As vantagens de ser invisível, o filme

Geralmente a gente aqui do blog recebe um e-mail informando quais serão as cabines dos filmes da semana na sexta-feira. Imagine minha surpresa quando a Nanda me avisou, na terça, que teria uma cabine extra e que seria de “As vantagens de ser invisível”. No topo da mensagem estava: não desmaie! Não desmaiei, mas juro que deu vontade de gritar, pular, chorar, soltar gargalhadas... Pode parecer exagero (e é haha), mas estava ansiosamente esperando o filme já há algum tempo. Além disso, não é todo dia que você tem a oportunidade de ver a adaptação de um dos seus livros favoritos (talvez O favorito. Estou pensando sobre isso ainda rs).

O filme, que foi dirigido e roteirizado pelo autor do livro, Stephen Chbosky, conta a história de Charlie, um menino doce, inocente, aspirante a escritor, sem amigos e que tem alguns problemas (que não ficam claros até o fim do filme). Calouro, ele começa o ensino médio cheio de inseguranças e desesperado para achar alguns amigos e assim se adaptar. O que acontece quando ele conhece os irmãos Patrick e Sam, que o acolhem em seu circulo de amizade. Patrick é um comediante nato. Faz graça de tudo e é também muito divertido, porém está apaixonado pela pessoa errada. Sam é uma menina doce, mas sempre se envolve com caras que não valem nada.

Charlie, então, aprende o que é ter amigos de verdade, tem seu primeiro amor e passa experiências inéditas em sua vida, boas e ruins. Enfim, aprende a viver intensamente enquanto tenta lidar com seus demônios interiores.


“We accept the love we think we deserve”


Preciso começar dizendo que o filme é tão lindo quanto o livro. Ao fim da projeção senti a mesma sensação de "infinito" que senti com a leitura. Sendo adaptado pelo próprio autor do livro não tinha como o filme não ser bem fiel!  E ainda bem que ele decidiu fazer isso, pois acho que assim pôde colocar na tela exatamente como imaginou quando estava escrevendo o livro. Tenho certeza que o resultado não seria o mesmo se o filme tivesse outro diretor. Algumas coisas foram modificadas, algumas tramas tiveram que ficar de fora, mas a essência do livro está toda lá. A única coisa que senti falta foram algumas referências à cultura pop presentes no livro que não tem no filme. Não que não tenha referências. As mais significativas, como a canção Asleep do The Smiths (que vontade de chorar quando ela começou! sou bobo) e o Rocky Horror Picture Show, continuam presentes e outras aparecem de forma bem sutil.

O grande destaque no filme, entretanto, é o elenco. Stephen comentou sobre isso em uma entrevista: “Eu acho que o roteiro estava esperando por esse elenco. Se eu tivesse concluído o roteiro três anos antes, todos eles seriam jovens demais. Se eu terminasse dois anos depois, eles já estariam muito velhos”.

Acho que ele está certo. O elenco está perfeito! Fiquei impressionado com o Logan Lerman (Percy Jackson). Ele consegue capturar muito bem toda doçura e ingenuidade do Charlie. E em certo momento, em cenas complicadas e de muita emoção, ele transmite perfeitamente o desespero e a confusão que o Charlie sente. Ezra Miller (Precisamos Falar Sobre Kevin), que vive Patrick na tela, é muito engraçado. Ri demais com ele! Ele vestido como Frank’n Furter é hilário! Além de ficar clara entrega do ator ao personagem.

Já Emma Watson (Harry Potter)... Bem,o que dizer? já gostava dela, mas agora estou completamente apaixonado. (haha) Que atriz maravilhosa! É estranho ver ela sem sotaque, mas basta 2 minutos pra você esquecer Hermione Granger e apenas enxergar Sam na tela. O restante do elenco conta com Kate Walsh (Private Practice), Paul Rudd (Ligeralmente Grávidos), Dylan McDermott (American Horror Story), Nina Dobrev (The Vampire Diaries), Joan Cusack (Shameless) - em uma participação breve, mas marcante - Melanie Lynskey (Two And a Haf Man) e Mae Whitman (Um dia especial). Enfim, fica claro que o elenco foi escolhido a dedo! O único cuja atuação não me agradou muito foi Johnny Simmons (Garota Infernal), pois acho que ele não soube mostrar muito bem a complexidade do caráter do Brad e o tamanho da carga emocional que a personagem carrega.

Se tivesse que definir a historia do Charlie em uma frase diria que é a história de um garoto deslocado, que tem lá seus problemas, mas que acaba encontrando seu lugar. Incrível como algumas pessoas podem fazer tamanha diferença na nossa vida, neh?  Mais incríveis são as emoções que uma história aparentemente simples pode causar. Uma verdadeira catarse! Enfim, nesta sexta-feita (19/10) corra ao cinema mais próximo e se divirta, se emocione e se sinta infinito com “As vantagens de ser invisível”.

PS: acabei fazendo um complemento da minha resenha do livro... Você pode ler aqui

Ps 2: se gostar do filme, procure ler o livro. Vale a pena! Espero que ele se torne tão especial para você como é para mim!

Ps 3: A trilha sonora é muito boa. Clique aqui para ouvir

 Trailer


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Escrito por Vitor Souza

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