Moonfall - Ameaça Lunar | Hoje nos Cinemas


Roland Emmerich
é inegavelmente a maior autoridade de Hollywood quando o assunto é filme-catástrofe. Títulos como "Independence Day, O Dia Depois de Amanhã e 2012" encabeçam o currículo deste cineasta alemão com um gostinho pela destruição, afastado do gênero desde a tentativa frustrada de reavivar um de seus maiores sucessos com o malfadado ‘Independence Day: O Ressurgimento’ (Leia a resenha aqui). Contudo, nos últimos anos, este tipo de cinema tem caminhado passos significativos, ainda que tímidos: "No Olho do Furacão, Terremoto: A Falha de San Andreas e Tempestade: Planeta em Fúria" tiveram bilheteria suficiente pra provar para a indústria que filmes desse estilo continuam tendo grande apelo com o público. Como que para reclamar seu posto de Mestre do Desastre, Emmerich surgiu em 2019 com uma ideia tão estapafúrdia quanto intrigante: após invasões extraterrestres, maremotos e literalmente o completo esfarelamento da crosta terrestre, o cineasta fixou seu olhar na Lua.
Em Moonfall: Ameaça Lunar, a Humanidade entra em estado de alerta quando descobre-se que a Lua inexplicavelmente saiu de órbita e se encontra em rota de colisão com a Terra. O fim iminente é precedido por inundações das áreas costeiras devido à subida das marés e o desequilíbrio gravitacional do planeta. Para resolver esta crise de proporções globais, uma equipe improvisada composta por Jo Fowler (Halle Berry), Brian Harper (Patrick Wilson) e KC Houseman (John Bradley) aceita o desafio de embarcar numa corrida contra o relógio para derrotar a força misteriosa por trás do inimaginável desequilíbrio orbital do satélite natural (que, aliás, talvez não seja necessariamente tão natural assim).
Trailer

Ficha Técnica
Título original e ano: Moonfall, 2022. Direção: Roland Emmerich. Roteiro: Roland Emmerich, Harald Kloser e Spencer Cohen. Elenco: Halle Berry, Patrick Wilson, Donald Sutherland, Michael Pena, John Bradley, Charlie Plummer, Kelly Reilly, Karolina Bartczak. Gênero: Ficção científica, ação. Nacionalidade: Reino Unido, China e EUA. Trilha Sonora Original: Harald Kloser e Thomas Wanker. Fotografia: Robby Baumgartner. Edição: Ryan Stevens Harris e Adam Wolfe. Design de Produção: Kirk M. Petruccelli. Distribuição: Diamond Films Brasil. Duração: 02h10min.
Se tratando de um filme em que a intenção da trama é levar seus protagonistas para dentro da Lua, não deve-se esperar muito compromisso com a verossimilhança ou algum grau de seriedade. E Moonfall entrega toda a ação desmiolada e divertida que promete, sendo coerente e fiel com sua proposta absurda até o fim. Seus personagens superficiais não conquistam a simpatia do público, mas sua construção arquetípica acaba sendo o suficiente para funcionar dentro da narrativa por vezes cartunesca do filme. Até porque estas personas unidimensionais estão lá simplesmente para impulsionar a trama e guiar o público do ponto A ao ponto B: os impressionantes e espalhafatosos efeitos visuais do longa são os reais protagonistas.


É lá pela metade da projeção que fica claro que Moonfall é mais ficção científica com ares de especulação do que filme-catástrofe. Não que uma coisa impeça a outra, mas Moonfall deixa claro que tem como prioridade estabelecer (por vezes de forma dolorosamente expositiva) o funcionamento das regras de seu universo, reservando as apocalípticas cenas de destruição para os momentos em que o filme realmente precisa delas. E é nessa postura que o roteiro de Moonfall leva sua proposta "e se?" até o extremo, acreditando no potencial de seu material e torcendo pro público acompanhar a viagem na maionese espacial. Nisso, o longa se assemelha mais ao blockbuster chinês "Terra à Deriva" do que aos demais títulos da filmografia de Emmerich.
Ainda que possa não conquistar o coração das plateias e dificilmente se torne o filme preferido de alguém, Moonfall é bem-sucedido em ser um entretenimento despreocupado e um excelente passatempo pros olhos. O mundo está acabando de novo, e na tela do Cinema, isso pode ser super divertido!
HOJE NOS CINEMAS

Escrito por Petterson Costa

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1 comments:

Unknown disse...

Saí do filme com a sensação maravilhosa de "Melhor filme ruim que eu vou ver em 2022"
Ele é incrivelmente raso, porém não te dá tempo de respiro. Entre efeitos incríveis, e novos acontecimentos em tela o filme não se leva a sério, entregando uma farofa super do bem.

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