O Professor Substituto, de Sébastien Marnier



O Professor Substituto, novo filme de Sébastien Marnier (Irreprensivel), choca já em sua cena de abertura ao passo que um professor para sua aula e se joga da janela da sala. A partir da queda nota-se que a reação dos alunos é ainda mais surpreendente. Agem como se nada houvera acontecido e se mantem frios.

Com o falecimento do professor, um substituto é posto em seu lugar e precisa continuar os trabalhos na turma de superdotados do nono ano do colégio St Joseph. Ali estão alocados apenas os melhores e mais inteligentes da série e isto não significa que eles terão qualquer afinidade com o novo docente. 
 Assim, cerca de seis estudantes, dois deles, Apolline (Luàna Bajrami) e Dimitri (Victor Bonnel), lideram o grupo que deixa explicito desgosto pela substituição. Portanto, a chegada de Pierre (Laurent Lafitte) não vai tão bem como queria. Ainda que ele demonstre  empatia pela situação e fique preocupado com o bem estar dos alunos.


Trailer

Ficha Técnica
Título original e ano: L'heure de la sortie, 2018. Direção e roteiro: Sébastian Marnier. Elenco: Laurent Lafitte, Emmanuelle Bercot, Luana Bajrami, Victor Bonnel, Pascal Greggory, Véronique Ruggia, Gringe, Gregory Montel,  Thomas Scimeca. Gênero: Suspense/Drama. Trilha sonora original: Zombie Zombie. Fotografia: Romain Carcanade. Edição: Isabelle Manquillet. Nacionalidade: França.  Distribuição: Supo Mungam Films. Duração: 104 minutos.

A principio, tem-se a sensação que a produção trará um personagem com a tarefa de roubar o coração daqueles alunos, afinal, ele se revela atencioso até quando um dos meninos aparece com hematomas na classe, contudo, ao decorrer da trama nos deparamos com outro rumo. Isto se deve ao fato de Pierre começar a desconfiar dos adolescentes e iniciar uma pequena investigação sobre a vida intima destes.


 
Para quem assiste o trailer e capta uma ideia rasa de que 'O Professor Substituto' vai entregar uma 'aula de superação' ou ainda 'uma mensagem de teor positivo', adverte-se que ele segue outro destino. Sua voz é, aliás, sombria, implicando em uma realidade feia de que a juventude tem cada vez menos razão e não deve criar expectativas para um futuro promissor. Desta forma, os adolescentes da classe de Pierre são uma consequência do mundo no qual vivem. Também se torna óbvio que neste mundo os adultos parecem não dar a minima para os dilemas da sociedade fazendo com que aqueles que estão sensíveis aos acontecimentos realmente decidam o que fazer para impactar e fazer a diferença.

O longa de Marnier se revela um suspense incrível. Questiona o espectador, o faz refletir e dá a chance para este abra suas percepções e Pierre é uma das ferramentas importantes para que tais descobertas transcorram com fluidez e cheguemos a um clímax eletrizante e uma conclusão memorável, ainda que os exageros e a morbidez prejudiquem a percepção de uma realidade clara. 


25 de julho nos cinemas

Escrito por Lucas Pereira

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