Ainbo - A Guerreira da Amazônia | Assista nos Cinemas


A maior floresta tropical do mundo é nossa. Mas você sabia que Amazônia, o pulmão do mundo, também se estende até a Colômbia e ao Peru? O mais legal é que estreou na última semana a animação AINBO - A Guerreira da Amazônia e no filme é possível conferir uma parte desse lugar encantado que ainda não conhecemos.

No filme, uma jovem de uma tribo da Amazônia Peruana conhece seus guias espirituais, um tatu fofinho e engraçadinho chamado ''Dillo'' e uma anta gigante e meio pateta que atende pelo nome de ''Vaca'', e aceita uma missão para salvar sua casa, a floresta de um espirito demoníaco, o Yakruna.  

A produção tem distribuição da Paris Filmes e esta em cartaz em todo o país. Se você mora em Brasilia, também é possível assisti-la no Cine Drive-in.

Trailer


Ficha Técnica

Título original  e ano: Ainbo - The Spirit of The Amazon. Direção: Richard Claus, Jose Zelada. Roteiro: Richard Claus, Brian Cleveland, Jason Cleveland, Larry Wilson,  Jose Zelada. Vozes originais: Lola Raie, Naomi Serrano, Dino Andrade, Joe Hernandez, Thom Hoffman, Rene Mujica, Yeni Alvarez, Bernanrdo de Paula. Gênero: Animação, aventura, fantasia, família. Nacionalidade: Peru, Holanda. Trilha sonora original: Vidjay Beerepoot. EdiçãoJob ter Burg. Direção de arte: Pierre Salazar. Distribuição: Paris Filmes. Duração: 01h24min.

Ainbo tem 13 anos de idade e vive na Aldeia de Candamo, na Amazônia. A garota é esperta e vive treinando seu potencial de caçadora, além de aproveitar o melhor que a floresta pode dar. Ainbo é amiga de Zumi, a futura líder da aldeia. Esta última deve assumir em breve e tomar conta de seu povo, pois o atual cacife está muito doente e cada vez mais eles começam a encontrar peixes mortos nos rios e perceber que está havendo destruição aos arredores. Todos temem imensamente o Yakuruna e um homem branco que se diz cientista chega ao lugar trazendo vacinas e remédios e se dizendo amigo quando não parece muito ser o que ele é.

Não demora e Ainbo e Zumi se desentendem. Logo, ao passo que o guerreiro Atok desacredita o poder espiritual de Ainbo perante a tribo, o homem branco enfeitiça Zumi e o cacife, o que coloca a todos em risco, pois o recém chegado está atrás das riquezas floresta. Mas é com a ajuda de Dillo e Vaca, os guias espirituais de Ainbo, que tudo vai se acertar. Nessa aventura toda, Ainbo ainda deve encontrar com o espiríto da Floresta, a tartaruga gigante Motello Mama e receber a visita de alguém de seu passado que aparentava estar aprisionada a uma árvore encantada.


Assim que a animação começa, é perceptível que a Amazônia retratada não é a que conhecemos, mas também fosse entende-se que os animadores tentaram entregar uma ideia geral de floresta e brincar com a beleza das matas, não só entregando realidade, mas bons contrastes. Aliás, o traço dos bichinhos, das pessoas e de tudo que é mostrado é hiper moderno e a tribo indígena realmente poderia ser de qualquer lugar na região da América do sul. As pinturas, as roupas e os cortes de cabelos fazem jus ao que nós do lado de cá estamos acostumados a ver de aldeias no Xingu, por exemplo.  

Sobre a trama, não há em si um texto perfeito, mas temos um bem eficiente ao falar de como o homem branco destrói tudo que toca. Inclusive, este é visto como o tal demônio Yakuruna que tanto se fala na tribo e é ao se revelar traiçoeiro que o homem branco é confirmado como nada confiável e causador de todo o caos em terras sagradas. Algo que não foge da realidade nem Brasileira, nem Colombiana e muito menos Peruana. 



A animação com uma guerreira juvenil da América do sul surge após termos visto Moana e Elsa protagonizarem suas próprias histórias e terem bastante empoderamento. Ainbo consegue também ter esse tom feminino e feminista, pois fala de sua crença na floresta, na amizade com Zumi e também na família. É visto como natural também que a liderança da aldeia de candamo vá para uma mulher, após um homem a deixar. Alternância aqui ganha outro significado.

O filme também trabalha a perspectiva de que pessoas vilanescas podem voltar atrás e repensar seus atos. É o que acontece ao personagem de Atok que era vingativo e ressentido por conta de um amor do passado, a mãe de Ainbo. Com a chegada do demônio Yakuruna, ele entende que lutar pela tribo e se unir a Ainbo é sim importante. Ademais, crer na menina e em seus guias, pois a situação que se deflagra exige o melhor de todos.

Richard Claus é alemão e já produziu cerca de 22 filmes e assina a direção de 7 deles, com um em andamento. Em 2017, foi responsável pela animação ''Meu Amigo Vampiro'' e dirige Ainbo em parceria com Jose Zelada. Este último colocou a mão na massa pela primeira vez aqui e deve lançar uma nova aventura sobre uma guerreira Inca chamada ''Kayara'' em 2022. A dupla consegue um resultado bom e cheio de mensagens relevantes não só para as crianças como também aos adultos. 

EM CARTAZ

Escrito por Bárbara Kruczyński

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