sexta-feira, 5 de setembro de 2025

Nota de pesar: Silvio Tendler | Ministério da Cultura

 

Nota de pesar: 
Silvio TendlerUm dos grandes documentaristas brasileiros, ele dirigiu filmes como Jango e Os Anos JK

A notícia da morte do professor, cineasta e historiador brasileiro Silvio Tendler, na manhã desta sexta-feira, aos 75 anos, foi recebida com profundo pesar pelo Ministério da Cultura (MinC). Ele era considerado um dos grandes documentaristas brasileiros. Em mais de cinco décadas de carreira, produziu e dirigiu mais de 70 filmes, entre curtas, médias e longas.

Nascido no Rio de Janeiro, Silvio iniciou sua trajetória no cinema junto ao Movimento Cineclubista, em meados dos anos 1960. Em 1968, assumiu a Presidência da Federação de Cineclubes do Rio de Janeiro, tendo atuado nesse período na assistente de direção de Paulo Alberto de Barros – posteriormente conhecido como Artur da Távola – no curta-metragem Fantasia para Ator e TV.

Seu primeiro filme, sobre a Revolta da Chibata, viria em seguida, mas o início dos anos de chumbo levaram o responsável pela guarda dos negativos originais de seu filme a queimá-los, restando, apenas suas memórias daquele encontro e uma fotografia do Almirante Negro.

Em 1969, passou a estudar Direito na Pontifícia Universidade Católica, no Rio de Janeiro. Mais tarde abandona o curso, vai a Cuba, Chile e França, onde retoma os estudos. Em 1975, forma-se em História, pela Université de Paris VII.

No ano seguinte conclui o Mestrado em Cinema e História pela École des Hautes-Études/Paris VII – Sorbonne, desenvolvendo uma ampla pesquisa sobre Joris Ivens, a partir da análise de seus arquivos pessoais.

De volta ao Brasil e começa a produzir eu primeiro longa-metragem, Os Anos JK – Uma Trajetória Política (1980).

Em 1981 realiza O Mundo Mágico dos Trapalhões, e inicia a produção do longa-metragem Jango (1984). 

No final dos anos 1990 assumiu a Coordenação de Audiovisual para o Brasil e o Mercosul da Unesco, organismo vinculado às Nações Unidas voltado para a Educação e Cultura.

Cultura

Em 2003, recebeu a Medalha JK – Centenário JK, do Ministério da Cultura. Mais recentemente, em março, participou da entrega da Ordem do Mérito Cultural (OMC), no Edifício Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro. Na ocasião, foi agraciado com a medalha grau Comendador.

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