Para aprender a gostar de filmes antigos



Minha mãe sempre viu muitos filmes e eu aprendi a gostar de cinema com ela. Mas quase sempre os filmes que ela via eram os que estavam na sessão de lançamentos da locadora e por muito tempo eu fiz o mesmo... Até que, não sei exatamente porque, comecei a me interessar pela era de ouro de Hollywood. Foi então que descobri a razão de muitos filmes sobreviverem ao tempo e continuarem sendo até hoje assistidos e revistos.

Então.. acredito que muita gente se encontra na mesma situação que eu. Muitos acham que não tem acesso, outros não gostam de ver filmes em preto em branco e etc ou simplesmente não estão habituados a tal. Mas garanto, descobrir as pérolas do cinema não tem preço! Por isso decidir fazer uma listinha para você que quer ver filmes antigos, mas não sabe por onde começar. Muitos clássicos ainda estão na lista de filmes que quero ver e os filmes que coloquei aqui no post são em sua maioria bem leves e românticos (porque claro, a lista é bem pessoal e portanto segue minha predileção), mas enfim, espero que gostem!


Os filmes da Audrey



Já fiz um post todinho dedicado a ela (que você pode ler aqui). Audrey é simplesmente maravilhosa... Tenho certeza que o jeito meigo e charmoso dela vai te conquistar! Jeitinho este que ela imprimiu até mesmo em suas personagens mais chatinhas (como a Sabrina do filme homônimo) ou com uma grande carga dramática (como a Susy de "Um Clarão nas Trevas"). Para quem nunca viu nenhum, indico que comece com o fofo "A Princesa e o Plebeu" (1943) e o surpreendente "Charada" (1963).


Psicose (Psycho) e os demais filmes do Hitchcock


Sinopse de Psicose: Marion Crane, rouba a firma em que trabalha e foge para recomeçar sua vida. Uma tempestade a faz parar num hotel de beira de estrada, onde é recebida pelo estranho, porém afável, Norman Bates, que cuida do lugar. Quando Marion, desaparece, sua irmã e o amante decidem investigar.

Hitchcock é tido como o mestre do suspense, título muito justo. Os filmes dele são fantásticos! Você não consegue desgrudar os olhos da tela e são sempre muito surpreendentes. Meu preferido dele é "Psicose" (1960). Sabe aquela famosa cena do chuveiro? então, é dele. Não vou falar muito para não soltar spoilers, mas te garanto... você vai se surpreender (a última cena me dá arrepios até hoje haha). Meus outros dois preferidos: "Os Pássaros" (1963) e "Disque M para Matar" (1954)


Quanto Mais Quente Melhor (Some Like it Hot)


EUA. 1959. Dirigido por: Billy Wilder. Elenco: Tony Curtis, Jack Lemmon, Marilyn Monroe

Sinopse: Chicago, 1929. Joe e Jerry são músicos desempregados, que estão desesperados por trabalho. Eles acidentalmente testemunham o Massacre do Dia de São Valentim, assistindo o criminoso Spats Colombo e seu cúmplice aniquilarem Toothpick Charlie e sua gangue. Forçados a apressadamente deixarem a cidade, Joe e Jerry pegam o primeiro trabalho que podem arrumar: tocar na banda de garotas da Sweet Sue e suas Sincopadoras. Em trajes femininos, os dois se juntam ao resto da banda em um trem que vai para Miami, Flórida. Diante desta situação, Joe adota o nome de Josephine e Jerry torna-se Daphne. De repente eles vêem Sugar Kane, a vocalista da banda de Sweet Sue. Jerry se apaixona na hora, mas Joe o lembra que ele não pode se fazer notar. Porém, após chegarem a Miami, um milionário se apaixona por Daphne e Joe resolve se fazer passar por um milionário para tentar conquistar Sugar, tudo isto em meio à uma reunião dos Amigos da Ópera Italiana, uma convenção de criminosos que traz à cidade Spats Colombo e sua gangue.
Cursei uma matéria na faculdade (sobre a cultura norte-americana) em que tínhamos que fazer uma apresentação sobre uma figura histórica norte-americana. Acabei ficando com a Marilyn Monroe. Não conhecia muito dela, mas pesquisar sobre sua vida me fez ter muito respeito por ela. Ela era muito mais que um símbolo sexual! Ainda não vi muitos filmes dela, mas em "Quanto mais quente melhor" ela prova que era sim uma atriz talentosa. O filme é super divertido, a dupla formada pelos atores Tony Curtis e Jack Lemmon é hilária e... tem a Marilyn! Ah, e ele é o considerado pelo AFI (American Film Institute) a melhor comédia de todos os tempos!


A Felicidade não se Compra (It's a Wonderful Life)



EUA. 1946. Dirigido por: Frank Capra. Elenco: James Stewart, Donna Reed, Lionel Barrymore, Thomas Mitchel

Sinopse: Em Bedford Falls, no Natal, George Bailey, que sempre ajudou a todos, pensa em se suicidar saltando de uma ponte, em razão das maquinações de Henry Potter, o homem mais rico da região. Mas tantas pessoas oram por ele que Clarence, um anjo que espera há 220 anos para ganhar asas, é mandado à Terra, para tentar fazer George mudar de idéia, demonstrando sua importância através de flashbacks.
Nos EUA, é tradição de muitas famílias assistir ao filme em todo natal (ele é sempre transmitido na televisão). E tem uma razão para isso: é lindo e inspirador! O longa é tão envolvente e te faz torcer tanto pelo protagonista que você nem vê o tempo passar. Assisti com minha mãe e preciso confessar que quando o filme acabou estávamos os dois aos prantos.


A Noviça Rebelde (The Sound of Music)


USA. 1965. Dirigido por: Robert Wise. Elenco: Julie Andrews, Christopher Plummer, Richard Haydn, Eleanor Parker

Sinopse: No final da década de 30, na Áustria, quando o pesadelo nazista estava prestes a se instaurar no país, uma noviça que vive em um convento, mas não consegue seguir as rígidas normas de conduta religiosa, vai trabalhar como governanta na casa do capitão Von Trapp, que tem sete filhos, ele é viúvo e os educa como se fizessem parte de um regimento. Sua chegada modifica drasticamente o padrão da família, trazendo alegria novamente ao lar da família Von Trapp e conquista o carinho e o respeito das crianças, mas ela termina se apaixonando pelo capitão, que está comprometido com uma rica baronesa.
O filme é bem longo, mas gente, é tão legal que vale muito a pena. Ela tem uma parte mais leve e uma bem mais dramática, mas de modo geral é envolvente, a história é fofa, as músicas ficam na cabeça (sim, é um musical) e Julie Andrews está adorável.


Cantando na Chuva (Singing in the Rain)


USA. 1952. Dirigido por: Stanley Donen. Elenco: Gene Kelly, Debbie Reynolds, Donald O'Connor, Jean Hagen

Sinopse: Em 1927, Hollywood, está um verdadeiro rebuliço, com a transição do cinema mudo para o falado. Don Lockwood e Lina Lamont, o casal mais querido do cinema mudo, prepara-se para rodar um musical. Mas, infelizmente, Lina, não só não sabe cantar, como tem uma voz horrível. A estreante, Kathy Selden, é chamada a emprestar sua voz à estrela. As gravações são uma confusão, mas tudo piora quando Don, se apaixona pela doce Kathy. Ao lado de seu inseparável amigo, o compositor Cosmo Brown, ele tenta mostrar ao mundo o talento de Kathy.
Quando fui ver esse filme, eu tinha acabado de sair de uma prova de vestibular bem loonga na qual eu tinha ido muito mal. Tava até meio para baixo.. mas foi só apetar o play que o filme levantou meu ânimo e no final, tava com um sorriso gigante no rosto. Sei lá.. sabe aquele filme que te deixa feliz? então! Cantando na chuva é assim. Uma história interessante, com personagens marcantes, músicas deliciosas (outro musical) e muito divertido! Quem nunca viu a famosa cena em que Gene Kelly canta e danças na rua em uma noite chuvosa? Ao terminar de ver o filme aposto que vai sentir vontade de fazer o mesmo! haha

Doze Homens e uma Sentença (12 Angry Men)


USA. 1957. Dirigido por: Sidney Lumet. Elenco: Henry Fonda, John Fiedler, Lee J Cobb, E. G. Marshall, Jack Klugman, Edward Binns, Jack Warden, Joseph Sweeney, Ed Begley, George Voskovec e Robert Webber

Sinopse: O filme gira em torno de um julgamento, onde um jovem porto-riquenho é acusado de ter matado o próprio pai. Os 12 jurados se reunem para decidir a sentença, com a orientação de que o réu deve ser considerado inocente até que se prove o contrário. Onze deles, cada um com sua razão, votam pela condenação. Henry Fonda faz o papel do único que acredita na inocência do garoto. Enquanto ele tenta convencer os outros a repensarem a sentença, o filme vai revelando sobre cada um dos jurados, mostrando as convicções pessoais que os levaram a considerar o garoto culpado e fazendo com que examinem seus próprios preconceitos.
Uma narrativa muito bem construída apenas com diálogos - baseando-se no poder da oratória - e usando basicamente um cenário. Um verdadeiro estudo de personagens e os valores da sociedade que critica o individualismo, a banalização do sofrimento alheio e conclusões baseadas em pré-conceitos. É fantástico, gente. Te causa um misto de emoções - de curiosidade à revolta - e te faz refletir.


Aconteceu Naquela Noite (It Happened One Night)


USA. 1934 Dirigido por: Frank Capra. Elenco: Clark Gable, Claudette Colbert, Walter Connolly, Alan Hale

Filmow: Peter Warren, um jornalista desempregado, encontra Ellie, a filha de um milionário que fugiu do iate de Alexander Andrews, seu pai, pois este não aprova quem ela escolheu como marido. Peter vê a oportunidade de obter uma boa matéria, mas vários fatos criam uma forte aproximação entre eles.

Um filme charmoso, divertido e bem produzido. Clark Gable e Claudette Colbert têm uma ótima química. Foi o primeiro filme a ganhar os cinco Oscars principais (filme, direção, ator, atriz e roteiro original) e influenciou todo um gênero.


Descalços no Parque (Barefoot in the Park)


USA. 1967. Dirigido por: Gene Saks. Elenco: Robert Redford, Jane Fonda, Charles Boyer, Mildred Natwick

Sinopse: O mestre da comédia da Broadway, Neil Simon, adaptou sua peça sobre um jovem e conservador advogado e sua alucinada noiva para o cinema. O resultado é este filme ardente, animado e apaixonante. Robert Redford é o advogado certinho. Jane Fonda é a nova esposa, que dedica todos os seus momentos da sua vida à busca de diversão. Aos poucos, o êxtase da lua de mel cede espaço para a realidade do dia a dia. E o harmônico casamento transforma-se em cômica discórdia. A sogra começa a dar "delicados" palpites. Um vizinho de meia idade paquera do andar superior. O que era alegria, vira agonia. Na verdade, há poucas dúvidas sobre os destinos do advogado, sua esposa, sua sogra e seu vizinho paquerador. Mas isto não tira o sabor desta história que revela Fonda e Redford como uma excelente dupla cômica.
Um filme adorável! Retrata de forma divertida (e um pouco hiperbólica) as dificuldades da transição de namorados para casados. É gostoso de assistir, charmoso, divertido, ágil, tem ótimos personagens e atuações muito boas. Jane e Robert, além de formarem um casal muito bonito, têm uma ótima química...

A Malvada (All About Eve)


USA. 1950. Dirigido por: Joseph L Mankiewicz. Elenco: Bette Davis, Anne Baxter, George Sanders, Celeste Holm, Gary Merrill, Hugh Marlowe, Marilyn Monroe

Sinopse: Na noite de entrega do prêmio Sarah Siddons, todas as atenções se voltam para Eve Harrington. Utilizando o flashback, a vida de Eve é revelada, desde quando conheceu e foi contratada como secretária de Margo Channing, uma grande estrela da Broadway, até ela mesma alcançar o estrelato.
Um grande clássico! Foi o filme com o maior número de indicações ao Oscar (14) até Titanic igualar o feito, quase cinquenta anos depois. O longa tem personagens e atuações marcantes, uma boa história e diálogos muito inteligentes. Bette Davis brilha na tela com sua inesquecível Margo Channing! Como bônus, Marilyn Monroe faz uma ponta no filme.


Confidências à Meia-Noite (Pillow Talk)


USA. 1959. Dirigido por: Michael Gordon. Elenco: Rock Hudson, Doris Day, Tony Randall. Thelma Ritter.

Sinopse: Jan Morrow, uma decoradora, e Brad Allen, um compositor, são obrigados a compartilhar uma linha telefônica. Jan fica bastante irritada com o tempo com que Brad gasta conversando com namoradas, mas sem saber começa a sair com ele, que planeja conquistá-la fingindo ser outra pessoa.
Adorável é a melhor palavra para descrever esse filme! leve, divertido, engraçado, marcante, com um roteiro cômico inteligente e um casal muito charmoso.. apaixonante desde os primeiros minutos (adorei a musiquinha que passa nos créditos inciais. Cantada pela própria Doris Day!). O filme passa voando! Enfim, uma comédia romântica must see.



Escrito por Vitor Souza

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