quinta-feira, 12 de junho de 2025

Como Treinar Seu Dragão, de Dean DeBlois (Live-Action, 2025)

 
A trilogia animada ''Como Treinar Seu Dragão'', dirigida por Dean DeBlois e adaptada dos livros homônimos escritos pela inglesa Cressida Cowell (veja aqui) iniciou sua caminhada no cinema lá em 2010 e parecia ter sido finalizada em 2019. Juntos, os três filmes que foram lançados somaram um total de um bilhão e seiscentos dólares em bilheteria mundial arrecadada e todos eles receberam indicações ao Oscar e a premiações distintas, ganhando muitas destas. Por consequência da impulsão dos estúdios para realizar as histórias que renderam lucros em um Live-Action que seguisse o mesmo caminho, mais um gênero crescente começou a ter movimentação na indústria. Assim, a DreamWorks Animation marca então seu debut no campo desta apresentação fílmica e entrega o primeiro filme sobre a amizade entre homens da era Viking e Dragões, sendo responsável por dar ao público uma obra que corresponde essencialmente as mensagens originais e que emociona tanto quanto a película em desenho. 
 
O diretor e roteirista original retorna a função aqui e Gerard Butler, dono da voz de Stoico - O Imenso, líder dos Vikings, é o único ator do elenco de dubladores voltando para encenar o papel. O resto do grupo de atores se forma com o jovem Mason Thames (O Telefone Preto, 2021) que aparece como o protagonista ''Soluço'', a filha da atriz Thandie NewtonNico Parker, vive ''Astrid'', Julian Dennison (Deadpool 2) interpreta ''Fishlegs'', Gabriel Howell é ''Melequento'',  Nick Frost aparece como ''Bocão'' e Ruffnut e Tuffnut são vividos por Bronwyn James e Harry Trevaldwyn, respectivamente. Lucy Downes e May Evans, responsáveis pela seleção do elenco, mantêm as características dos personagens e em base escolheram atores escoceses, irlandeses e britânicos, sendo Mason o único norte-americano. Na trilogia original, Soluço é vivido pelo canadense Jay Baruchel.  
 
Nas últimas semanas, a Universal Pictures trouxe o elenco e o diretor ao Brasil para eventos exclusivos em São Paulo, com direito a festa junina e gravações inusitadas com influencers, como Arthur Paek, que exibe receitas dinâmicas no TikTok. Ademais foi dado aos fãs a possibilidade de se assistir antecipadamente o filme em pré estreias pagas por todo o Brasil desde o dia 07 de junho.  

Trailer

 
 Ficha Técnica
 
  • Título Original e Ano: How To Train Your Dragon, 2025. Direção: Dean Dublois. Roteiro: Dean DeBlois - baseado nos livros de Cressida Cowell e nos personagens criados em animação por William Davies, Dean DeBlois e Chris Sanders. Elenco: Mason Thames, Gerard Butler, Nico Parker, Nick Frost, Julian Dennison, Gabriel Howell, Bronwyn James, Harry Trevaldwyn, Ruth Codd, Naomi Wirthner, Peter Serafinowicz, Murray McArthur, Andrea Ware, Kate Kennedy, Daniel-John Williams, Nick Cornwall, Selina Jones, Pete Selwood, Marcus Onilude, Anna Leong Brophy. Gênero: Aventura, Live-Action, Comédia, Fantasia. Nacionalidade: Reino Unido. Trilha Sonora Original: John Powell. Fotografia: Bill Pope. Edição: Wyatt Smith. Direção de Elenco: Lucy Bevan. Design de Produção: Dominic Watkins. Direção de Arte: Andrew Munro. Figurinista: Lindsay Pugh. Empresas Produtoras: Universal Pictures, DreamWorks Animation, Marc Platt Productions, BBC Belfast, Film in Iceland, Canada Audio Visual Tax Credit. Distribuidora: Universal Pictures Brasil. Duração: 02h05min. 
A incrível trama criada e escrita por Cowell se torna real mais uma vez com a expertise de DeBlois e toda equipe envolvida nas produções de ''Como Treinar Seu Dragão''. Para os leigos da leitura, Cowell separa por capítulos com títulos notáveis a crescente jornada deste filho Viking que não corresponde ao que se espera dele, um garoto que não é parrudo e forte que combate a tudo e a todos, inclusive dragões, os inimigos lendários de seu povo na Ilha de Berk. Soluço (Thames) então chega a idade que precisa se preparar para debutar como um forte guerreiro e enfrentar os diversos tipos de feras e dar orgulho ao seu pai - o que Stoico nem sequer de longe imagina que irá acontecer por conta da inteligência e do coração sensível do garoto e não por conta de seus músculos. E o jovem consegue tal façanha ao ferir acidentalmente um dos mais destemidos tipos de dragões que é o ''Fúria da Noite'' e ao ir em seu encalço pela floresta e inutilmente tentar o matar descobre que pode aprender com ele (a quem nomeia de ''Banguela'') e assim libertar a todos da falta de conhecimento e do ledo erro de desconhecer quem realmente os dragões podem ser para eles, aliados (lembrem que a trama é uma fantasia). 
 
O grupo de adolescentes que está ao lado de Soluço, como a corajosa Astrid (Nico Parker), o marrento Melequento (Gabriel Howell) e outros garotos, em um primeiro momento ficam muito revoltados por aquele menino mirradinho conseguir se mostrar tão bravo perante a todos, mas ao passo que entendem que vão precisar ajudar Soluço e Banguela, além de todos os outros dragões, em um super conflito contra a rainha dos dragões - a fera força todos os bichos a alimentarem ou virarem sua comida, enquanto estes últimos travam guerra com humanos em ilhas próximas - percebem que são mais fortes unidos e levados por um ideal que fará bem a todo o povo. O pai de Soluço também aprende uma linda lição durante toda a jornada do filho por levar conhecimento aos seus e quebrar as bases de falsas ideias sobre os dragões.  
 
                                          Crédito de Imagens: © 2025 Universal Studios. All Rights Reserved.
A película passou pelos festivais de cinema de Sydney, o Festival Internacional de Animação Annecy e também o prestigiado Tribeca Film Festival neste inicio de junho.
 
A tecnologia atual dá aos realizadores o poder de trazer histórias tão peculiares as telas com veracidade e consistência. Talvez, possa surgir algum receio daqueles que tem apego emocional aos filmes e livros, mas a película consegue em poucos minutos destravar preconceitos e criar novas memórias a audiência que está assistindo pela primeira vez, e talvez seja o principal público para quem o filme é direcionado. Há um delicado manuseio da trama, dos personagens e de todo o universo criado por Cowell e que DeBlois faz questão de revisitar e ampliar neste primeiro filme, e um que deve chegar a ter mais sequências. As cenas tem takes similares, mas não são iguais por exato. Assim como os personagens que ganham novas características e rostos, ainda que representando a essência do que se viu na animação. A fofura e o sentimentalismo vão trazer lágrimas à tona desde as cenas clássicas do encontro de Soluço e Banguela até mesmo o momento derradeiro em que o garoto vê sua vida mudar um pouco por conta de um acidente durante a luta final. 
 
             Crédito de Imagens: © 2025 Universal Studios. All Rights Reserved.
Rodado na Irlanda, nos Estados Unidos e na Islândia, os cenários ganharam vida de forma maravilhosa e representativa impactando pelo visual natural

Figurino, fotografia, edição, performances, direção de arte e todo o design do projeto embarcam o espectador em uma super aventura de aprendizado. As equipes de cada departamento são gigantescas, aliás, e se revelam detalhistas ao apresentar esta história e dar um sabor ainda mais especial à ela. Dean DeBlois, que também esteve envolvido em animações como ''Lilo & Stich'' (2002) e Mulan (1998) é um dos produtores do filme.
 
A trilogia como um todo apresentou ao mundo temáticas como relações familiares, crescimento, quebra de paradigmas falsos, inclusão, deixar ir quem se ama e todos os encontros que os personagens tiveram em tela levam o público a lugares muito emotivos tornando assim os filmes muito amados por todos. A representação em live-action acaba iniciando sua caminhada com uma tarefa árdua, mas uma que tem tudo para se equiparar e propiciar mais experiências inesquecíveis na sala de cinema.
 
Avaliação: Cinco vitórias contra a desinformação e o medo do desconhecido (5/5). 
 
EM EXIBIÇÃO NOS CINEMAS

sexta-feira, 6 de junho de 2025

O Open Air Brasil já começou: o maior cinema a céu aberto do mundo em Brasília de 03 a 15 de Junho


Open Air Brasil já começou em Brasília e na programação com homenagem a Fernanda Torres, clássico de Almodóvar, noite do terror e muito mais

Maior tela de cinema a céu aberto do mundo retorna à Capital Federal nove anos depois da última edição na cidade, agora com novo patrocinador: Nubank 

Apresentado pelo Ministério da Cultura e pelo Nubank, o OPEN AIR BRASIL está de volta e começa a nova temporada em Brasília, nove anos após a última edição na cidade. A partir de hoje, dia 3, até 15 de junho, o Pontão do Lago Sul vai receber o público da capital para assistir a filmes na maior tela de cinema a céu aberto do mundo, em uma incomparável experiência audiovisual. Na programação, que também apresenta shows e atrações gastronômicas, estão títulos que agradam a diversos públicos, como sucessos de bilheteria nacionais e internacionais, clássicos do audiovisual, animações e filmes de terror. Alguns destaques do evento são a noite em homenagem a Fernanda Torres, o premiado “Anora”, os ainda inéditos “O Esquema Fenício” e “Lilo & Stitch (Live- action), a obra-prima de Almodóvar “Tudo Sobre Minha Mãe”, com sua musa Marisa Paredes, e os recém-lançados “Pecadores” e “Homem com H”, cinebiografia de Ney Matogrosso. A pipoca será gratuita e os ingressos já estão disponíveis na Sympla
  
      Crédito de Imagens: Dvulgação - Open Air 2025 
"Saneamento Básico, O Filme", "Lilo & Stitch - Live-action", "Tudo Sobre Minha Mãe" e "Homem com H"
 
A abertura do evento, uma sessão hoje, dia 3 de junho, com ingressos gratuitos, será com ‘Milton Bituca Nascimento’, documentário que acompanha a última turnê do artista, e um show especial de Ellen Oléria. Amanhã, dia 4, será exibido “Anora”, o grande vencedor do Oscar deste ano. O filme, dirigido por Sean Baker, ganhou cinco troféus, incluindo Melhor Filme e Melhor Atriz (Mikey Madison). A exibição é seguida por show da cantora Larissa Luz. A noite de quinta, 5, vai apresentar uma Sessão Dupla em homenagem à Fernanda Torres, com as comédias “Os Normais”, de José Alvarenga Junior, e “Saneamento Básico, O Filme”, de Jorge Furtado, além do curta “Ilha das Flores”, também de Furtado. Especialmente nessa data, o ingresso de uma única sessão valerá para assistir aos filmes em sequência. A sexta, 6, terá duas sessões: “Kasa Branca”, exibido no Festival de Brasília e premiado no Festival do Rio no ano passado e dirigido por Luciano Vidigal, cria do grupo Nós do Morro; e “O Esquema Fenício”, novo thriller de espionagem de Wes Anderson que conta com um elenco de peso, com nomes como Benicio del Toro, Mia Threapleton, Michael Cera e Tom Hanks.

O primeiro final de semana do Open Air Brasil segue apresentando sucessos. A primeira sessão de sábado, 7, que já tem ingressos esgotados, será especial para a criançada, com recreação para começar o dia e as exibições do curta “A Menina e o Mar”, dirigido por Gabriel Mellin e que aborda temas como diversidade, acessibilidade e o uso excessivo da tecnologia, e “Lilo & Stitch”, de Dean Fleischer Camp, versão live-action da clássica animação. A segunda sessão do dia 7 vai apresentar “Deadpool & Wolverine”, de Shawn Levy, que une os dois grandes heróis da Marvel interpretados pelos astros Ryan Reynolds e Hugh Jackman. No domingo, 8, a programação traz mais uma atração que vai agradar públicos de diferentes idades, “Um Filme Minecraft”, dirigido por Jared Hess e estrelado por Jason Momoa e Jack Black, que também vai contar com recreação antes da sessão; e “As Patricinhas de Beverly Hills”, de Amy Heckerling, clássico que completa 30 anos em 2025 e vai levar os espectadores de volta para os anos 90.

A segunda semana já começa com a cinebiografia de um dos grandes nomes da música brasileira. Na terça, 10, será exibido “Homem com H”, dirigido por Esmir Filho e que traz Jesuíta Barbosa no papel principal, como Ney Matogrosso. A exibição contará com a presença do diretor, do protagonista e de Jullio Reis, que interpreta Cazuza no longa. Após o filme haverá show com a cantora CATTO. Na sequência o evento apresentará três noites temáticas: a quarta, 11, será dedicada aos cinéfilos clássicos, com as sessões de “Tudo Sobre Minha Mãe”, de Pedro Almodóvar, e “Mickey 17”, de Bong Joon-ho (Parasita); no dia 12, especialmente para a comemoração dos apaixonados, será exibido o clássico romance “Ghost - Do Outro Lado da Vida”, que é seguido por show de Dora Morelenbaum; e os fãs do terror vão poder aproveitar a sexta-feira 13 com as sessões de “Pecadores”, dirigido por Ryan Coogler (“Pantera Negra”) e protagonizado por Michael B. Jordan,  e “Premonição 6 - Laços de Sangue”, da famosa franquia aterrorizante.

No sábado, dia 14, o evento começa com recreação para as crianças e a sessão da versão live-action de “Branca de Neve”, que tem direção de Marc Webb e traz Rachel Ziegler no papel da princesa e Gal Gadot como a Rainha Má. Na segunda sessão de sábado, vem “Bridget Jones - Louca Pelo Garoto”, de Michael Morris, quarto filme da franquia queridinha dos fãs de comédia romântica. No domingo, encerramento do evento, o dia começa com um arraiá comandado pela cantora Juliana Linhares. Em seguida, mais um longa recém-chegado às salas de cinema será apresentado: “Thunderbolts*”. A superprodução da Marvel conta com a participação de personagens já conhecidos e adorados pelo público, como Yelena Belova, interpretada por Florence Pugh, e o Soldado Invernal, papel de Sebastian Stan.

O Open Air Brasil se dedica a criar uma experiência completa para o público, então, além da pipoca gratuita, não vão faltar opções gastronômicas. O Di Dimontini Burguer levará hambúrgueres com um blend suculento e combinações irresistíveis. Já quem busca algo mais leve e prático vai poder se deliciar com os crepes feitos na hora pelo Crepe Voyage, que oferece tanto opções doces quanto salgadas. Os fãs de comfort food também têm vez com o tradicional cachorro-quente, que ganha uma versão afetiva e bem servida no Dog da Igrejinha. Para quem não abre mão de um docinho antes ou depois do filme, o clássico Churros do Tio marca presença, com caldas variadas e muito recheio. E para os que buscam se aquecer no frio do lago Paranoá, o World Wine também estará presente com vinhos para diferentes gostos.

Uma das preocupações do evento nesta temporada é a acessibilidade. Alguns recursos que estarão disponíveis em todos os dias de Open Air Brasil são: receptivo bilíngue e preparado para atender pessoas com deficiência, protetores auriculares disponíveis, guia de rotas acessíveis do evento, Espaço Calma para receber pessoas neurodiversas, quando necessário, e legendas em todos os filmes, inclusive os nacionais.


A programação completa está disponível em https://www.sympla.com.br/produtor/openairbrasil. Os ingressos são adquiridos por sessão e dão direito à pipoca.

O OPEN AIR BRASIL, que teve sua última edição em 2023 no Rio de Janeiro, é idealizado e produzido pela D+3 Produções. O evento une a magia do audiovisual à tecnologia de última geração da exclusiva tela gigante de 325 m² (do tamanho de uma quadra de tênis), que vem direto da Suíça. A projeção em 4K e o potente sistema de som, com 28 caixas Dolby Digital Surround, são um show à parte. Nesta edição de Brasília serão realizadas 18 sessões ao longo das duas semanas e a expectativa é de 1.500 pessoas por sessão. O objetivo é encantar o público e despertar, ou resgatar, a paixão pelo cinema.

Depois de Brasília, o OPEN AIR BRASIL parte para Salvador, onde acontece entre os dias 30 de setembro e 12 de outubro no Centro de Convenções Salvador. Rio de Janeiro e São Paulo também estão no calendário, com previsão de realização em 2026.

Em paralelo ao OPEN AIR BRASIL e também com o patrocínio do Nubank, a D+3 realiza ainda 12 edições do CINEMA INFLÁVEL em outras localidades do Distrito Federal a partir de maio. Gratuito, o evento acontece também a céu aberto, em regiões com acesso limitado ao cinema, seja por questões geográficas ou socioeconômicas. Com uma tela inflável de 60m² e distribuição gratuita de pipoca, a iniciativa contará com uma programação especial. O CINEMA INFLÁVEL vai exibir cerca de 10 filmes por edição, incluindo curtas-metragens e videoclipes de cineastas locais, além de oferecer recreação infantil e apresentar programações e atividades em parceria com importantes Pontos de Cultura locais.



OPEN AIR BRASIL
De 3 a 15 de junho, no Pontão do Lago Sul
Vendas abertas na plataforma Sympla

PROGRAMAÇÃO:


Dia 3 de junho (terça-feira)
18h - Abertura
19h - “Milton Bituca Nascimento”
21h05 - Show de Ellen Oléria

Dia 4 de junho (quarta-feira)
18h - Abertura
19h - “Anora”
21h35 - Show de Larissa Luz

Dia 5 de junho (quinta-feira)
Apenas neste dia, um ingresso será válido para todas as sessões
18h - Abertura

19h - “Os Normais - O Filme”

21h - “Ilha das Flores” (curta)
21h15 - “Saneamento Básico, O Filme”

Dia 6 de junho (sexta-feira)
18h - Abertura 1ª sessão
18h30 - “Kasa Branca”
21h - Abertura 2ª sessão
21h40 - “O Esquema Fenício”

Dia 7 de junho (sábado)
16h - Abertura 1ª sessão
17h45 -  “A Menina e o Mar” (curta)
18h15 - “Lilo & Stitch (Live-action)”
20h45 - Abertura 2ª sessão
21h30 -  “Deadpool & Wolverine”

Dia 8 de junho (domingo)
16h - Abertura 1ª sessão
18h - “Um Filme Minecraft”
20h35 - Abertura 2ª sessão
21h20 - “As Patricinhas de Beverly Hills”

Dia 10 de junho (terça-feira)
18h - Abertura
19h - “Homem com H”
21h25 - Show de Catto


Dia 11 de junho (quarta-feira)

18h - Abertura 1ª sessão

18h30 - “Tudo Sobre Minha Mãe”

21h05 - Abertura 2ª sessão

21h45 - “Mickey 17”


Dia 12 de junho (quinta-feira)
18h - Abertura 
19h30 - “Ghost - Do Outro Lado da Vida”
21h50 - Show de Dora Morelenbaum

Dia 13 de junho (sexta-feira)
18h - Abertura 1ª sessão
18h30 - “Pecadores”
21h35 - Abertura 2ª sessão
22h15 - “Premonição 6 - Laços de Sangue”

Dia 14 de junho (sábado)
16h - Abertura 1ª sessão
18h- “Branca de Neve” (Live-action)
20h45 - Abertura 2ª sessão
21h30 - “Bridget Jones - Louca Pelo Garoto”

Dia 15 de junho (domingo)
16h - Abertura 
16h30 - Show de Juliana Linhares
18h - “Thunderbolts*” 

SOBRE A D+3

A D+3 Produções é uma produtora carioca com mais de 25 anos de história, representante brasileira do Open Air para toda a América Latina, Portugal e Espanha. O evento, que já teve mais de 30 edições, passou por cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Recife, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba e também por Lisboa e Madri. A produtora é ainda idealizadora do Cinema Inflável, além de ter realizado eventos icônicos como Rider Weekends, Claro Que É Rock, ArteCore, ColaborAmérica e BraJazz.

SOBRE O NUBANK

O Nu é uma das maiores plataformas de serviços financeiros digitais do mundo, atendendo 110 milhões de clientes no Brasil, México e Colômbia. A empresa tem liderado uma transformação na indústria, usando dados e tecnologia proprietária para desenvolver produtos e serviços inovadores. Guiado por sua missão de combater a complexidade e empoderar as pessoas, o Nu atende à jornada financeira completa dos clientes, promovendo acesso e avanço financeiro com crédito responsável e transparência. A empresa se apoia em um modelo de negócios eficiente e escalável que combina baixo custo de atendimento com retornos crescentes. O impacto do Nu tem sido reconhecido em diversos prêmios, incluindo as 100 Empresas mais Influentes da Time, as Empresas Mais Inovadoras da Fast Company e os Melhores Bancos do Mundo da Forbes. 

Para mais informações, visite https://international.nubank.com.br/about/

quinta-feira, 5 de junho de 2025

Do Universo de John Wick: Bailarina, de Len Wiseman


Os filmes de ação mais clássicos e que são lembrados até hoje mesclam ao gênero comédia, aventura, e, vez ou outra, um cadinho assim de romance. Com a franquia John Wick (2014–2023, Chad Stahlelski), estrelada pelo ator mais amado dos anos 2000, Keanu Reeves, o romance não ganhou palco, visto que o filme nasce da tragédia e o personagem perde a esposa e seu cachorro. Logo, é possível sentir muito mais uma aventura rpgista e um tom sarcástico no texto do que qualquer outro incremento. As cenas, super coreografadas e que levam Wick a lutar inúmeras vezes com vilões que estão em seu encalce, enquanto o homem tenta se vingar de quem o tirou de sua aposentadoria e ainda o feriu gravemente matando sua família, são muito bem fotografadas e realizadas e deram aos fãs de ação quatro filmes repletos de porradaria com muito estilo e história. Uma que começa até mais tosca, por assim dizer, e vai ganhando um nível altíssimo de contexto narrativo.

Ali no terceiro filme, ''Parabellum'', lançado em 2019, John Wick retorna ao templo da máfia ''Ruska Roma'' e pede ajuda a Diretora (Angelica Houston). Quando chega ao local, um teatro, apresenta seus utensílios e o que pode para negociar seu pedido e é "marcado". A conversa entre ele e a Chefona acontece durante um treinamento de ballet e pelos corredores também são vistas inúmeras outras dançarinas, além da jovem que está no palco. O momento acabou dando a Shay Hatten idéias para também escrever uma jornada cheia de vingança e explosões a granada. A personagem que ali estava no palco tentando agradar a diretora ganhou então o spin-off dentro do universo John Wick, ''Bailarina'', no comando de Len Wiseman, responsável pela franquia de vampiros e lobisomens em constante guerra, ''Underworld'' (2006-2016), logo, o mundo criado por Derek Kolstad, se abre para mais um conto de perseguição.

Na trama, Eve Macarro, personagem da sempre extasiante Ana de Armas, acaba perdendo a mãe e o pai, que estão envolvidos com a máfia até o pescoço, ainda criança. Levada pelo Chanceler (Gabriel Byrne) para ter uma vida dentro da Ruska Roma desde pequena, a garota inicia também seu treinamento, mas em inicio, apenas como dançarina de Ballet. Aos poucos, ela ganha a confiança da Diretora e se mete em um mundo de missões e matanças. Dali, estreita seu conhecimento até chegar ao homem que tirou a vida de seus pais e no meio do caminho, mal sabe ela, encontrará parentes que não sabia existir. 

Após o filme ter a estreia alterada de junho de 2024 para junho de 2025, a produção ganha as telas de todo o mundo.

Trailer


Ficha Técnica
Título Original e Ano: From The World of John Wick — Ballerina, 2025. Direção: Len Wiseman. Roteiro: Shay Hatten — baseado nos personagens de Derek Kolstad. Elenco: Ana de Armas, Gabriel Byrne, Anjelica Houston, Lance Reddick, Ian Mc Shane, Norman Reedus, Juliet Doherty,Victoria Comte, Keanu Reeves. Gênero: Ação. Nacionalidade: . Trilha Sonora Original: Tyler Bates e Joel J. Richard. Fotografia: Romain Lacourbas. Edição: Jason Ballantine e Julian Clarke. Figurinista: Tina Kalivas. Design de Produção: Philip Ivey. Empresas Produtoras: Lionsgate, Thunder Road Pictures, 87 Eleven Entertainment, Hungarian Natioal Digital Archive & Film Institute e Summit Entertainment.Distribuidora: Paris Filmes. Duração: 02h05min. Classificação Indicativa: 18 anos.


Bailarina se torna distinta da saga de John Wick ao entregar mais seriedade e poucos alívios cômicos. É tão diverso quanto, mas não tão salpicado do humor Wickiano que o fã aprendeu a amar, e, talvez, somente este grupo tenha esta frustração com a película. Afinal, do que a audiência do gênero gosta, ele se reveste: muitas cenas estapafúrdias de lutas e mortes escabrosas. 

Ana de Armas, e que aqui faz o uso de todas elas, granada, facões, metralhadoras e etc, está sanguinária, sexy e vingativa. Sua performance tem um sabor latino e isto é contagiante. É a segunda vez que a atriz trabalha com Keanu Reeves. Os dois estiveram juntos no suspense flopado "Bata Antes de Entrar" (Eli Roth, 2015). Na produção, a personagem de Armas se junta a uma amiga para sair punindo homens tarados, Reeves é o homem em questão, e não termina muito bem para ele. Já na dança que os atores entram agora, há pesos e arcos distintos. E Wick e Macarro se encontram quando o assassino é chamado para por a cabeça da nova super matadora na bandeia da Diretora, já que a garota acabou indo se vingar do chefe de outro grupo mafioso e que não deveria ser tocado. E, claro, tudo por vingança, algo que Wick entende após algumas boas porradas com Macarro. A jovem fica ainda mais acometida em ir atrás do que lhe fez mal e lhe dar fim, pois encontra com Daniel Pine (Norman Reedus) e sua pequena filha sendo perseguidos, um Déjà Vú de sua própria jornada


                                          Crédito de Imagens: © 2025 Lionsgate - Paris FIlmes - Divulgação
A produção ganhou destaque na CCXP, Cinemacon, e premieres ao redor do mundo como em Londres, Paris, Berlim e uma sessão de exibição especial em Los Angeles.


Chad Stahlelski é um dos produtores do filme, após ter comandado a franquia de Wick com pulso e muita expertise. Len Wiseman já presenteou o mundo com a direção empoderada de Kate Beckinsale nos filmes "Underworld", então ele acaba dando a Armas muito espaço para ir crescendo na tela até que ela se torne alguém a se temer. O longa troca de espaços e localidades e tem planos explicativos de cada passo vingativo da protagonista até que esta chegue ao seu ápice. 

Para um filme origem, Bailarina tem um caminhar sério e comedido, longe de ser tão orgástico quanto os dois primeiros filmes onde Wick é o centro da história. A produção tem música tema com participação da banda de emo-metal Evanescence ( escute "Fight Like a Girl" no youtube) e a película como um todo é dedicada ao ator Lance Reddick, devido a sua morte repentina em 2023. Ele interpretava o gerente do Hotel Continental, espaço onde todos os assassinos frequentam e nada pode acontecer. Esta é a segunda baixa no time. Michael Nvqvist, vilão do primeiro filme, também faleceu em 2017. 


EM EXIBIÇÃO NOS CINEMAS

quarta-feira, 4 de junho de 2025

Ernest Cole: Achados e Perdidos


O documentário Ernest Cole: Achados e Perdidos conta a triste história de um talentoso fotógrafo sul-africano que foi vencido pela vida. Não há desonra alguma nisto, há resistentes como Nelson Mandela que passam 27 anos numa prisão e conseguem liderar a África do Sul a superar o regime do apartheid, mas também há pessoas como Ernest Cole que, mais sensíveis aos dissabores da vida, acabam sucumbindo a um ciclo vicioso de autodestruição.
 
Nascido em 21 de março de 1940, em Eerstrust, Pretória, África do Sul, e falecido em 19 de fevereiro de 1990, em Nova York, Estados Unidos, exilado de sua terra e afastado de suas raízes. Excelente fotógrafo negro, sofreu na pele o regime cruel do apartheid do seu país, onde os brancos europeus subjugavam seus conterrâneos nativos, destruindo suas moradias, deslocando-os para favelas, obrigando-os a trabalhos braçais de baixíssimos salários e diminuindo suas chances de educação. Nesse regime de muita violência e vigilância, qualquer tentativa de sublevação era castigada com assassinatos e torturas.
Esse mundo cruel foi retratado em fotos lendárias pelo jovem Ernest. Com sua câmera fotográfica e correndo muito risco, seus registros eternizaram os abusos da época, onde os negros eram subcidadãos em sua própria terra, privados de sua dignidade e desprovidos de direitos básicos. Em 1966, ele se exilou nos Estados Unidos e em 1967 conseguiu publicar seu livro de fotografia ''House of Bondage'', ou melhor, ''Casa da Escravidão'', em português, que o alçou à fama instantânea por sua grande coragem e talento.
Crédito de Imagens: Arte France Cinéma e Velvet Filme / Imovision - Divulgação
A produção passou por inúmeros festivais de Cinema, em 2024, entre eles, o Festival de Cannes e a Mostra Internacional de São Paulo.

Mas esta vivência anterior em um regime opressor, que o condicionava a ser menos que seus algozes, e longe agora dos seus amigos, família e da sua cultura, levou o rapaz a uma espiral de sofrimento e angústia da qual não conseguiu se livrar. Fotografando incansavelmente nos Estados Unidos ou em países da Europa nos quais transitoriamente morava, era muito sensível às críticas de que tinha perdido o talento. Os trabalhos e o dinheiro começaram a escassear, numa existência de solidão e angústia.

Chegou então ao extremo de virar sem teto, vagando pelas ruas das cidades norte-americanas e sem conseguir tirar mais fotos, por bloqueio mental e criativo. Até seu final melancólico, com apenas 49 anos, vitimado por um câncer e amparado em seus momentos finais por sua mãe, seu último vislumbre da África do Sul, a qual nunca tinha conseguido retornar, desde sua partida em 1966.

O diretor haitiano Raoul Peck, diretor também do filme indicado ao Oscar de Melhor Documentário em 2017, 'Eu Não Sou Seu Negro', faz desta história triste um relato muito íntimo, como se o próprio Ernest contasse sua trajetória, na voz de LaKeith Stanfield, ator americano indicado ao Oscar de na categora de ''ator coadjuvante'', em 2021, pelo fora de série ''Judas e o Messias Negro''. Aliado a esse recorte pessoal, emoldurado até por vídeos de entrevistas do talentoso fotógrafo, a própria história da África do Sul também é mostrada, bem como a de outros exilados. Nesse mundo de sofrimentos, batalhas, mortes, a esperança ressurge quando o apartheid é vencido. Mas para Ernest, essa vitória não significou muito, sua morte estava próxima e seu desejo de não mais fotografar já era um indício que tinha desistido, tinha sucumbido aos seus próprios pesadelos.

O acaso da vida, porém, permitiu que se fosse descoberto um grande segredo em 2018. Por razões desconhecidas, grande acervo de fotografias do artista, um total de sessenta mil negativos, estavam guardados e a salvo num banco sueco. Essas fotografias maravilhosas são mostradas no documentário. Muitas delas, mesmo não publicadas em vida, demonstram o grande artista que se perdeu, vencido pelas macrotragédias que assolavam seu país e seu povo e que foram internalizadas pelo sensível fotógrafo, na prova inconteste que o público e o privado se mesclam na vida das pessoas. É um grande filme e foi  premiado no Festival de Cannes, em 2024, com o ''Golden Eye'', evidenciando a riqueza desta história.

Trailer
 
Ficha Técnica
 
  • Título original e ano: Ernest Cole - Lost And Found, 2024. Direção e Roteiro: Raoul Peck. Narração: LaKeith Stanfield. Arquivo de Imagens: Ernest Cole, Leslie Matlaisane, Jürgen Schadeberg, Gerrie Hugo, Joe Mamasela, Benzien Jeffrey. Gênero: Documentário. Nacionalidade: EUADireção de fotografia: Wolfgang Held, Moses Tau. Música: Alexei Aigui. Montagem: Alexandra Strauss. Produção: Laurence Lascary, Raoul Peck. Empresas Produtoras: Arte France Cinéma  e Velvet Filme - com apoio de Canal+, Netflix. Distribuidora: Imovision. Tempo: 105 min. Classificação: 14 anos. 
Nota: 9/10.
EM EXIBIÇÃO NOS CINEMAS 

sexta-feira, 30 de maio de 2025

O Esquema Fenício, de Wes Anderson | Assista nos Cinemas


Wes Anderson, o rei da assimetria cinemática, está de volta as telas de todo o mundo com seu mais novo filme: ''O Esquema Fenício''. A trama é situada em 1950 em uma nação fictícia do Oriente Médio, conhecida como 'Fenícia Moderna Maior Independente', inspirada na antiga civilização fenícia, e que se torna parte de um esquema/plano de renda multifacetado bolado pelo Milionário Zsa-zsa Korda, papel do oscarizado Benicio del Toro, para que o seu legado seja lembrado pelas futuras gerações e a cidade se torne ainda mais industrializada gerando muito lucro ao homem. O que Zsa-zsa, contudo, precisa resolver é sua relação com a filha do primeiro casamento, Liesl, interpretada por Mia Threapleton. Com uma vida dedicada a devoção cristã, a moça não teve contato com o pai até o momento em que ele decide a retirar do convento e fazer com que ela o acompanhe na missão de conseguir apoio ao seu super projeto industrial - e um que dará a herdeira anos e anos de renda. Por se tratar da filha mais velha, os outros inúmeros filhos são então poupados da vida com o pai, apesar deste dar aos jovens a mentoria de Bjorn, vivido por Michael Cera. O homem tem passado por um grande tormento que são as inúmeras tentativas de assassinato que lhe são acometidas durante seus voos particulares tentando chegar até reis e príncipes para fechar alianças comerciais e a película trata de dar à ele mais e mais chances de vencer seus inimigos, tal qual seu irmão Nubar, papel de Benedict Cumberbatch, ou uma tropa de bancários e servidores públicos norte-americanos que são liderados por Excalibur (um Rupert Friend totalmente sem sotaque britânico) e querem intervir no esquema, pois acreditam que ele seja um mau a ser extirpado da face da terra. 

Apresentando uma narrativa cheia de camadas e que aborda temas como dinâmicas familiares, vida e morte, pós-morte, crenças espirituais e uma ferrenha crítica ao mundo dos bilionários e ao capitalismo, O Esquema Fenício é um filme com todo o rigor e precisão de Wes Anderson, mas é também uma película com uma trama absurda de inteligente e distinta de outras que ele já trouxe ao mundo. 
 
O texto é assinado por Anderson e Roman Coppola, marcando a sexta parceria de co-autoria entre os artistas. Ambos que, aliás, partem de histórias pessoais de suas esposas ou a relação com as filhas mulheres para escreverem o roteiro. A produção contou com sessões durante o Festival de Cannes, nas últimas semanas, e tem data de estreia na próxima sexta-feira, 06 de junho, nos Estados Unidos.

                                                     Crédito de Imagens: © 2025 TPS Productions, LLC. All Rights Reserved.
A filha da atriz Kate Winslet, Mia Threapleton, está em seu décimo papel e entrega uma performance comedida e a altura dos personagens e filmes de Wes Anderson

Benicio del Toro trabalha com o diretor Wes Anderson pela segunda vez, assim como Tom Hanks e Bryan Cranston, que estão no filme como a dupla 'Leland' e 'Reagan', parceiros de negócios de Zsa-Zsa  e um duo que até joga basquete em momentos de tomadas de decisão para auxiliar no processo. Outro que iniciou sua parceria com o cineasta em ''A Crônica Francesa'' (2021) e retorna para mais um papel rebuscado é Jeffrey Wright que vive o investidor de fala rápida e líder de Sindicato 'Marty' e ao encontrar o milionário até o oferece uma transfusão de sangue, visto que Zsa-zsa também tem a mania intrigante de oferecer a quem quer que encontre 'uma granada', uma tática conveniente ao homem, visto os inúmeros atentados contra sua vida. 
 
Uma das camadas que o humor sombrio de Wes leva o espectador a experimentar neste novo filme é 'a visita ao andar divino'. Os momentos de quase morte do milionário são evidenciados e terminados em segundos, mas em certos takes se é possível ver a figura de DEUS, papel do sempre necessário Bill Murray, ou um velho vigarista, na pele deste Willem Dafoe, evidenciando um menino morto em um caixão (o próprio Zsa-Zsa), e ainda as figuras de suas três ex-esposas que foram mortas, dizem por ai, por ele mesmo. Uma delas, inclusive, é vivida pela maravilhosa Charlotte Gainsbourg. O homem também arranja um entre-laço matrimonial com a prima Hilda (Scarlett Johansson dando o ar das graças) e mal sabe ele que alguém muito próximo não é exatamente quem ele acredita ser, revelação pitoresca que acontece em meados da película e representa mais um traço da escrita de Anderson. Ademais, os personagens ficam com a dúvida se Liesl é realmente filha do ricaço, devido ao possível relacionamento que ocorreu no passado entre sua mãe e seu tio Nubar.

Trailer

 
Ficha Técnica
 
  • Título Original e Ano: The Phoenician Scheme, 2025. Direção: Wes Anderson. Roteiro: Wes Anderson e Roman Coppola. Elenco: Benicio Del Toro, Mia Threapleton, Michael Cera, Riz Ahmed, Bryan Cranston, Tom Hanks, Charlotte Gainsbourg, Antonia Desplat, Antonia Schröter, Bill Murray, Scarlett Johansson, Rupert Friend, Willem Dafoe, Jeffrey Wright, Benedict Cumberbatch, Richard Ayoade, Mathieu Amalric, Donald Sumpter, F. Murray Abraham, Steve Park, Truman Hanks. Gênero: Comédia, Espionagem, Aventura, Drama. Nacionalidade: EUA, Alemanha. Trilha Sonora Original: Alexandre Desplat. Edição: Barney Pilling. Fotografia: Bruno Delbonnel. Direção de Arte: Esther Schreiner. Figurino: Milena Canonero. Design de Produção: Adam Stockhausen. Empresas Produtoras: American Empirical Pictures, Indian Paintbrush, Focus Features, Studio Babelsberg. Distribuição: Universal Pictures Brasil. Duração: 01h41min.
Sendo o protagonista um bilionário ambicioso e sem coração, a perseguição em massa que este sofre vem cheia de artimanhas e com inúmeras reviravoltas, algumas afetando ou não inocentes, como trabalhadores que ele tem em seu escopo e acabam morrendo nos acidentes provocados para atingi-lo. Mas do que isto, se fala do alto teor de 'visão industrial' e de como este é muitas vezes levado não pelo desenvolvimento de sociedades, mas sim para beneficio próprio de homens já muito ricos. Zsa-Zsa tem todo um estilo arrogante, mas consegue, em algum nível, trazer certa simpatia pela sagacidade e persistência ao sobreviver, ainda que anunciem constantemente sua morte nos jornais. O reencontro com a filha e a jornada de reconstrução de algum tipo de relação é bem vindo e ilumina grande parte da corrida por seu quase resto de vida. Por ser noviça, a personagem acaba tendo menos ódio do pai do que outros personagens podem apresentar e consegue ser resistente aos ideais deste até certo ponto. No entanto, a própria Igreja, ao receber doações do homem, livra a menina da vida como freira. Assim, o filme acaba por trazer relações de status e poder com um sabor sem igual.
 
Anderson e Coppola entregam uma história pra lá de inusitada, mas com certo pé na realidade. O detalhamento para figurino e todo departamento de direção de arte é com muita certeza algo que toma tempo a produção, mas que revela a beleza destas histórias estranhas e excêntricas que ganhamos com o maior primor. Esta é a primeira vez em muitos anos que o fotografo Robert D. Yeoman não vem ao lado do diretor e Bruno Delbonnel assume a função com honras e o trabalho é impactante.

Para os fãs de Wes Anderson, tem se mais um belo filme, com ótimas aventuras e desventuras. Para o cinéfilo comum, o filme talvez não entregue novidade, principalmente, se este for crente de que não há nada novo aqui. E, pelo, contrário, sempre há.

Avaliação: Quatro viagens artísticas (4/5).

EM EXIBIÇÃO NOS CINEMAS

quinta-feira, 29 de maio de 2025

A Lenda de Ochi, de Isaiah Saxon


A fantasia maneira ''A Lenda de Ochi'', escrita e dirigida por Isaiah Saxon, apresenta um jornada com gostinho de 'sessão da tarde' sobre criaturas das montanhas que podem assustar um pouco por sua aparência de 'monstro', mas não passam de seres encantadores e mágicos. A produção estado-unidense é estrelada por Helena Zengel, Willem Dafoe, Emily Watson e Finn Wolfhard e revela aquela jornada mítica de humanos perseguindo seres que não tem consciência de sua beleza e força.
 
Realizado com efeitos práticos e marionetes que são gesticuladas por uma equipe treinada em Londres, o filme de Saxon é cheio de simbologia e até lembra muito os filmes dos anos 80 e 90. A produção foi rodada na Romênia em 2021.
 
No Brasil o filme tem distribuição da Paris Filmes, mas na terra do Tio Sam tem selo da A24. 
 
  Crédito de Imagens: A24, AGBO, Encyclopedia Pictura, Neighborhood Watch, Year of The Rat, IPR.VC, Access Entertainment / Paris Filmes- Divulgação
    O roteiro do filme foi embrionado no projeto ''Sundance Lab'', um programa do Festival de Sundance que apoia profissionais do Audiovisual

Maxim (Dafoe) é um homem cercado de jovens que o seguem com armas pela floresta e que seguem também seus direcionamentos, um destes garotos é Petro (Wolfhard). Certa noite, eles se juntam para cançar e a filha do homem, Yuri (Zengel) vai junto. Pela mata encontram um monstrão e seu bebê circulando e atazanam a vida das critaturas e prendem a maior delas. Maxim e Dasha (Emily Watson) eram casados e o rigoroso senhor acabou mandando a mulher para longe e criando a filha sozinho. Neste contexto, Yuri entra em contato com o bebê mostrinho, ou melhor, o pequeno 'Ochi' e para tentar protegê-lo acaba sendo ferida e mordida por ele, durante uma visita ao supermercado. Aos poucos a menina começa a se transformar em monstrinho e vai ganhando dentes pontudos como o do seu acompanhante. Ao decidir fugir de casa para levar o rapaizinho para as montanhas, onde é sua casa, se depara não só com sua mãe, como também consegue ter um momento de redenção onde o pai entende que estava errado em suas atitudes.
 
Os garotos todos armados, claro, vão causar bastante durante a perseguição, mas a conexão entre a garota, sua mãe e aqueles animais tão intrigantes conseguem ultrapassar impasses e empecilhos. por um bem maior.

Trailer


Ficha Técnica
 
Título Original e Ano: The Legend of Ochi. Direção e Roteiro: Isaiah Saxon. Elenco: Helena Zengel, Willem Dafoe, Emily Watson, Finn Wolfhard, Razvan Stoica, Carol Bors, Andrei Antoniu Anghel, David Andrei Baltatu. Gênero: Fantasia, Aventura. Nacionalidade: EUA. Trilha Sonora Original: David Longstreth. Fotografia: Evan Prosofsky. Edição: Paul Rogers. Design de Produção: Jason Kisvarday. Direção de Arte: Sorin Dima e Mugur Aurelian Popescu. Figurino: Elizabeth Warn. Empresas Produtoras: A24, AGBO, Encyclopedia Pictura, Neighborhood Watch, Year of The Rat, IPR.VC, Access Entertainment. Distribuição: Paris Filmes. Duração: 01h35min.
Isaiah Saxon tem debute encantador, colorido e super acertado. A proposta em si embarca a audiência em uma hora e meia de situações familiares e que são marcantes. Filmes sobre o famoso 'Pé Grande' talvez sejam mais assustadores, mas tem idéia similar e Isaiah demonstra suas referências cinemáticas.
 
O elenco apresenta dois grandes atores, Willem Dafoe e Emily Watson, e dois em inicio de carreira, a  atriz alemã Helena Zengel (Transtorno Explosivo, de Nora Fingscheidt) e Finn Wolfhard, o Mike Wheeler de 'Stranger Things' (Netflix, 2016-2022). Há uma comunhão de boas interpretações e acertos para a escolha do elenco. Ademais, o design de produção e a direção de arte são convenientes a proposta e também outro acerto da mesma.
 
Um filme bem família, com aventura, comédia, e emoção, ou seja, imperdível. 
 
HOJE NOS CINEMAS