12 Horas Para Sobreviver: O Ano da Eleição


Entra hoje em cartaz a produção ''12 Horas Para Sobreviver: O Ano da Eleição', com roteiro e direção de James DeMonaco, a película critica não só a paranoia sobre segurança nacional que os norte-americanos têm como também faz refletir sobre os atos racistas que o pais viveu nos últimos anos.

Imagine este cenário: você é norte-americano e uma vez ao ano está livre para matar quem quiser, sem sofrer qualquer consequência sobre seus atos.Um Halloween para adultos. Este dia é o chamado ''momento da purificação''. Uma data estabelecida para fazer renascer uma nação meio ao caos. Assim que este mundo sai do hipotético e se torna realidade, os mais fortes utilizam de seu status para massacrar os mais fracos e o lunáticos têm a chance de liberarem toda a sua vilania. 

Uma das vitimas deste sistema é a norte-americana Charlene Roan (Elizabeth Mitchell), que ainda adolescente, viu toda a sua família ser trucidada e não pôde levar a justiça o culpado por aqueles crimes. Agora crescida e Senadora da República, Roan luta bravamente para ser eleita presidente e assim conseguir banir esta data trágica.

Contudo, as pesquisas indicam que ela e o adversário estão empatados e para completar o dia purificação se aproxima. Os inimigos da senadora tramam fervorosamente usar isto para para tira-la do caminho e eliminar suas chances de ganhar as eleições. Afinal, eles fazem parte da oposição e mantêm opiniões fortes a favor da lei que sustenta o ''purge day''. Uma data altamente conveniente à eles por n razões.  A senadora monta então um cerco de proteção liderado pelo policial Barnes (Frank Grillo), porém, alguém da equipe a trai. Barnes e Roan, todavia, fogem e encontram no comerciante Joe (Mykelti Williamson ), seu assistente Marcos (Joseph Julian Soria) e na amiga deles Laney (Betty Gabriel) a ajuda que precisam para tentarem sobreviver a este dia infernal.


O impressionante do roteiro é que ele argumenta muito bem cada critica que faz. Desde envolver a religião com a política e apontar a periculosidade desta união, a dar ênfase em como os brancos se acham superiores aos negros e em como os negros também se mantêm separados dos brancos. Traz um choque de ideias muito relevante e que diz muito sobre crise racial e social que os Estados Unidos sofre no atual momento.  

Ademais, fala das questões dos imigrantes, dos turistas fascinados pelo american way of life, do poder que o capital encontra durante esse período de insanidade civil para lucrar e se manter. E, apesar do destino de alguns personagens ser previsível, o filme consegue acender uma luz na escuridão e apresentar elementos que surpreendem.


O longa consegue ainda unir diversos tons ( terror, suspense, ação, drama politico) e não se perder. Têm um ritmo bom e um corte preciso. A direção de DeMonaco amplia o suspense da trama e faz com que o espectador siga aquele grupo e torça por sua vitória.

A fotografia de Jouffret vem cheia de tons escuros e aterrorizantes e a trilha de Nathan Whitehead é estremamente empolgante.




Trailer

Ficha Técnica: The Purge - Election Year, 2016. Direção e Roteiro: James DeMonaco. Elenco: Elizabeth Mitchell, Frank Grillo, Edwin Hodge, Betty Gabriel, Mykelti Williamson, Joseph Julian Soria, Brittany Mirabile. Nacionalidade: Eua. Gênero: Suspense, Terror. Fotografia: Jacques Jouffret. Trilha Sonora Original: Nathan Whitehead. Edição: Todd. E. Miller. Distribuidor: Universal Pictures do Brasil. Duração: 01h49min.

Avaliação: Três presidentes altamente despirocados e meia cabeça no chão (3,5/5) - Bom.

06 de Outubro, nos cinemas!

See Ya!
B-

Escrito por Bárbara Kruczyński

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