Mapas Para as Estrelas



''On the stairs of Death I write your name, Liberty.''
Mapas para as Estrelas causou grande burburinho em sua passagem pelo Festival de Cannes no ano passado e deu a Julianne Moore não só o prêmio de melhor atriz como também um ano incrível e papéis de ouro. Com direção de David Cronenberg (Marcas da Violência) e roteiro de Bruce Wagner, o longa nos presenteia com uma tour pelo lado nada sofisticado de Hollywood, cai em alguns clichês ou desanda em alguns momentos, mas revela ótimas performances de Moore e Wasikowska.

A película se inicia com a chegada de Agatha Weiss (Mia Wasikowska) em Los Angeles, terra das estrelas e aspirantes a fama. Ao sair do ônibus ela conhece Jerome Fontana, personagem de Robert Pattinson. A jovem o contrata como motorista e logo eles começam a trocar figurinhas sobre seus sonhos de se tornarem roteiristas e/ou atores. Em cenas seguintes, somos apresentados a atriz fálida Havana Segrand (Julianne Moore com uma mera semelhança a atriz Lindsay Lohan) e seus investimentos em viver a própria mãe em um remake que fez grande sucesso no passado.

Por meio de uma amiga, Havana acaba contatando Agatha e a moça começa a trabalhar para atriz como sua assistente.
Contornando a trama, temos uma família tipicamente hollywoodiana acostumada ao glamour, rehab e altos cachês. O chefe da família Dr. Sttaford, vivido por John Cusack, é um renomado psicoterapeuta e escritor de milhares de livros de auto-ajuda, sua esposa Christina (Olivia Williams), basicamente, vive em função do gerenciamento da carreira do filho mimado, o ator juvenil, Benjie (Evan Bird).  As vidas dos personagens serão conectadas não só pela busca do sucesso, mas também por acontecimentos e descobertas sinistras.

Com alto teor dramático e catastrófico, Mapas para as Estrelas é permeado de conflitos que vão chamar a sua atenção a todo momento. Um pouco rebuscado demais, o longa trata da coisa toda do ''sou ator/atriz/modelo/escrevo, tenho um roteiro, quero ser famoso, reconhecido e esnobe'' de forma bem crua. A personagem de Moore traça uma longa jornada para conseguir um papel e isso a persegue por todo o filme. Wasikowska nos proporciona ótimos momentos ''crazy-shit it's coming'', mesmo com aquela carinha fofa e doce que ela tem. Evan Bird interpreta um atorzinho mimado e esnobe que lembra um pouco o cantor Justin Bieber, Pattinson parece ele mesmo (sério), John Cusack faz um pai/marido/dr. que põe tudo no controle, mas nem tudo. Olivia Williams, alterna bem seu papel de mãe bajuladora e desequilibrada. Tem-se ainda a participação de Carrie Fisher como ela mesma.

A direção que Cronemberg faz é polêmica, ou melhor, ''quer espetar'' as emoções de quem assiste o filme,o deixar boquiaberto. O roteiro consegue construir alguns argumentos, no inicio, mas mais para o fim da produção percorre um caminho tortuoso. A trilha mantém e alterna a tensão e a fotografia transparece a beleza e obscuridade de hollywood.

De um todo, é um filme bom que se eleva por um conjunto de conflitos, mas peca por colocar fumaça além da medida e terminar em um lugar sem volta.

Ficha Técnica: Maps to The Stars, 2014. Direção: David Cronenberg. Roteiro: Bruce Wagner.  Elenco: Julianne Moore, Mia Wasikowska, Robert Pattinson, Carrie Fisher, John Cusack, Evan Bird, Olivia Williams, Sarah Gordon. Distribuidor: Paris Filmes Brasil. Genêro: Drama. Nacionalidade:  Canadá, EUA, Alemanha, França. Duração: 1h51min
Trailer


Para quem é fã do trabalho de Cronenberg e para quem não é, vale conferir e sentir os arrepios que Mia Wasikowska consegue nos fazer sentir!

26 de Fevereiro nos cinemas!


See Ya.
B-

Escrito por Bárbara Kruczyński

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