Sete Homens e Um Destino (2016)


Tá afim de ver um filme divertido? Esse filme pode se passar no faroeste e ainda ter o excepcional Denzel Washington liderando um grupo de homens ainda mais excepcionais que ele? Então, brasileiras e brasileiros, anotem ai: hoje chega aos cinemas 'Sete Homens e Um Destino', novo longa do diretor Antoine Fuqua (Nocaute) que é um remake de um filme clássico dos anos 60, que tinha até Charles Bronson no elenco, e que, por sinal, também fora baseado em outra película, Os Sete Samurais (1954). A produção não é lá uma Brastemp, mas entretêm por suas duas horas de duração.

A trama é simples e, apesar de um pouco distinta da original, têm quase o mesmo desenho.

O poderoso Bartholomew Bogue (Peter Sarsgaard) vive saqueando um pequeno vilarejo e assustando os habitantes do lugar com muita crueldade e frieza. Cansada das maldades de Bogue, Emma (Haley Bennett) sai a procura de ajuda. Não demora muito e ela conhece o caçador de recompensas Sam Chisolm (Denzel Washington). A moça decide então pagar a Chisolm uma boa quantia para que ele resgate o vilarejo das mãos de Bogue, mas para isso Chisolm terá de reunir um grupo de pistoleiros que saibam dar conta do recado. O caçador de recompensas consegue chamar para este magnifico grupo: o esperto Josh Faraday (o garoto do momento Chris Pratt), a dupla Goodnight Robicheaux (Ethan Hawke) e Billy Rocks (Byung-hun Lee), o cheio de malandragem Vasquez (Manuel Garcia Rulfo), um índio pele vermelha (Martin Sensmeier) e o caçador de índios loucura pesada  Jack Horne (o excelente Vicent D'Onofrio).


Galerinha da pipoca, para quem viu o antigo 'Sete Homens e Um Destino', de John Sturges sabe que é difícil fazer um filme com aquele tom hoje em dia. Com astros do mesmo nivel, talvez, mas com a mesma pegada impossível. Então nem tentemos comparar.

O desenho daquele trazia a defesa de um vilarejo mexicano explorado por um bandido e sua gangue. Mulheres quase nem foram vistas durante o filme. Aliás, é quase depois de uma hora que a primeira aparece e sua função ali é só ser 'par romântico'. Há uma explicação 'ok' do porquê disso e de onde elas estão, mas mesmo assim, fica bem no escuro. A presença marcante dos sete personagens principais, contudo, é realmente inigualável e o que chama atenção. Assim, o que cada um traz para o filme o faz um clássico. O personagem de Yul Brynner lidera um grupo simplesmente imbatível e até para escolher seu favorito é difícil. A fofura de Bernardo (Charles Bronson) com as crianças, todavia, me ganha.

Aqui, claramente, vemos que houve uma preocupação em mostrar diversidade (índios, negros, mulheres) e, apesar dos sete homens serem novos personagens, fica fácil ver quem cada um representa na história. O vilão do filme, interpretado por Sarsgaard, aparece logo nas cenas iniciais e dá um show. Outra cena sua que ficou fenomenal é quando Bogue descobre que os habitantes da vila contrataram pistoleiros para lutarem contra ele. Denzel e Ethan, atuam juntos pela segunda vez e novamente com o mesmo diretor. A química entre eles é insubstituível, mas Pratt também entra em campo e forma um bom trio. Byung-hun Lee é um ator super intenso. Tanto quanto Martin Sensmeier. Este último que interpreta um pele vermelha e tem de lutar contra outro índio - o que me lembrou muito Scorpion e Sub-Zero (Mortal Kombat), mas não de um jeito legal (essa cena poderia ser excluída, aliás). Manuel Garcia Rulfo, claro, é o 'chicano' da vez que sempre tem uma boa piada, porém de todos eles quem realmente rouba a cena é o m a r a v i l h o s o Vicent D'Onofrio (pulei muito nas cenas dele haha). Cam Gigandet e Matt Boomer também aparecem bem.

Vicent D'Onofrio faz um dos melhores personagens de sua carreira encarnando o loucaço Jack Horne

O roteiro repete algumas das falas clássicas, o que é muito bom, mas não surpreende tanto e em muitas cenas o espectador sabe exatamente o que vai rolar nos minutos à frente. A direção de Fuqua também é tendenciosa e não vai além do que se espera dele.

A fotografia de 'The Magnificent Seven' de agora se diferencia muito da apresentada no filme de Sturges, mas ambas são extremamente belas. Enfoques grandes e rústicos são ampliados na de agora, o que deixa as paisagens ainda mais primorosas. A cena antes da luta final, em que o personagem de Denzel aparece na escuridão, consegue mostrar também a tensão precisa do que estava por vir. A diferença real entre os dois filmes está em como Hollywood hoje têm a capacidade de engrandecer tudo e antigamente eles conseguiam ser grandes sendo pequenos, se é que me entendem.

A trilha sonora é de James Horner que também trabalhou com Fuqua em Nocaute, mas leva uma pincelada de Simon Franglen, pois Horner faleceu em junho deste ano.

Trailer

Ficha Técnica: The Magnificent Seven, 2016. Direção: Antoine Fuqua. Roteiro: Richard Wenk e Nic Pizzolatto - baseado no roteiro de 'Os Sete Samurais (1954)' de Akira Kurosawa, Shinobu Hashimoto e Hideo Oguni. Elenco: Denzel Washington, Chris Pratt, Ethan Hawke, Byung-hun Lee, Vicent D'Onofrio, Manuel Garcia Rulfo,  Martin Sensmeier, Haley Bennett, Peter Sarsgaard, Matt Boomer, Cam Gigandet, Luke Grimes. Nacionalidade: EUA. Gênero: Faroeste, Ação, Aventura. Trilha Sonora Original: Simon Franglen e James Horner. Fotografia: Mauro Fiore. Edição: John Refoua. Figurino: Sharen Davis. Distribuidora: Sony Pictures do Brasil. Duração: 02h13min.
Indico mega, indico muito.

Avaliação: Três pistolas de prata (3/5).


HOJE NOS CINEMAS!











See Ya!
B-

Escrito por Bárbara Kruczyński

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