Quando uma amiga me disse para ler a trilogia escrita por Kiera Cass, torci o nariz já que tinha lido a sinopse e achado a ideia um tanto boba. Mas acabei cedendo. Olha, eu estaria mentindo se dissesse que mudei completamente de opinião. Ainda tem algumas coisas na série que eu acho meio WTH, mas no final... acabei deixando para lá todas minhas reclamações, abraçando a mitologia dos livros, e me divertindo muito.
Mas espera... qual a história do livro?
"Para trinta e cinco garotas, a “Seleção” é a chance de uma vida. Num futuro em que os Estados Unidos deram lugar ao Estado Americano da China e mais recentemente a Illéa, um país jovem com uma sociedade dividida em castas, a competição que reúne moças de dezesseis a vinte anos de todas as partes para decidir quem se casará com o príncipe é a oportunidade de escapar de uma realidade imposta a elas ainda no berço. É a chance de ser alçada de um mundo de possibilidades reduzidas para um mundo de vestidos deslumbrantes e joias valiosas. De morar em um palácio, conquistar o coração do belo príncipe Maxon e um dia ser a rainha.
Para America Singer, no entanto, uma artista da casta Cinco, estar entre as Selecionadas é um pesadelo. Significa deixar para trás Aspen, o rapaz que realmente ama e que está uma casta abaixo dela. Significa abandonar sua família e seu lar para entrar em uma disputa ferrenha por uma coroa que ela não quer. E viver em um palácio sob a ameaça constante de ataques rebeldes.
Então America conhece pessoalmente o príncipe. Bondoso, educado, engraçado e muito, muito charmoso, Maxon não é nada do que se poderia esperar. Eles formam uma aliança, e, aos poucos, America começa a refletir sobre tudo o que tinha planejado para si mesma — e percebe que a vida com que sempre sonhou talvez não seja nada comparada ao futuro que ela nunca tinha ousado imaginar." Sinopse oficial
Entendem o porquê da minha birra? Fala sério, gente, uma mistura de Jogos Vorazes com The Bachelor (um reality show que odeio por achar extremamente fútil)? Me parecia algo meio absurdo. Mas olha, o livro é uma leitura deliciosa! Gosto desse clima de competição e a narrativa flui muito bem. Em parte, a história é mesmo previsível, mas também acontecem coisas surpreendes; principalmente no segundo livro, "A Elite".
Os personagens são ótimos. America é uma menina meio abusada e cabeça dura, mas por outro lado ela não tem medo de falar o que pensa e de ser ela mesma. No segundo livro ela me irritou um bocado (com sua indecisão e ingratidão), mas ainda assim permaneceu verdadeira a sua essência. O que eu acho legal. Outro personagem que gosto muito é o príncipe Maxon. O cara tinha tudo para ser um babaca, mas ele se revela bem humorado, integro e bondoso. Ele trás nas costas uma bagagem pesada, sofrendo pressão por todos os lados, mas mesmo assim continua sempre com um sorriso no rosto. Ah, como já era de se esperar, há um triangulo amoroso na história e eu preciso dizer: sou #TeamMaxon!
Bem, como é comum em distopias, temos presente na história um contexto politico, mas ele não é muito bem desenvolvido... o que, confesso, me deixou um pouco decepcionado. É verdade, aos poucos Kiera nos apresenta mais da história da formação de Illéa e a motivação real dos ataques rebeldes, mas senti que essa parte fica muito em segundo plano, entendem? Felizmente, acredito que isso vai ter um espaço maior no último livro da trilogia, “A Escolha”, que será lançado simultaneamente nos EUA e no Brasil em 6 de Maio.
Então é isso, gente. “A Seleção” não é uma trilogia que vai blow your mind, mas é agradável, envolvente e boa o suficiente para te deixar ansioso pelo próximo livro! Recomendo.
Ps: Já foram gravados dois pilotos baseados no livro para a CW, mas nenhum deles foi para frente... pena.
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