Os Guardiões


Quer saber como se faz um filme de super heróis repleto de clichês e com diálogos hilários? não saia desta página antes de ler tudo o que será dito nela!

Sarik Andreasyan é o diretor do longa russo ''Os Guardiões'', uma película sem pé, cabeça, coração ou qualquer órgão vital. O filme de Andreasyan traz um grupo de heróis criados por um programa chamado ''Patriota'', durante a Guerra Fria. Ali, Arsus (Anton Pampushinyy), Ksenia (Alina Lanina), Ler (Sebastien Sisak) e Khan (Sanjar Madi) tiveram seu DNA alterado pelo cientista Avgust Kuratov (Alekssandr Komissarov) para virarem super humanos e desenvolverem habilidades inimagináveis com o intuito de defenderem seu país de ameaças externas. O grupo de heróis acaba se desfazendo, mas volta a ativa após a Major Elena (Valeriya Shkirando) contactar a todos e solicitar ajuda para enfrentar um vilão que eles conhecem bem  e ai que a ação engata e o seu riso frouxo também.
Trailer

O roteiro entrega tudo que qualquer filme de super herói precisa ter: introdução de personagens, crescimento, dramas pessoais e resoluções de conflitos. Só que nada disso surte o efeito esperado e todos os acontecimentos soam fakes e bobos.

Obviamente, a vida dos heróis dependem dicumforça da presença do vilão e esse é muito sem sal, além disso, o tom de patriotismo na produção tem que ser transparente como a água, mas ele chega lá. Todavia, o que deixa este filme ENGRAÇADÍSSIMO é a dose enorme de falas clichês, interpretações forçadas ou nulas, dramas sofríveis a nível de novela mexicana e o melhor: a versão internacional de Guardiões tem dublagem em inglês e não em russo (em muitos momentos você tem a impressão de estar assistindo as introduções de um videogame bem tosco).

Há uma evidente similaridade dos personagens com ''O Quarteto Fantástico'' ou até mesmo ''Os Guardiões da Galáxia'', desde as caracterizações a escolha dos atores - Anton é uma mistura de Chris Pratt com Eric Dane - e as habilidades dos heróis lembram até os dobradores de Ar em ''Aang - A Lenda de Avatar, ah e o vilão é um mix de 'Bane com Coisa' só que sem muita simpatia.





Toda e qualquer surpresa que o longa acha que está projetando ao público não surpreende. Constrói-se clima para um romance entre dois dos heróis, Arsus e Ksenia. E a gozação só ganha mais motivo para continuar. As cenas de lutas são outro festival de piada a parte. Mas a rainha do carão e da emoção inexistente é a louraça de Valeriya Shkirando. Uma atriz excelente em demonstrar olhares plenos e comovidos, além de um movimento de boca preciso e divo.


Há um jogo TOTALMENTE ERRADO da trilha sonora aqui. Escolha de composições que deveriam dramatizar a cena e conseguem o efeito contrário: provocam risada. A comoção dos personagens por suas próprias histórias é tão, tão, tão, tão frívola que qualquer emoção forte também provoca riso.


O pedido pessoal que eu faria a distribuidora é que tivesse convidado o grupo Hermes & Renato para dublar o filme. Certeza que levaria muita gente aos cinemas.
Ficha Técnica: Zashchitniki, 2017. DireçãoSarik Andreasyan. Roteiro: Andrey Gravilov com argumentos de Sarik Andreasyan e Gevond Andreasyan. Elenco: Alekssandr Komissarov, Valeriya Shkirando, Alina Lanina, Sanzhar Madi, Sebastien Sisak, Anton Pampushnyy. Gênero: Fantasia, Aventura, Scifi, ação. Nacionalidade: Russia. Trilha Sonora Original: Georgiy Zheryakov. Figurino: Gulnara Shakhmilov. Edição: Georgiy Isaakyan. Fotografia: Maksim Osadchiy-Korytkovskiy. Distribuidora: Paris Filmes. Duração: 01h29min.



Um filme ruim é um filme ruim, mas um filme ruim que te faz rir pelas suas imperfeições tem um valor inimaginável. VEJA!

Avaliação: Vale a risada e o aprendizado do que não se copiar ou se fazer na telona ( -/5).

31 de Agosto, nos cinemas!

See Ya!











B-

Escrito por Bárbara Kruczyński

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