Anjos da Noite: Guerras de Sangue


Em 2003, o universo da franquia Anjos da Noite foi apresentando ao público pela primeira vez. Ali, conhecemos a vampira Selene, personagem interpretada por Kate Beckinsale. Uma guerreira armada e poderosa que defendia com unhas e dentes o seu clã daqueles que os ameaçavam, os barulhentos lobisomens denominados Lycans. Raça que ela caçava a todo custo e eliminava sem pestanejar. Porém, a percepção de Selene sobre a guerra muda a partir do instante em que conhece e se envolve com o misterioso Michael (Scott Speedman). Por fim, nas continuações seguintes, a história toma um rumo razoável mostrando a paixão do casal e o confronto que eles provocam quando vão contra seus criadores. A trama ainda volta no tempo para explicar o inicio de toda a batalha, mas é ao se dirigir ao presente que revela como o fruto da relação entre uma vampira e um hibrido vira o norte desse mundo mitico e também a possível salvação dele.

A franquia chega agora a sua quinta tentativa de melhorar este universo e prevalece fraca em suas escolhas. Intitulada 'Anjos da Noite: Guerras de Sangue', o filme tem direção de Anna Foerster e traz no elenco Theo James, Charles Dance, Tobias Menzies, Lara Pulves e também Beckinsale. 

A película se configura no mesmíssimo formato de todas as outras. Se inicia com uma introdução explicativa dos acontecimentos daquele mundo e de lá parte para a apresentação de conflitos. Neste aqui, o maior deles é que há um novo lider entre os Lycans e o clã vampiresco quer a sua eliminação. Para tanto, solicita que Selene (Beckinsale) retorne ao convívio dos seus para treinar novos assassinos. Enquanto isso, o lider dos Lycans, Marius (Menzies) está a todo vapor procurando pela filha perdida de Selene e Michael. A vampira retoma também o contato com Thomas (Dance) e seu filho David (James), personsagens que adentraram a série no filme anterior.


O enredo continua baixando o nível cada vez que tenta e não sai do lugar. A inserção de novos personagens não é nem suficiente para trazer algo de novo, pois inflige o de sempre, traição, mortes e muito sangue. Desta vez, ainda acharam tempo para incluir na jornada de Selene um encontro com o povo da luz. Um clã vampiresco que se mostra espiritualista e altamente mágico. A vilã do filme, vivida por Lara Pulver, é outro 'Dejavú' do longa e chega a causar náuseas. e nem a presença ilustre de Charles Dance consegue elevar o patamar. Ah, e a relevância do personagem de James cresce, mas o ator não.

O trabalho da direção de Anna é bem igual ao que se viu de todos os outros diretores. Muita movimentação de câmeras e diversas cenas de ação acrobáticas.  O seu pecado, porém, é que ela não verificou os alicerces da estutrura do projeto, antes de cair pra dentro. Resultado? cara na neve e morte imediata. A fotografia é um photoshop obscuro como sempre e a edição é rápida com aparência lenta.




Em todos os outros filmes da franquia a trilha sonora sempre emplacou listas de canções que completavam bem o tom gótiquinho da trama. Aqui, porém, nem isso rola para compensar. Já a original têm seu efeito e a assinatura de Michael Wandmacher.

Todo o conjunto da obra é mais uma repetição do que já fora visto antes, só que inferior. Sendo assim, se resolver assistir, vá sem expectativas e reze para que você consiga ficar até o fim dos créditos.

Trailer



Ficha Técnica: Underworld - Blood Wars, 2016. Direção: Anna Foerster. Roteiro: Kyle Ward e Cory Goodman - baseado nos personagens criados por Kevin Grevioux, Len Wiseman e Danny McBride. Elenco: Kate Beckinsale, Theo James, Charles Dance, Lara Pulver, Bradley James, Alicia Vela-Bailey, Trent Garret, Daisy Head, Tobias Menzies, Clementine Nicholson. Gênero: Ação, Fantasia e Terror. Nacionalidade: Eua. Fotografia: Karl Walter Lindeaub. Edição: Peter Amundson. Trilha Sonora Original: Michael Wandmamcher. Efeitos Especiais: Jiri Vojtech. Distribuição: Sony Pictures. Duração: 01h32min.

 Avaliação: Vampiros e lobisomens nunca estiveram tão nulos como aqui! (-/5)

01 de dezembro nos cinemas!

See Ya!
B-

Escrito por Bárbara Kruczyński

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