Dora e a Cidade Perdida, de James Bobin


O famoso desenho infantil Dora, a Aventureira, da Nickelodeon, se une ao grupo das adaptações live-action de Hollywood. Assim como os remakes dos clássicos da Disney, Dora e a Cidade Perdida é um filme maior em termos de produção que as obras originais que estão adaptando; na esperança que isso garanta uma ótima bilheteria. Por isso, é fácil imaginar que Dora é apenas um filme caça-níquel do mercado infantil. 


Mas o filme sabe que está nessa posição e acaba se levando pouco a sério, deixando tudo mais divertido. Dora (Isabela Moner) vive com os pais (Eva Longoria e Michael Peña) na floresta amazônia, onde eles fazem pesquisas arqueológicas - esse enredo já nos leva a imaginar aventuras como as de Indiana Jones e Lara Croft acontecendo com uma criança. 




Ao inicio da produção uma animação 3D de Dora, Diego e o macaquinho Botas correndo atrás no Sr. Raposo aparece na tela. Logo vamos para a “realidade” e o filme mostra que estamos num mundo muito mais familiar. 

Trailer


Ficha Técnica


Título original e ano: Dora and The Lost City of Gold, 2019. Direção: James Bobin. RoteiroNicholas Stoller, Matthew Robinson, Nicholas Stoller com argumento de Tom Wheller - baseado nos personagens criados por Eric Weiner, Chris Gifford, Valerie Walsh. Elenco: Isabela Moner, Eva Longoria, Michael Peña. Benicio Del Toro, Madelyn Miranda, Mar Weiner, Sasha Toro, Joey Vieira, Madeleine Madden,  Pia Miller, Jeff Wahlberg, Adriana Barraza, Nicholas CombeDanny Trejo e Eugenio Derbez. Gênero: Aventura, familia. Nacionalidade: Eua, México e Austrália. Trilha Sonora Original: John Debney e Germaine Franco. Fotografia: JAvier Aguirresarobe. Edição: Mark Everson. Distribuição: Paramount Pictures do Brasil. Duração: 01h42min.

Mas os perigos da selva e a empolgação de Dora com a exploração fazem seus pais a mandarem a Los Angeles, morar com seus tios. Ir para a cidade e ver os costumes do ambiente urbano faz o filme se situar ainda mais no que seria mais verossímil no mundo “real”. O diretor James Bobin usa essas diferenças pra brincar com o espectador de maneira bem divertida. O próprio Sr. Raposo é alvo de piadas por uma personagem por usar uma máscara. 



Os temas comuns em longas infantis como o respeito às diferenças e o valor da amizade acontecem aqui também. Mas na película ganham outro contorno, já que tem como protagonista uma família latina que pesquisa a cultura dos povos originários do continente. Os Incas nunca são referidos como atrasados ou primitivos, tendo suas descobertas da engenharia como alguns pontos que movem a trama. Desde o início os pais de Dora reafirmam os problemas com caçadores de tesouros, muito diferente dos exploradores científicos. O “outro” que era alvo de bullying na primeira parte da trama que se passa em Los Angeles, acaba virando um “outro” muito mais sério na segunda.




Dora e a Cidade Perdida é um filme divertido para os pequenos. Talvez seja prejudicado por ter que misturar várias fases da infância para garantir um público de cinema, o que coloca Dora no Ensino Médio, mesmo que adolescentes dessa idade já não tenham o costume de acompanha-la. Todavia, ao se deixar levar pelas aventuras fora da casinha, o resultado final acaba agradando quem for levar as crianças.


HOJE NOS CINEMAS

Escrito por Marisa Arraes

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