresentada casa perfeitamente para apresentar a nova agência ou a agência que não conhecíamos antes. Na HQ a Statesman, na verdade, se chama 'Uncle Sam'.

''Não fique parado no meu túmulo chorando. Não estou lá. Não morri'.'
Confesso que quando vi o primeiro trailer d' O Circulo Dourado pensei com meus miolos: ''NÃO É POSSÍVEL QUE HARRY STYLES <3, opis, HARRY HART ESTEJA VIVO!! Isto é um afronte a nossa inteligência (afinal, quem assistiu 'Serviço Secreto' o viu levar um tiro na cabeça). Mas olha, não queria dizer que somos burros não, só não tínhamos pensado na possibilidade de que existisse um tipo de tecnologia que pudesse 'restaurar' as pessoas. Mesmo que elas ficassem com sequelas.
Pois sim, é o que rola com Harry Hart. 

Quando todos os mil acontecimentos com a Kingsman se dão (poxa, o Michael Dumbledore Gambon aparece tão poquinho, queria mais), Merlin e Eggsy encontram o agente e se fazem essa mesma pergunta. Porém, a maravilhosa e , pouco utilizada, Ginger responde todas as nossas questões e claro faz uma tremenda parceria com Merlin.

As relações de Eggsy também ganham um big espaço na tela. É drama com a namorada (a princesa que menciona a tal possibilidade de uma posição sexual e faz você se questionar 'será que isto foi pesado?'), com os amigos e até com o cachorrinho. Acredita-se, que teria como 'dar aquela boa enxugada' em tudo isso, mas no geral, não atrapalhou tanto.

 

Todos os agentes da Statesman tem codinomes a partir de bebidas
Os personagens que adentram o mundo de Kingsman acabam trazendo boas questões. Como exemplo, o agente Tequilla de Tatum que nos faz refletir sobre nossas falhas e recaídas. Whiskey (Pascal) é quase todo o tempo o valentão e um pouco misterioso que traz algumas suspeitas, já Bridges faz o parça, o avô boa pinta. Berry aparece como a representação da mulher que está em uma posição importante, mas quase nunca é reconhecida para ter novas chances e novos trabalhos.

A maravilhosa Julianne Moore tem pouquíssimas cenas, mas aparece em todos os atos e justifica suas ações com discursos inteligentes sobre certas drogas serem licitas quando não deveriam, na verdade, o ser. Suas maneiras de agir corrompe e exclui seu poder da fala. Mas a interlocução não deixa de ser consistente. Poppy é uma personagem que usa do medo em ser pega para movimentar a geografia e aparenta ter um luxuoso resort dos anos 40, em algum lugar da América do Sul ou Central.

Julianne Moore é a adição perfeita e têm ótimos dialogos
As cenas de ação aqui estão super mega ensaiadas e com gosto de quero mais. Desde o inicio, o filme trabalha bem isto. Rapidez é o lema desses agentes.

Sons escoceses e a tocante Country Road aparecem por todo o filme. Elton John está aqui como ele mesmo, então sim, você o verá cantando, porém, há também um link para o porquê ele está no longa - e para mim certas partes com ele poderiam ser deletadas.

O figurino assinado por Arianne Phillips, vem impecável. Poppy e os agentes da Statesman trazem aquele guarda roupa country e super fofo do sul estado-unidense, enquanto, Eggsy, Merlin e Harry são os nossos agentes com ternos estilosíssimos.

A edição de Eddie Hamilton vem no mesmo tom do primeiro.


Ficha técnica: Kingsman, The Golden Circle, 2017.Direção: Matthew Vaughn. Roteiro: Jane Goldman,  Matthew Vaughn - baseado na HQ ''The Secret Service''. Elenco: Colin Firth, Mark Strong, Taron Egerton , Sophie Cookson, Edward Holcroft, Halle Berry, Jeff Bridges, Pedro Pascal, Channing Tatum. Gênero: Ação, Espionagem. Trilha Sonora Original: Henry Jackman e Matthew Magerson. Figurino: Arianne Phillips. Edição: Eddie Hamilton. Distribuidor: Fox Filmes. Nacionalidade: Reino Unido.Duração: 2h21min.

Avaliação: Quatro ternos de linhagem real prontos para mostrar seus adicionais (4/5).

Não tão espetacular como Serviço Secreto, mas imperdível e bonzão!

Ps: O terceiro, já anunciado, também terá Vaughn na direção.

28 de Setembro nos Cinemas!

See Ya!











B-

Lego Ninjago: O Filme


Depois da 'Uma Aventura Lego' ganhar Oscar na categoria de melhor canção original e também ressurgir este universo com o lançamento de uma versão para a jornada do homem Morcego (comentários aqui), muitos pensavam que o nível das produções só iriam subir. Foram todos enganados.

Com distribuição da Warner Bros, a nova empreitada traz um grupo de heróis de Ninjago, um lugar fictício, mas que essencialmente está localizado no continente asiático, lutando bravamente contra um vilão espertalhão.

As dublagens na lingua original conta com as vozes de Dave Franco, Justin Theroux, Olivia Munn, Michael Peña, Fred Armisen, Kumail Nanjiani, Zach Woods, Abbi Jacobson e Jacki Chan. Este último que também tem aparição real por ali.

Charlie Bean, Bob Logan e Paul Fisher são o responsáveis pela direção.

Trailer


O jovem Lloyd (Franco) é um adolescente julgado pelos erros do pai Gamardon (Theroux), aonde quer que vá. Os únicos 'amigos que tem na escola são Nya (Jacobson), Cole (Armisen), Jay (Najiani), Zane (Woods) e Kai (Peña). Juntos eles formam um grupo de protetores da ilha de Ninjago.

E ,ultimamente, eles tem trabalhado bastante, pois o pai de Lloyd não desiste de a atacar o lugar e trazer caos a população. A mãe de Lloyd, Koko (Munn), nem sonha o que o filho faz nessas horas e pede calma e paciência a ele pela ausência do pai.

Gamardon, aliás, é pouco afetivo e não tem o minimo pique para manter contato com o adolescente. O que deixa Lloyd muito triste e sempre vai em busca dos ensinamentos do mestre Wu (Chan).



 Cada um dos heróis representam um elemento da natureza. Fogo, terra, gelo, água, raio e ar (Capitão Planeta, cadê você?) e todos circulam em cena dentro de uma espécie de máquina - algo que lembra muito os zords dos Power Rangers, referência forte do filme.

 O vilão traz um pouco das características de Darth Vader e na história em si também é possível enxergar detalhes do mundo Jedi. Em tese, os personagens saem em jornada espiritual para se encontrarem e criar laços - inclusive, vilão e mocinho. Mas o que podia dar bom vira um melodrama sem fim.


O que Batman Lego abusava em sarcasmo e dualidades Lego Ninjago abusa em infantilidade e dilemas bobos de heróis. Há a intenção clara de agradar muito mais as crianças, mas o fazem de forma simplista e esperando que o público seja burro.

Divertir, diverte. Mas não é tão bem construído e não faz o mundo lego interagir com a animação como já foi visto antes.

A tentativa de começar contando a jornada dos heróis através de uma fábula no mundo real não cola e soa apenas como motivo para por Jackie Chan na tela em carne e osso.

A condução aqui é amplamente angustiante e não se atenta as falhas da trama. A dublagem brasileira é um destaque.


Ficha Técnica: The Lego Ninjago Movie, 2017. Direção: Charlie Bean, Bob Logan e Paul Fisher  Roteiro: Bob Logan, Paul Fisher, William Wheeler, Tom Wheeler, Jared Stern, John Whittington, Hilary Winston, Dan Hageman e Kevin Hageman.  Dublagens originais: Dave Franco, Justin Theroux, Olivia Munn, Michael Peña, Fred Armisen, Kumail Nanjiani, Zach Woods, Abbi Jacobson e Jacki Chan. Gênero:  animação. Nacionalidade: EUA.   Distribuidora: Warner Brothers Pictures. Duração: 01h41min. 

Lego Ninjago: O Filme é uma animação muito fraca em comparação ao outros filmes Lego. 

Avaliação: Dois legos comprados no Paraguaí (2/5)

28 de Setembro nos cinemas!

See Ya!

B-

Duas De Mim


A película se inicia ao som de ''Cotidiano'', composição de Chico Buarque regravada por Marcelinho da Lua e Seu Jorge, em 2002, e logo somos apresentados ao protagonismo de uma mãe (Thalita Carauta) no dia a dia puxado que leva como principal mantenedora de sua família. Esta que é formada pelo filho adolescente Maxsuel (Gabriel Lima), a mãe, Dona Sonja (Maria Gladys) e a irmã Sarelly (Leticia Lima). A repetição das imagens onde aparece acordando o adolescente, cozinhando quentinha e saindo para o seu segundo trabalho acontece (e fazem jus a canção) para nos fazer compreender não só que Suryellen enfrenta tudo sozinha como também para incentivar a visão de que ela só queria uma mão amiga para mudar o seu destino. Dali mesmo a ideia de uma segunda irmã vem a tona e a personagem mágica de uma boleira, interpretada por Stella Miranda, surge em cena para realizar os desejos da aspirante a cozinheira.

Obviamente, que a aparição da 'irmã gêmea' propicia a Suryellen mais tempo para ir em busca de outros sonhos e continuar mantendo a família, no entanto, com o passar do tempo 'a presença do seu segundo eu' começa a criar conflitos inesperados e o tiro sai pela culatra.

Com direção de Cininha de Paula e roteiro de Carolina Castro e L.G. Bayão (O Shaolin do Sertão), a produção conta ainda com Latino, Polly Marinho, Márcio Garcia e Alessandra Maestrini.

Trailer


O longa repete fórmulas de comédias que tratam do mesmo assunto. Suas piadas são fraquíssimas e a junção de cinema com tevê é aqui um grande problema. Isto porquê ao invés de soar como filme e ser filme, a produção se desequilibra e apresenta um episódio de programas de sábado à noite. Aliás, bem similar ao que a atriz Thalita Carauta participava.

Outro problema são os personagens. A Suryellen ao quadrado de Carauta até que convence aqui e ali e Polly Marinho também, todavia, ver o ator/diretor/apresentador Márcio Garcia como um trambiqueiro espertalhão é altamente dispensável e suas 'falas erradas' não transitam em nenhum mundo e diz-se o mesmo para a irmã pop fracassada da protagonista, vivida por  Letícia Lima - atriz que parece não sair mais de si mesma e se repetir e se repetir em tudo que faz, principalmente depois de ter deixado o canal de vídeos 'Porta dos Fundos'.

O tom de tevê fica ainda mais evidente quando os realizadores escalam Claude Troisgros e André Mifano, apresentadores de um programa de competição culinária, para serem hosts de um show com as mesmas características daquele em que trabalham em um canal de tevê paga. 

Mas a grande piada do filme é que o cantor Latino faz uma participação como o personagem Chicão. Um ajudante de cozinha que trabalha no mesmo restaurante que Suryellen e tira um extra fazendo cover do cantor Latino. Seria bom se fosse melhor, mas nem isto salva o caminhar desleixado do longa e as atuações ruins de Alessandra Maestrini e Luma Costa. Nizo Neto tem pequena aparição, mas também não faz grande coisa. 

Cininha é conhecida por ter dirigido milhares de novelas com tom parecido a 'Duas de Mim', na tevê até que o gosto cabe, mas para um filme, sua condução 'segue mais do mesmo' e não entra para a ótima lista de produções brasileiras que temos visto este ano. O roteiro de L.G. Bayão é perdido e fraco e fica longe do que ele apresentou em ''Shaolin do Sertão'.


Ficha Técnica: Duas de Mim, 2017. Direção: Cininha de Paula. Roteiro: Carolina Castro e L. G. Bayão. Elenco: Thalita Carauta, Leticia Lima, Márcio Garcia, Alessandra Maestrini, Priscilla Marinho, Luma Costa, Nizo Netto, André Mifano, Flávia Quaresma, Gil Coelho, Maria Gladys, Latino, Claude Troisgros. Nacionalidade: Brasil. Gênero: Comédia. Direção de Fotografia:  Zé Bob. Direção de Produção: Gabriela Carvalho. Produção Executiva: Marcelo Guerra. Coprodução: Migdal e Globo Filmes. Distribuição: Downton/ Paris. Duração: 0122min.

Aqui a criatividade que era pouca, se enrolou.

Avaliação: Um molho sem tempero (1/5)
28 de Setembro nos Cinemas!


See Ya!












B-

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

► Mostra Competitiva do Festival de Brasilia do Cinema Brasileiro - Sétima Noite


A sétima noite de Festival foi uma das mais concorridas. Todos queriam ver o mais novo filme do brasiliense Adirley Queirós, ''Era Uma Vez Brasilia'', todavia, nem todos conseguiram ingresso.

Preocupado em trazer diversidade, realidade e cinema competente, Queirós levou a tela uma espécime de fake-doc com um enredo atraente, mas pouco envolvente. Uma trama futurística que  se entrelaça ao passado histórico e politico do Brasil bem como ao presente.

Antes da apresentação do longa-metragem o público ainda pôde conferir o curta carioca ''Chico'', da dupla de diretores Carvalho, e também o concorrente brasiliense ''Carneiro de Ouro'', de Dácia Ibiapina. Filmes que vem de espaços e tempos diferentes. Chico reflete os acontecimentos dramáticos do futuro e, como o longa de Adirley, coloca à sua frente protagonistas marginalizados. Já Carneiro de Ouro busca uma figura no calorento Piaui, chamada Dedé Rodrigues, para exaltá-lo pela dedicação e força em produzir e levar cultura cinematográfica a comunidade local.

Confira os comentários.

MOSTRA COMPETITIVA (CURTA)
CHICO, dos Irmãos Carvalho.
Ficção, 23min, 2016, RJ, 12 anos.

Sinopse:
2029. Treze anos depois de um golpe de Estado no Brasil, crianças pobres, negras e faveladas são marcadas em seu nascimento com uma tornozeleira e têm suas vidas rastreadas por pressupor-se que elas irão, mais cedo ou mais tarde, entrar para o crime. Chico é mais uma dessas crianças. No aniversário dele, é aprovada a lei de ressocialização preventiva, que autoriza a prisão desses menores. O clima de festa dará espaço a uma separação dolorosa entre Chico e sua mãe, Nazaré.

Exibição:
22 de setembro | 21h | Cine Brasília

22 de setembro | 20h | Teatro da Praça (Taguatinga), Espaço Semente (Gama), Teatro de Sobradinho e no Riacho Fundo (em frente à Administração)

23 de setembro | reprise às 15h | Museu Nacional da República


Chico traz um futuro muito possível de acontecer, pois mostra como a sociedade julga a classe baixa como criminosos apenas por terem nascidos pobres. Assim, o contexto nos mostra uma avó que tenta aliviar a realidade de seu neto, enquanto a mãe o apresenta a realidade. As leis aprovadas pelo congresso passam de um dia para o outro a permitir que jovens sejam presos antes mesmo de cometer crimes e esta mãe desesperada é interpretada de uma forma verídica e até rude, mas passa exatamente o que deve, apesar de poder ser mal interpretada.

Há um estilo obscuro no curta que chama atenção para todo o problema daqueles personagens e nada soa falso ou improvável. Pelo contrário. A mensagem chega e nos atinge em cheio, culpa de toda a equipe? com certeza. 

Um drama futurístico forte e sem dúvidas um dos melhores curtas selecionados. 

Avaliação: Três jovens rindo da própria desgraça com maestria  (3/5).

MOSTRA BRASÍLIA (CURTA)
CARNEIRO DE OURO, de Dácia Ibiapina.
Documentário, 25min, classificação Livre, 2017.

Sinopse:
Sobre o cinema de Dedé Rodrigues.

Exibição:
22 de setembro | 18h30 | Cine Brasília

22 de setembro | 18h | Teatro da Praça (Taguatinga), Espaço Semente (Gama), Teatro de Sobradinho e no Riacho Fundo (em frente à Administração)

23 de setembro | 10h | Auditório da Câmara Legislativa do DF


Aqui somos apresentados a um homem simples lá de Sussuapara, no Piaui, que se tornou 'famoso' na região após lançar o filme ''Cangaceiros Fora do Tempo', e suas sequências. Todos de baixo orçamento, as produções acabam por ser grandes pérolas de Dedé Rodrigues e que mostram seu esforço para levar entretenimento a comunidade.

Simpaticíssimo, corajoso e perspicaz, Rodrigues é o protagonista mais vivo dos curtas na seleção. E Dácia trabalha essa força ao extremo. Ali seu papel não é exatamente de investigadora, assim, as imagens que se dão são despretensiosas de agradar um público critico, mas sim em fazer o público conhecer o cineasta da vida real. 

O riso fácil vem e a admiração também.

Avaliação: Três preciosos clássicos (3/5).

MOSTRA COMPETITIVA (LONGA)
ERA UMA VEZ BRASÍLIA, de Adirley Queirós.

Documentário, 100min, 2017, DF, 14 anos.

Sinopse:
Em 1959, o agente intergaláctico WA4 é preso por fazer um loteamento ilegal e é lançado no espaço. Recebe uma missão: vir para a Terra e matar o presidente da República, Juscelino Kubitschek, no dia da inauguração de Brasília. Sua nave perde-se no tempo e aterrissa em 2016 em Ceilândia, cidade satélite de Brasília, DF. Essa é a versão contada por Marquim do Tropa, ator e abduzido. Só Andréia, a rainha do pós-guerra, poderá ajudá-los a montar o exército para matar os monstros que habitam hoje o Congresso Nacional. Este é um documentário gravado no ano 0 P.G. (Pós Golpe), no Distrito Federal e região.

Exibição:
22 de setembro | 21h | Cine Brasília

22 de setembro | 20h | Teatro da Praça (Taguatinga), Espaço Semente (Gama), Teatro de Sobradinho e no Riacho Fundo (em frente à Administração)

23 de setembro | reprise às 15h | Museu Nacional da República




O novo longa de Queirós, veio cheio de realidade, utopia, diversidade, representação. Contudo, não se desenvolveu melhor que nenhum de seus trabalhos anteriores. Por outro lado, soou confuso, ao mesmo tempo que se declarava ciente do que acontecia.

Ele se inicia como uma anedota e até terminado momento parece crescer pela 'aventura' dos personagens e vai ficando interessante quando a nossa realidade política vai sendo acrescentada. O problema é que ele se perde e não chega a lugar nenhum. Não convence e após reflexão parece que tudo foi em vão. 

Sua pretensão de aparentar realismo o deixa insosso e bobo e por mais que se queira que aquele mundo reaja, ele não o faz. A parte técnica da película imprime um certo tom dark,  mas não funciona.

Avaliação: Uma viagem sem fim(1/5).

See Ya!














B-

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

► Sexta noite de Mostra Competitiva do Festival de Brasilia do Cinema Brasileiro - Comentários


Mais uma noite de filmes surpreendentes e todos eles com segurança da mensagem que queriam transmitir ao público. Ambas produções ambiciosas e de muita coragem tocaram em temas duros da realidade, foram ousadas, afirmativas e conseguiram ser questionadoras. 

Começamos com um curta que trazia relatos de pessoas que perderam familiares na época da ditadura. Mas o impressionante ali era a criatividade do filme em ilustrar aquelas falas e deixar de lado a imagem real de quem narrava os acontecimentos. Uma animação de técnica competente que trouxe emoção dirigida por Nadia Mangolini e titulada 'Torre''.

A segunda produção, 'Baunilha', de Léo Tabosa, também veio cheia relatos, porém, a narração era verdadeiramente um escândalo para os mais conservadores. Ali, um professor de Direito, em Pernambuco, contou um pouco de sua vida e suas experiências com a prática do BDSM (Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo). O uso de imagens reais contextualizaram bem cada argumento declarado. 

Para fechar, foi exibido o filme de Marcelo Pedroso ''Por Trás da Linha de Escudos''. Um documentário que retratou um pouco do cotidiano do Batalhão de Choque da Polícia Militar de Pernambuco e levantou o debate de como o sistema de doutrinação da Polícia exclui a consciência do cidadão que usa o uniforme e se torna o representante do Estado em situações de caos e protestos. 

A apresentação do evento foi conduzida pela cantora Ellen Oléria e o ator Fernando Eiras.

Leia os comentários.


MOSTRA COMPETITIVA (CURTA)
TORRE, de Nadia Mangolini.
Animação, 18min, 2017, SP, 12 anos.

Sinopse:
Quatro irmãos, filhos de Virgílio Gomes da Silva, o primeiro desaparecido político da ditadura militar brasileira, contam relatam suas infâncias durante o regime.

Exibição:
21 de setembro | 21h | Cine Brasília

21 de setembro | 20h | Teatro da Praça (Taguatinga), Espaço Semente (Gama), Teatro de Sobradinho e no Riacho Fundo (em frente à Administração)

22 de setembro | reprise às 15h | Museu Nacional da República


'Torre'' consegue com muita criatividade e consistência refletir na telona o sentimento de perda que filhos e esposas têm por terem sido arrancado do ventre de suas mães, do colo de seus país e do carinho de seus parceiros. 

O título do curta vem de uma das histórias ali mostradas. Onde uma mãe foi presa e só podia ver seus filhos do alto de uma torre. As crianças, sem pai e sem a mãe, foram entregues ao Estado e faziam de um tudo para ficarem juntas. Os outros incertos das mortes, ou com a confirmação, demonstram também aflições muito similares e o um vira conjunto.

O traço das ilustrações é de uma beleza delicada e simples. Mas que revela um trabalho técnico preocupado em não deixar passar nada. O colorido acontece, mas vem sempre sóbrio e opaco. O que revela a tristeza por completo daquelas pessoas. O roteiro contrói uma narrativa que vai se intensificando com cada relato - são quatro ou cinco - e a direção é eficar em mostrar o seu ponto de vista.

Avaliação: Quatro montantes de saudades (4/5).
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MOSTRA COMPETITIVA (CURTA)
BAUNILHA, de Leo Tabosa.
Documentário, 13min, 2017, PE, 16 anos.

Sinopse:
Olhe a sua volta. Tudo que você vê e toca pode ter o gosto de Baunilha.

Exibição:
21 de setembro | 21h | Cine Brasília

21 de setembro | 20h | Teatro da Praça (Taguatinga), Espaço Semente (Gama), Teatro de Sobradinho e no Riacho Fundo (em frente à Administração)

22 de setembro | reprise às 15h | Museu Nacional da República

Em Baunilha, conhecemos o mundo de Bruno, um praticante de BDSM e professor universitário que narra e sabe como viver a própria história. A agonia de certas imagens vem aos poucos, porém suas palavras inferem uma sutileza incomum e aquele universo ganha um novo retrato.

O acadêmico deixa claro a não importância de vermos o seu rosto e a qualidade das imagens fazem este ponto ser realmente desnecessário. Sim há nudez explicita e contextualização das práticas, mas a criatividade do projeto é impecável e faz com que seu desconforto (se é que ele existe) se acalme.

O título do curta explica uma expressão que para Bruno define a sua profundidade na prática. Ele explica que o abandono das relações afetuosas tem muito a ver com isto e é onde o título cabe perfeitamente já que sua ligação com o BDSM é puramente para o prazer e não se refere exatamente a prática do sexo.

A condução aqui é exemplar e todo o design da produção se destaca. Um trabalho de equipe que se preocupou em expressar as várias delicadezas da jornada que queriam mostrar. 

 O curta faz parte de uma trilogia, sendo o primeiro o aclamado ''Tubarão''.

AvaliaçãoQuatro chicotes tinindo (4/5).

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MOSTRA COMPETITIVA (LONGA) POR TRÁS DA LINHA DE ESCUDOS, de Marcelo Pedroso. Documentário, 124min, 2017, PE, 10 anos.

Sinopse:

Documentarista engajado em ideais de esquerda num país em plena convulsão política, o diretor Marcelo Pedroso decide fazer um documentário no Batalhão de Choque da Polícia Militar de Pernambuco. Trata-se da unidade policial treinada para lidar com multidões, atuando na repressão dos chamados distúrbios civis - categoria que inclui protestos e manifestações. Enquanto acompanha algumas operações de rotina e treinamentos no batalhão, ele passa a sentir na pele os efeitos da aproximação.



Exibição:

21 de setembro | 21h | Cine Brasília


21 de setembro | 20h | Cine Brasília, Teatro da Praça (Taguatinga), Espaço Semente (Gama), Teatro de Sobradinho e no Riacho Fundo (em frente à Administração)

22 de setembro | reprise às 15h | Museu Nacional da República





O longa se inicia com imagens da  bandeira brasileira sendo invadida por carrapatos (que tortura), principalmente, o círculo que revela as palavras 'Ordem e Progresso'. Imediatamente temos uma narração simbólica que elucida aquele contexto visual. De lá, somos levados a conhecer um comandante de um batalhão de choque e entendemos que aquele grupo será o nosso objeto de estudo pelas próximas horas. O Batalhão em questão é a corporação pernambubaca Mathias Albuquerque.

A equipe vai afundo e visita o QG, conversa com os militares, participa dos treinamentos, das celebrações, dos momentos de distração e também vai a campo viver o trabalho do batalhão na prática. Meio a isso, a narrativa insere o lado oposto. A face e o corpo de quem é 'agredido' pelos policiais quando estes estão cumprindo as ordens de seus superiores para manter a paz e a tranquilidade da sociedade.

Corajoso e até poético, o documentário questiona este sistema de doutrinação que estrutura o militarismo. Sem dúvidas, provoca o outro lado que se defende dizendo que este é um mal necessário para que haja a contenção de danos e que todos ali reajam como se deve. Contudo, por mais 'ser pensante' que eles se considerem fica claro que não o são e aqui se revela isto otimamente bem.


O diretor e grande parte da equipe aparecem aqui e ali e são sagazes em suas perguntas, mesmo que o recorte, para alguns, 'danifique' a imagem dos militares (se é que isto é possível), é preciso que ele exista. É preciso que ele seja discutido e que traga luz a sociedade. Pois a defesa nunca será em nossa causa, mas sim para o bem estar de quem manda executar.
AvaliaçãoCinco tanques de bravura indômita (5/5).

See Ya!











B-

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

► Mostra Competitiva do Festival de Brasilia do Cinema Brasileiro - Quinta Noite


O gás da noite anterior, lá na Mostra Competitiva no Festival de Brasilia, foi propagado pelos gêneros de suspense, drama, período histórico e terror.

Filmes que fizeram refletir bastante sobre um passado que nos assombra e para sempre nos trará traumas e um presente vivido por muitas mulheres brasileiras. 

A produção de Lais Melo, 'Tentei', retratou com clareza o sofrimento que uma mulher passa ao ter que relatar um abuso as autoridades e após o silêncio de seus 15 minutos de duração recebeu grande quantidade de palmas. O que também ocorreu com o longa da equipe Ramon Porto Mota, Gabriel Martins, Ian Abé, Jhesus Tribuzi, 'O Nó Do Diabo'. Um filme que recortou um período de cem anos para mostrar as torturas sofridas por negros em uma fazenda do interior.

Confira os comentários.

MOSTRA COMPETITIVA (CURTA)
TENTEI, de Laís Melo.
Ficção, 15min, 2017, PR, 14 anos.

Sinopse:
A coragem foi se fazendo aos poucos conforme a angústia tomava o corpo. Em certa manhã, Glória, 34 anos, parte em busca de um lugar para voltar a ser.

Exibição:
20 de setembro | 21h | Cine Brasília

20 de setembro | 20h | Teatro da Praça (Taguatinga), Espaço Semente (Gama), Teatro de Sobradinho e no Riacho Fundo (em frente à Administração)

21 de setembro | reprise às 15h | Museu Nacional da República


Tentar criar forças para reagir a abusos ou sair de uma relação medíocre é um tema muito atual em nossa sociedade. E é o dilema da protagonista do filme. 

Na real, ela já deve ter sido uma pessoa muito viva. Hoje não mais. Quando a vemos pela primeira vez, logo nos vem a mente o que acontecera ao seu rosto? Porque ela está tão estática? 

Daquele lugar sombrio que é o seu lar ela parte, não muito segura, para um lugar onde é chamada e ali tenta relatar o que sofreu. Porém, é ali sentada que a mulher sente apertarem suas feridas com mais força a cada pergunta constrangedora e sem cuidado. 

O homem que a entrevista tenta se desculpar e tenta não destroçar ainda mais a vitima. Mas o resultado é o mais óbvio possível. O esgotamento dos 2% de coragem que ela encontrara para chegar até ali.

Muito bem desenvolvido e com uma atuação competente, o curta se mostra real e dolorido. Ainda não é o meu predileto da competição, mas deu para sentir o baque.


AvaliaçãoTrês desgraças alheias que podem rolar com qualquer pessoa (3/5).

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MOSTRA COMPETITIVA (LONGA)
O NÓ DO DIABO, de Ramon Porto Mota, Gabriel Martins, Ian Abé, Jhesus Tribuzi.
Ficção, 124min, 2016, PB, 16 anos.

Sinopse:
Cinco contos de horror. Uma fazenda tomada por horrores há mais de duzentos anos. Cinco encontros com a morte. Um nó que não se desata.

Exibição:
20 de setembro | 21h | Cine Brasília

20 de setembro | 20h | Teatro da Praça (Taguatinga), Espaço Semente (Gama), Teatro de Sobradinho e no Riacho Fundo (em frente à Administração)

21 de setembro | reprise às 15h | Museu Nacional da República


A criatividade do longa está em seu recorte. Cem anos de muita tortura a pessoas negras que foram escravas ou serviçais da família Vieira. Um clã vil e poderoso que definhou junto com suas ruindades e a muitos assombraram.

Começamos o longa em 2018. Ali, um segurança paranoico e aparentemente atormentado busca proteger um casebre assustador de todos na vizinhança e comete crimes hediondos. Depois, voltamos aos acontecimentos decorridos 1987, onde um casal chega ao mesmo lugar em busca de trabalho e passa dias de terror com a família. Voltamos ainda mais atrás e vemos duas irmãs escravas sendo exploradas de todos os jeitos possíveis. De lá, passamos a 1871, onde um escravo vê toda a sua familia morrer e decide fugir para chegar ao Quilombo. Por último, conhecemos alguns dos negros que escaparam de um ataque acometido aos habitantes do Quilombo, lá no ano de 1818.

Em todas as cenas o principal elemento é o terror. Sustos são provocados com a ajuda de uma trilha sonora trevosa e altissima - um pouco até demais - e uma série de eventos macabros envolvendo o patriarca da família. O senhor Vieira (que atuação tremenda desse ator). O personagem, inclusive, aparece em todas as cenas e certamente é só para ilustrar que o clã sempre cometeu aquele tipo de ator horrendo. De o bisavô ao tataraneto. 

O longa, trás  sim um elenco preciso e que colabora a forjar todo aquele horror com perspicácia, não obstante, alguns momentos não convencem tanto. Quem lembrar da atriz Zezé Motta, a reconhecerá fácil.

A equipe deixa uma mensagem clara sobre o horror da nossa história e proporciona que o expectador saia da sala se sentindo uma mala com 1000 kilos de chumbo. 

AvaliaçãoDois séculos tristes e oitenta e cinco fantasmas (2,85/5).



See Ya!









B-