Mais um do famigerado selo "Filmes do Bem", da Angel Studios.
Jon Avnet, diretor de “Tomates Verdes Fritos” (1991) e “A Árvore dos Sonhos” (1994), tem se dedicado, nos últimos anos, a trabalhos na tevê, onde comandou séries como “Susanna” (2013) e “Justified” (2010 - 2015). Vencedor do prêmio Franklin J. Schaffner, concedido pelo Instituto de Filmes Americano em 1995, o cineasta segue uma linha de trabalho que se encaixa bem na proposta da Angel Studios - produtora responsável pelo questionável “O Som da Liberdade” (Alejandro Monteverde, 2023). Sua filmografia recente segue um padrão de narrativas centradas em personagens guiados por princípios tradicionais e por uma forte devoção cristã - algo que, em si, não seria um problema, não fosse a forma manipuladora e por vezes perturbadora com que essas tramas são apresentadas ao público.
O diretor, ao lado do parceiro - o ator e roteirista Neal McDonough -, e de Derek Presley (Na Mira do Inimigo, 2022), assina o roteiro de “O Último Rodeio”, filme que acompanha Joe Wainwright (McDonough), um ex-veterano apaixonado pela vida no campo que precisa retornar aos rodeios e montar uma última vez para conseguir uma grande quantia em dinheiro e pagar os cuidados médicos do neto Cody (Graham Harvey), diagnosticado com um tumor grave na cabeça. A filha de Joe, Sally (Sarah Jones), fica sem chão quando tudo acontece e, mesmo mantendo um relacionamento cheio de estranhezas com o pai, precisa reunir toda a força possível para ver o filho bem. Algo inusitado é que Joe, já um senhor de cinquenta e poucos anos, havia parado de montar após um acidente sério, mas tem a ideia de voltar aos rodeios para faturar dinheiro e convida o amigo Charlie (Mykelti Williamson) para acompanhá-lo nessas competições - o que deixa Sally furiosa.
O longa estava previsto para estrear no Brasil em maio deste ano, sua primeira janela, mas acabou sendo transferido de datas e datas e chega somente agora aos cinemas brasileiros. Seguindo o percurso de outros filmes do estúdio cristão, o longa também ganha a distribuição da Paris Filmes por aqui. No Tio Sam, a própria Angel Studios apresentou o filme nas salas, algo inédito, visto que é somente produtora quase sempre. Ao lado dela aparecem como produtoras do filme Brooklyn Films, The McDonough Company, Red Sky Studios, Unity Entertainment, Professional Bull Riders, 2521 Entertainment.
Os atores Neal McDonough e Mykelti Williamson se reúnem com o diretor Jon Avnet novamenteapós trabalharem emBoomtown (2002).
McDonough é o dono do argumento original para a narrativa e se diz extremamente orgulho de seu trabalho aqui. Compara o filme a "Rocky" (Sylvester Stallone, 1978) só que em cima de touros - e o longa não é isso tudo, então o ator apenas confia muito em si mesmo. Sua interpretação é do típico herói durão e salvador dos filmes de sessão da tarde. Daqueles que vem com dramas pessoais de superação de tragédias pessoais por um bem maior, a felicidade da família e a saúde do neto. O ator chegou a deslocar o ombro durante as filmagens, mas se manteve forte, colocou o braço no lugar e seguiu gravando. As cenas de rodeio, aliás, são bem modernas bem fotografadas. A tensão surge nos momentos em que Joe está montando novamente e que se machuca, assim, ele não necessariamente atinge da forma que pretendia chegar a meta planejada, mas viradas simples na história contornam o conflito e o solucionam de forma rápida e feliz dando espaço ainda para aquela velha rixa entre herói e jovens arrogantes. Ah, e filha e pai se reconciliam para o final feliz terminar ao som de "Old Soul'' da banda feminina The Highwomen.
McDonough é o autor do argumento original da narrativa e afirmou em entrevistas diversas "sentir-se extremamente orgulhoso de seu trabalho aqui". Compara o filme a “Rocky” (Sylvester Stallone, 1978), só que em cima de touros, e o longa está longe de alcançar tal impacto, o que revela, na verdade, que o ego e a autoconfiança do ator estão bem alimentadas por ele mesmo. Sua interpretação é a do típico herói durão e salvador dos filmes de sessão da tarde, daqueles que enfrentam dramas pessoais e superam tragédias em nome de um bem maior: a felicidade da família e a saúde do neto. Durante as filmagens, Mcdonough chegou a deslocar o ombro, mas manteve-se firme, colocou o braço no lugar e continuou gravando. As cenas de rodeio, aliás, são modernas e bem fotografadas. A tensão surge nos momentos em que Joe volta a montar e se machuca já nas cenas finais, assim, ele não atinge exatamente a meta planejada, mas viradas simples na história contornam o conflito e o resolvem de forma rápida e otimista, abrindo espaço até para aquela velha rixa entre o herói e os jovens arrogantes. O amigo Charlie ou o incentivador Jimmy (Christopher McDonald) ganham arcos auxiliando o amigo em sua jornada e não necessariamente vem com algo novo. Ah, e filha e pai se reconciliam para o final feliz, que termina ao som de “Old Soul”, da banda feminina The Highwomen.
Trailer
Ficha Técnica
Título original e ano: The Last Rodeo, 2025. Direção: Jon Avnet. Roteiro: Jon Avnet, Neal McDonough, Derek Presley. Elenco: Neal McDonough, Mykelti Williamson, Graham Harvey, Christopher McDonald, Irene Bedard, Daylon Swearingen, Sarah Jones.Gênero: Drama. Nacionalidade: Estados Unidos da América. Fotografia: Denis Lenoir. Trilha sonora original: Jeff Russo. Montagem: Tom Costantino. Figurino: Jason Parks. Design de produção: Chris Rose. Produção: Jon Avnet, Neal McDonough, Ruve McDonough, Darren Moorman. Empresas Produtoras: Angel Studios, Brooklyn Films, The McDonough Company, Red Sky Studios, Unity Entertainment, Professional Bull Riders, 2521 Entertainment. - Paris Filmes, Divulgação. Distribuidora: Paris Filmes. Duração: 116 minutos. Classificação indicativa 12 anos.
Em tese, o filme mira no público que curte um filme em família e traz inspirção e deve ainda acertar em quem acompanha jornadas de heróis do campo. Não necessariamente somente o público cristão, mas grande parte dele.
Em tese, o filme mira no público que gosta de produções voltadas para a família e que buscam motivação ou ainda que são leves e inspiradoras, devendo também impactar aqueles que acompanham jornadas de heróis do campo/ filmes country. Não necessariamente apenas o público cristão, mas grande parte dele.
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