O Ritual - Presença Maligna | Assista nos Cinemas


Uma bruxa resolveu fazer um feitiço novo no seu caldeirão. Para sua poção, juntou todos os clichês dos filmes de terror da última década e após murmurar algumas palavras mágicas, tcharam: nasceu o filme O Ritual: Presença Maligna. Uma pena que os ingredientes eram de qualidade extremamente duvidosa e a produção não consegue se destacar.

Brincadeiras à parte, esse longa-metragem de uma hora e meia é provavelmente uma daquelas produções que você esquece facilmente. Clichês diversos amarrados em um roteiro fraco. Essa confusão narrativa gera um terror frouxo, sem tensão e sustos. Temos casas mal-assombradas, criancinhas esquisitas conversando com fantasmas e bonecas macabras, espelhos levando a mundos paralelos, religiosos medonhos e torturadores de mocinhas, malucos da cidade avisando os heróis dos perigos da casa, vultos andando pelos corredores e, para arrematar tudo com chave de ouro, nazistas. Tudo isto já visto com melhores resultados em outros filmes recentes do gênero.
 

Marianne (Jessica Brown Findlay) é uma jovem recém-casada com o pastor Linus (John Heffernan). Eles se conheceram num sanatório, onde Marianne se recuperava após ter gerado uma criança fruto de um relacionamento fora do casamento. O religioso casa-se com a paciente e adota a criança como se fosse uma sobrinha da esposa. A família muda-se para uma casa suspeita, onde várias tragédias aconteceram no passado. O lugar era a antiga sede de uma seita maligna de monges que torturavam mulheres. Inclusive causa estranheza que o bispo tenha acobertado as mortes trágicas de outro pastor e esposa, que falecem nas primeiras cenas do filme, inventando que eles tinham se mudado para Austrália.

Os defeitos e falhas dos moradores são explorados por essa casa maligna. Aos poucos, eles são levados à loucura. Os atos insanos repetem-se. E vultos, ruídos e visões vão se acumulando. Não são muito efetivos, em nenhum momento sente-se medo. A tensão não é bem construída e o espectador consegue descobrir antecipadamente tudo o que vai acontecer. O problema de se trabalhar com clichês é não surpreender quem está assistindo em nenhum momento, as cenas tornam-se previsíveis. Em filmes de terror, a surpresa e a desorientação no pagante do ingresso são essenciais para se gerar medo na sala de cinema.

Estreia deste mês, com distribuição da PlayArte Pictures, em cinemas de todo o país, é pagar para ver e assistir a um filme de terror que pode não lhe gerar medo, porém que é uma diversão descompromissada e leve. As cenas finais já deixam uma pista que teremos continuação, então o ideal é se preparar para O Ritual 2.

Trailer
 
Ficha Técnica
 
Título original e ano: The Banishing, 2020. Direção: Christopher Smith. Roteiro: David Beton, Ray Bogdanovich, Dean Lines. Elenco: Jéssica Brown Findlay, John Hefernan, Anya Mckenna-Bruce, Sean Harris, Adam Hugill, John Lynch, Jean St. Clair, Jason Thrope, Amy Trigg. Gênero:  Terror. Nacionalidade: Reino Unido.  Trilha Sonora Original: Toydrum. Fotografia: Sarah Cunningham. Edição: Richard Smither. Figurino: Lance Milligan. Distribuidora: Playarte Pictures. Duração: 01h37min. 
 
Nota: 4/10.
 
EM CARTAZ

Escrito por Marcelino Nobrega

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