O Beco das Almas Perdidas (1947) | Belas Artes À La Carte

 


Refilmado em 2021 como O Beco do Pesadelo, por Guillermo del Toro (leia aqui os comentários sobre o filme), esse clássico de 1947 é uma obra-prima do gênero noir. O diretor Edmund Goulding consegue, em quase duas horas de metragem, criar um verdadeiro inferno onde almas desnorteadas lutam desesperadamente por um lugar ao sol, na caça do sonho americano.

Chega a se sentir o odor do fracasso e da miséria! É um roteiro extremamente fatalista, os personagens já nasceram condenados ao fracasso. Cartas de tarot, discursos bíblicos, atos de contrição, emolduram essa tragédia estadounidense, em um inteligente subtexto religioso. Independente de se estar num circo de beira de estrada ou num luxuoso teatro de uma grande cidade. O mundo é uma antecâmara do inferno, um beco das almas perdidas.

Stanton, interpretado brilhantemente por Tyrone Power, é um ambicioso rapaz que trabalha em um circo, no número da vidente Zeena (Joan Blondell). Grande estrela do passado, hoje em dia a adivinha amarga estar num lugar decadente, suprindo o vício do ex-marido alcoólatra. Stanton, aproveitando-se da fragilidade das pessoas à sua volta, aprende todos os truques do ofício. Alçando voos maiores, sai do circo com sua esposa Molly (Coleen Gray) e começa uma brilhante carreira por teatros de todo o país.


Ficha Técnica
Título original e ano: Nightmare Alley, 1947. Direção: Edmund Goulding. Roteir: Jules Furthman - adaptação do livro homônimo de William Lindsay Gresham. Elenco: Tyrone Power, Joan Blondell, Coleen Gray, Helen Walker, Ian Keith, Mike Mazurki. Gênero: Drama, noir. Nacionalidade: EUA. Trilha Sonora Original: Cyril J. Mockridge. Fotografia: Lee Garmes. Edição: Barbara McLean. Figurino: Bonnie Cashin. Duração: 110min. 
Até que um dia encontra a femme fatale Lilith Ritter (Helen Walker), outra trapaceira igual a ele, que sobe na vida enganando incautos e fingindo ser psicóloga. Os dois juntam-se num ambicioso plano para depenarem os ricos da cidade. São cruéis e ardilosos e conseguem muito dinheiro, até que algo sai errado.

O roteiro do filme é inteligente e enxuto. Não há uma cena que seja gratuita. Os diálogos são certeiros. E a ciranda das almas perdidas vai se formando, o desespero se instalando em todos os personagens, até o final desolador e amargo. A fotografia em preto e branco explora muito bem os cenários, reforçando a atmosfera de pesadelo. O circo e o teatro de luxo são faces da mesma moeda, ambientes de perdição e maldição. Grande filme e excelente descoberta da década de 40 do século passado, o clássico é uma das estreias desta semana no streaming Petra Belas Artes À La Carte. Assistam esta obra-prima do cinema noir!

Nota: 9/10.

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Escrito por Marcelino Nobrega

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