Parque do Inferno [Hell Fest]


Em noite de 'Halloween', um parque de diversões localizado na terra do Tio Sam recebe todos os anos milhares de pessoas para uma noite de horror. Porém, um homem mascarado decide ir ao lugar e fazer uma vítima de quando em vez e o lugar não é tão seguro quanto muita gente pensa. Após um tempo sem visitar a amiga Brooke (Reign Edwards), a jovem Natalie (Amy Forsyth) resolve pegar estrada para vê-la. Chegando lá, Brooke está acompanhada da desbocada Taylor (Bex Tylor-Klaus), e ambas convidam Natalie para irem ao parque do inferno, uma atração na cidade que promete entreter a galera no dia das bruxas. De cara, Natalie diz que não quer ir, mas é pega de surpresa quando Brooke informa que os convites foram cedidos exatamente porque ela viria e por Gavin (Roby Attal), um garoto que ficou muito afim dela a última vez que esteve com o grupo. Taylor e Brooke, claro, vão acompanhadas de seus devidos namorados Asher (Matt Mercurio) e Quinn (Christian James).

A produção lembra um pouquinho a série de filmes ''Uma Noite de Crime'' (The Purge), mas foge total do que se apresenta por lá, afinal, naquela iniciativa todos tem uma noite do ano para fazerem o que quiserem nas ruas e aqui o parque de diversões vira a diversão somente de uma pessoa.

Dirigido por Gregory Plotkin, editor de inúmeras produções de sucesso como ''Corra!'' (ler comentários aqui), ''A Morte te Dá Parabéns'' e algumas das sequências da série ''Atividade Paranormal'', a película é claramente direcionada para o público que gosta de filmes de terror e das comemorações de outubro. Sem muitas amarrações ou personagens consistentes, ela se faz fraca e insossa. Uma produção que até traz um argumento divertido, mas que não consegue convencer pelo horror sem sal que ela joga na tela. 

Trailer

Aqui temos um belo exemplo de filmes com personagens clichês e situações convencionais aos filmes do gênero. A amiga boazinha, a amiga que chega do nada e a empolgada. Os meninos que fazem par romântico com elas são ultra não importantes e o assassino a solta, claro, tem sua identidade mantida em segredo do inicio ao fim do filme. Este último, aliás, tem um gosto por máscaras distintas para cada visita que faz ao parque e é atraído pelo desprezo das pessoas como quase todos os outros seriais killers que já vimos nos cinemas.

Quando o mascarado encontra o então grupo que perseguirá na trama, ele é de certa forma incitado a cometer um crime por uma das meninas e é ali que ele toma gosto pelos jovens e está em todos os momentos atrás deles com ou sem a percepção dos mesmos e ao fim da noitada alguns deles, claramente, serão parte da contagem de corpos pela óbvia estupidez em achar tudo ali muito normal.

Vocês estão prontos?

Com um elenco jovem e que apresenta diversidade, Hell Fest, nome original da produção, não consegue sair do esperado filme de terror clichê. Até desconstrói algumas imagens com a ajuda do estilo ousado de uma das personagens, mas em sua maioria é mais do mesmo. 

Para um filme que promete ser divertido, os jump scares são fracos e as mortes pouco chamativas. Há sempre romance, mas aqui só se monta o retrato de casais saindo juntos. A trajetória do assassino é a única que, de certa forma, ganha inicio, meio e fim se desfaz por pouco.

Gregory Plotkin que é também editor aqui, tem uma filmografia extensa nesta função, e esta é sua segunda vez na condução de um longa. Em 2015, ele foi responsável por 'Atividade Paranormal: Dimensão Fantasma'.

Trilha sonora, figurino e outros aspectos técnicos de Parque do Inferno não fazem muita diferença para alavancá-lo do fundo do poço e talvez seja deixar chegar as plataformas de streaming ou acompanhar em exibições da tevê aberta. 


Ficha Técnica: Hell Fest, 2018. Direção: Gregory Plotkin. Roteiro:Seth M. Sherwood, Blair Butler, William Penick, Christopher Sey e Akela CooperElenco: Bex Taylor-Klaus, Reign Edwards, Christian James, Matt Mercurio, Tony Todd, Amy Forsyth, Courtney Dietz, Michael TourekNacionalidade: Eua. Trilha Sonora: Bear McCreary. Fotografia: José David Montero. Figurino: Tony Gardner e Eulyn Colette Hufkie. Edição: David Egan e Gregory Plotkin.  DistribuidoraParis Filmes. Duração: 01h29min.
Avaliação:  Um mar de clichês e sessenta e oito marteladas (1,68/5).

Hoje nos cinemas!

See Ya!


B-

Escrito por Bárbara Kruczyński

    Comentários Blogger
    Comentários Facebook

0 comments:

Postar um comentário

Pode falar. Nós retribuímos os comentários e respondemos qualquer dúvida. :)