O Tal do Hype: Livros Superestimados e Livros que Realmente Valem a Pena


Ah, o hype. Certos livros caem nas graças dos leitores e você não consegue abrir uma rede social sem dar de cara com alguém falando deles. Devo admitir, eu sou uma pessoa muito influenciável. Mesmo que um livro não me interesse de cara, se todo mundo estiver elogiando, pode apostar que mais cedo ou mais tarde eu acabo lendo. (o livro hypado da vez é A Canção de Aquiles. Eu tô RESISTINDO demais a ler. Gente.... é uma TRAGÉGIA e eu não quero sofrer mais do que sofro na vida! Mas o booktiwtter não me deixa seguir com minha vida incólume. Vou acabar lendo).

O que acontece é que as vezes os livros são de fato bons, e eu me junto a horda de fãs apaixonados na rede do passarinho azul que gritam: LEIAM ISSO AQUI PELO AMOR DA DEUSA! Agora, tem outras obras que sinceramente me fazem questionar se o hype, às vezes, não é só golpe de marketing ou se o problema não é comigo por desgostar de um livro que todo mundo ama. 

Enfim, hoje trouxe aqui para vocês 6 livros que na minha opinião não valem o hype (e seis que valem).  Porque eu me importo com vocês e sei como tempo é algo precioso, então vou poupá-los de ir ler coisa ruim. Por favor, não me xinguem. haha (mas se quiser debater sobre, pode me chamar no twitter)

Livros que NÃO VALEM o Hype


Em ordem de "eu entendo pq as pessoas gostam, mas não funcionou comigo” até MEU DEUS COMO ALGUÉM FALA BEM DISSO

Duna (Frank Herbert)


Editora: Aleph
Páginas: 600


Sinopse: A vida do jovem Paul Atreides está prestes a mudar radicalmente. Após a visita de uma mulher misteriosa, ele é obrigado a deixar seu planeta natal para sobreviver ao ambiente árido e severo de Arrakis, o Planeta Deserto. Envolvido numa intrincada teia política e religiosa, Paul divide-se entre as obrigações de herdeiro e seu treinamento nas doutrinas secretas de uma antiga irmandade, que vê nele a esperança de realização de um plano urdido há séculos. Ecos de profecias ancestrais também o cercam entre os nativos de Arrakis. Seria ele o eleito que tornaria viáveis seus sonhos e planos ocultos?

A gente já começa a lista com POLÊMICA. O livro tem uma legião de fãs, e que deve só aumentar com a adaptação do Denis Villeneuve (devo admitir, que foi após o anuncio do filme - com esse elenco foda - que me interessei em ler). Você vai ver muita gente falando sobre como ele é uma obra pioneira do gênero, historicamente importante e como é uma obra prima e tal. Bem, eu entendo. O livro tem muitos méritos, principalmente em relação a “construção de mundo". Arrakis é realmente concebido com uma riqueza de detalhes impressionante. Além disso, a trama, com suas intrigas políticas, exploração do imperialismo e da construção de uma figura divina/mítica é muito interessante.

Mas gente, a narrativa é um tanto enfadonha. O livro te promete altas doses de ação e você vai virando as páginas esperando encontrar AQUELE MOMENTO... que nunca vem. Ao invés disso, o autor enfia passagens de tempo, pula o que deveria ser desenvolvimento importante de personagens. Nem o final consegue trazer a ação prometida. Acontece tudo muito rápido e de forma tão fácil. Eu também não fui conquistado pelos personagens. Não me apeguei tanto a ninguém. É uma pena.

Acorda Pra Vida, Chloe Brown (Talia Hibbert)

Editora: Paralela
296 páginas


Sinopse: Depois de quase ser atingida por um carro em alta velocidade, Chloe Brown se deu conta de que o próprio obituário seria um tanto entediante. Para reverter essa situação, ela decide montar uma lista de atividades necessárias para finalmente "acordar para a vida". Mudar assim não é nada fácil, mas, para sua sorte, Chloe encontra alguém que — mesmo a contragosto — pode ajudá-la nessa missão. Seu vizinho Red Morgan é um motoqueiro misterioso, que tem várias tatuagens e mais sex appeal que uma estrela de Hollywood. No entanto, um acordo leva Chloe e Red a se aproximarem e perceberem que suas primeiras impressões um do outro estavam erradas. E que, mesmo com traumas do passado e receios quanto ao futuro, o amor nunca perde a chance de surpreender.

Teoricamente, esse é o tipo de livro que eu deveria amar. Tem todos os elementos que geralmente me agradam: representatividade, rivalidade que se transforma em afeto, relações familiares, etc. Ano passado, ele figurava em todas as listas gringas de melhores do ano. Não foi uma GRANDE decepção, é até bonzinho, mas... falta sal, sabe? É fofinho, divertidinho, os personagens são legalzinhos, mas tudo inho mesmo. Não me conquistou. Achei que seria marcante, mas acabou sendo só esquecível e okay (eu li o segundo livro da série, “Take a Hint, Dani Brown”. É melhor que o primeiro, mas ainda assim não é tudo o que falam).

Trono de Vidro (Sarah J. Maas)


Editora: Galera Record
392 páginas

Sinopse: Conheça a assassina. Seu destino é vencer. Nas sombrias e sujas minas de sal de Endovier, um jovem de 18 anos está cumprindo sua sentença. Celaena é uma assassina, e a melhor de Adarlan. Aprisionada e fraca, ela está quase perdendo as esperanças quando recebe uma proposta. Terá de volta sua liberdade se representar o príncipe de Adarlan em uma competição, lutando contra os mais habilidosos assassinos e larápios do reino. Endovier é uma sentença de morte, e cada duelo em Adarlan será para viver ou morrer. Mas se o preço é ser livre, ela está disposta a tudo.


Te falar, faz muito tempo que não leio uma séria YA de fantasia realmente boa. Acho que desde Jogos Vorazes que nada me conquista com intensidade. Talvez eu tenha só cansado do gênero.  A verdade é que qualquer uma dessas sagas famosas dos últimos anos poderiam estar na lista, de Sombra e Ossos (inclusive a série da Netflix é ruinzinha viu) a Shadowhunters. Eu larguei todas no primeiro livro, mas escolhi Trono de Vidro porque é na minha opinião a que tinha o maior potencial (desperdiçado). A trama é muito interessante. Eu esperava que fosse um livro que prendesse minha atenção de uma forma que as páginas saltassem sem nem eu perceber. Não foi o que aconteceu. Enrolei horrores pra ler. Achei tudo muito desinteressante e chato. Terminou o livro, eu tava pouco me lixando pra saber se Endovier sobreviveria. Tanto que não apostei para descobrir se melhorava nos próximos volumes, parei aqui mesmo.

A Vida Invisível de Addie Larue (Victoria Schwab)


Editora: Galera Record
504 páginas

Sinopse: França: 1714. Addie LaRue não queria pertencer a ninguém ou a lugar nenhum. Em um momento de desespero, a jovem faz um pacto: a vida eterna, sob a condição de ser esquecida por quem a conhecer. Um piscar de olhos, e, como um sopro, Addie se vai. Uma virada de costas, e sua existência se dissipa na memória de todos. Após tanto tempo vivendo uma existência deslumbrante, aproveitando a vida de todas as formas, fazendo uso de tantos artifícios quanto fosse possível e viajando pelo tempo e espaço, através dos séculos e continentes, da história e da arte, Addie entende seus limites e descobre — apesar de fadada ao esquecimento — até onde é capaz de ir para deixar sua marca no mundo. Trezentos anos depois, em uma livraria, um acontecimento inesperado: Addie LaRue esbarra com um rapaz. Ele enuncia cinco palavras. Cinco palavras capazes de colocar a vida que conhecia abaixo: Eu me lembro de você. Uma jornada inspirada no mito faustiano sobre busca e perda, eternidade e finitude e, acima de tudo, uma questão: até onde se vai para alcançar a liberdade? 

Olha, para ser bem sincero, considero a Victoria Schwab superestimada no geral. Já li três livros dela e juro que não entendo porque o pessoal ama tanto. Pra mim sempre fica a sensação de que falta algo. Quando saiu Addie Larue, minha primeira impressão foi pensar que tinha rolado algum plágio, pois a premissa é muito parecida com o filme A Vida de Adaline. Até o nome da protagonista é (quase) o mesmo haha. Bem, aparentemente é só coincidência, pois dizem que Victoria demorou uma década para desenvolver essa história. Por que demorou tanto, não sei, pois não tem nada demais.

Eu vi tantas pessoas fazendo reviews apaixonadas, falando que era um livro inesquecível, que tinha virado favorito da vida e coisas do tipo, que eu estava esperando algo super profundo e marcante. Juro que não entendo. Acho até que teria gostado mais se não fosse todo o hype, sabe? Não é um livro ruim. Só é... básico. É bem escrito, mas a protagonista não tem nada de especial, o romance dela com o guri é bem sem graça e a narrativa, apesar de inventiva e interessante, soa bastante repetitiva. Algo que me irrita nos livros da Victoria são os flashbacks, ela não sabe a hora de parar e investir no “presente”. E isso aconteceu aqui. Chegou um momento que eu simplesmente não aguentava mais e só queria pular os flashbacks todos para pelo menos saber como a história terminava (bem meh. Fiquei torcendo pelo vilão kkk).

Verity (Colleen Hoover)

Editora: Galera Record
320 páginas

Sinopse: Verity Crawford é a autora best-seller por trás de uma série de sucesso. Ela está no auge de sua carreira, aclamada pela crítica e pelo público, no entanto, um súbito e terrível acidente acaba interrompendo suas atividades, deixando-a sem condições de concluir a história... E é nessa complexa circunstância que surge Lowen Ashleigh, uma escritora à beira da falência convidada a escrever, sob um pseudônimo, os três livros restantes da já consolidada série. Para que consiga entender melhor o processo criativo de Verity com relação aos livros publicados e, ainda, tentar descobrir seus possíveis planos para os próximos capítulos, Lowen decide passar alguns dias na casa dos Crawford, imersa no caótico escritório de Verity – e, lá, encontra uma espécie de autobiografia onde a escritora narra os fatos acontecidos desde o dia em que conhece Jeremy, seu marido, até os instantes imediatamente anteriores a seu acidente – incluindo sua perspectiva sobre as tragédias ocorridas às filhas do casal. Quanto mais o tempo passa, mais Lowen se percebe envolvida em uma confusa rede de mentiras e segredos, e, lentamente, adquire sua própria posição no jogo psicológico que rodeia aquela casa. Emocional e fisicamente atraída por Jeremy, ela precisa decidir: expor uma versão que nem ele conhece sobre a própria esposa ou manter o sigilo dos escritos de Verity?

*respira fundo Vitor* 

Eu peguei tanto ranço desse livro, que só falar sobre ele já me deixa enjoado. E pior, não peguei só ranço do livro, mas da autora. Eu nunca me senti tão DESRESPEITADO como leitor em toda minha vida! Sério, o livro estava bom. É super imersivo e intrigante. Eu estava amando! Mas chegou no final, e a Colleen resolveu enfiar goela abaixo O PIOR PLOT TWIST DA HISTÓRIA. Sério, para mim invalidou toda a boa experiência que eu estava tendo com a leitura até então. É um desdobramento que não faz o menor sentido, preguiçoso e petulante. Eu odiei tanto que me deu vontade de tacar o kindle na parede. Hoje, quando eu vejo que alguém vai começar a ler Verity, faço questão de fazer campanha negativa, pois ninguém merece cair nessa enrascada.

A Garota do Lago (Charlie Donlea)

Editora: Faro Editorial
295 Páginas

Sinopse: Summit Lake, uma pequena cidade entre montanhas, é esse tipo de lugar, bucólico e com casas encantadoras dispostas à beira de um longo trecho de água intocada. Duas semanas atrás, a estudante de direito Becca Eckersley foi brutalmente assassinada em uma dessas moradias. Filha de um poderoso advogado, Becca estava no auge de sua vida. Atraída Instintivamente pela notícia, a repórter Kelsey Castle vai até a cidade para investigar o caso. ...E Logo Se Estabelece Uma Conexão Íntima Quando Um Vivo Caminha Nas Mesmas Pegadas Dos Mortos...E enquanto descobre sobre as amizades de Becca, sua vida amorosa e os segredos que ela guardava, a repórter fica cada vez mais convencida de que a verdade sobre o que aconteceu com Becca pode ser a chave para superar as marcas sombrias de seu próprio passado.



ESSE
LIVRO 
É
UM
LIXO

Sério, gente. Juro que não entendo como algo assim é lançado, imagina por que cargas-d'água ficou tão famoso. Estou convencido de que quem fala bem desse livro, nunca leu outro thriller na vida. Só assim para gostar desse treco. Eita livro mal escrito, com momentos artificiais, personagens pouco cativantes e compilado de reviravoltas tiradas dos maiores clichês do gênero. Sem falar no toque de misoginia que aparece aqui e ali

Eu costumo abandonar livros ruins sem dó nenhuma, mas cheguei ao fim desse porque fiquei curioso pra saber o que tinha acontecido com a personagem. Ler esse livro foi como conversar com aquela vizinha inconveniente que vem te contar algo que você não quer saber e que geralmente tu não daria trela, mas o espírito de fofoqueira (quem nunca) fala mais alto e você não resiste e para para escutar. Só que ela se embanana toda e quando chega ao final da fofoca tu fica "mas mulher era só isso??" e se arrepende de ter dedicado seu tempo a essa história fuleira.

Livros que VALEM o Hype



*Em ordem crescente do quanto conquistou meu 💓💓*

Pessoas Normais (Sally Rooney)

Editora: Companhia das Letras
Páginas: 264

Sinopse: Na escola, no interior da Irlanda, Connell e Marianne fingem não se conhecer. Ele é a estrela do time de futebol, ela é solitária e preza por sua privacidade. Mas a mãe de Connell trabalha como empregada na casa dos pais de Marianne, e quando o garoto vai buscar a mãe depois do expediente, uma conexão estranha e indelével cresce entre os dois adolescentes – contudo, um deles está determinado a esconder a relação. Um ano depois, ambos estão na universidade, em Dublin. Marianne encontrou seu lugar em um novo mundo enquanto Connell fica à margem, tímido e inseguro. Ao longo dos anos da graduação, os dois permanecem próximos, como linhas que se encontram e se separam conforme as oportunidades da vida. Porém, enquanto Marianne se embrenha em um espiral de autodestruição e Connell começa a duvidar do sentido de suas escolhas, eles precisam entender até que ponto estão dispostos a ir para salvar um ao outro. Uma história de amor entre duas pessoas que tentam ficar separadas, mas descobrem que isso pode ser mais difícil do que tinham imaginado.

Eu não lembro desse livro ser tão comentado quando ele saiu aqui no Brasil. Porém, com o lançamento da série (leia a resenha aqui), que fez um sucesso enorme, ele acabou ganhando um grande buzz. E nada mais justo! Sally tem um talento enorme para construir relacionamentos complexos. O livro mergulha na psique de seus personagens, nos fazendo sentir suas dores e dilemas com intensidade. A história aborda autoestima, depressão, relacionamentos tóxicos e afeto de forma muito comovente e sensível. Vale muito a pena! Minha única reclamação é o final, que deixou um pouco a desejar. Inclusive, o da série é melhor (e eles mudaram pouca coisa).

O Ceifador (Neal Shusterman)


Editora: Seguinte
Páginas 448

Sinopse: Primeiro mandamento: matarás. A humanidade venceu todas as barreiras: fome, doenças, guerras, miséria... Até mesmo a morte. Agora os ceifadores são os únicos que podem pôr fim a uma vida, impedindo que o crescimento populacional vá além do limite e a Terra deixe de comportar a população por toda a eternidade.  Citra e Rowan são adolescentes escolhidos como aprendizes de ceifador - papel que nenhum dos dois quer desempenhar. Para receberem o anel e o manto da Ceifa, os adolescentes precisam dominar a arte da coleta, ou seja, precisam aprender a matar. Porém, se falharem em sua missão ou se a cumplicidade no treinamento se tornar algo mais, podem colocar a própria vida em risco.

Demorei horrores para ir conferir essa série, justamente pelo meu desânimo com as sagas de fantasia que o povo indica. Quando finalmente me propus a pegar para ler, fiquei bastante surpreso ao encontrar uma história original e provocativa, que dialoga muito com os tempos em que estamos vivendo de fake news e abuso de poder. E a história só vai crescendo e ficando ainda mais interessante a cada volume (é uma trilogia). É uma leitura completamente satisfatória, que vai agradar até o fã mais exigente do gênero.

O Filho de Mil Homens

Editora: Biblioteca Azul
224 Páginas


Sinopse: Pescador que vive em um vilarejo litorâneo, Crisóstomo, ao chegar aos 40 anos, sofre com o fato de não ter tido um filho e sai em sua busca. Desejava um herdeiro que pudesse, além de lhe aplacar a solidão, ser testemunha do que ele próprio se tornou, com as alegrias e tristezas de sua trajetória. A todas as fantasias patriarcais contidas na obra, Mãe contrapõe, segundo Manguel no prefácio, “outra mais nobre e concretizável: a fantasia de um filho de mil seres humanos, tanto homens como mulheres. A essa definição correspondemos todos”.

Eu sempre vejo esse livro aparecendo no skoob e goodreads, mas por alguma razão não despertou meu interesse. Sabia nem do que se tratava. Foi preciso um amigo me indicar para que eu arriscasse. E não me arrependi! Que leitura marcante e imersiva. É um dos livros mais bem escritos que já li na vida. Cada palavra, cada vírgula, cada diálogo te atinge lá no fundo da alma. Simplesmente belíssimo!

Gente Ansiosa (Fredrik Backman)

Editora: Rocco
340 Páginas

Sinopse: A busca por um apartamento não costuma ser uma situação de vida ou morte, mas uma visita imobiliária toma tais dimensões quando um fracassado assaltante de banco invade o apartamento e faz de reféns um grupo de desconhecidos. O grupo inclui um casal recém-aposentado que procura sem parar, casas para reformar, evitando a verdade dolorosa de que não é possível reformar o casamento. Há um diretor de banco rico, ocupado demais para se preocupar com outras pessoas, e um casal que, prestes a ter o primeiro filho, não concorda sobre nada. Acrescenta-se uma mulher de 87 anos que já viveu demais para temer uma ameaça à mão armada, um corretor imobiliário assustado, mas ainda disposto a vender, e um homem misterioso que se trancou no único banheiro do apartamento, e assim completamos o pior grupo de reféns do mundo. Cada personagem carrega uma vida de reclamações, mágoas, segredos e paixões prestes a transbordar. Ninguém é exatamente o que parece. E todos — inclusive o ladrão — estão desesperados por algum tipo de resgate. Conforme as autoridades e a imprensa cercam o prédio, os aliados relutantes revelam verdades surpreendentes e desencadeiam eventos tão inusitados que nem eles próprios são capazes de explicar.

Eu li esse livro ano passado, em inglês, bem no auge da pandemia. Claro, esses últimos anos não estão sendo fáceis para ninguém e para mim não está sendo diferente. Estava no limite do stress, da amargura e solidão. Não é exagero dizer que esse livro é como arco íris que decora o céu após uma tempestade. É exatamente o tipo de leitura que eu precisava, do tipo que renova suas forças. É bom ser lembrado de que o ser humano também é capaz de bondade; ser lembrado de que estamos todos em uma jornada, cometendo erros, batalhando demônios internos; procurando amor, entendimento e pertencimento.

O livro tem uma estrutura muito dinâmica, expondo de forma não linear o que aconteceu em um apartamento, durante um assalto, a investigação da polícia e os dramas pessoais de cada personagem. Descobrimos que as coisas são sempre mais complexas do que parecem. É um livro que, ao te fazer se importar com os personagens, te desafia a examinar sua própria vida e refletir o quão empáticos conseguimos ser em nosso dia a dia. Fredrik escreve com imensa sensibilidade, mas também um surpreendente humor. Tinha momentos em que estava rindo e logo depois com aquele nó de choro na garganta. A narrativa também guarda surpresas, com pequenos plot twists que só aumentam o engajamento na leitura. Foi uma obra que me emocionou e inspirou.

Os Sete Maridos de Evelyn Hugo (Taylor Jenkins Reid)

Editora Paralela
360 páginas

Sinopse: Lendária estrela de Hollywood, Evelyn Hugo sempre esteve sob os holofotes -- seja estrelando uma produção vencedora do Oscar, protagonizando algum escândalo ou aparecendo com um novo marido... pela sétima vez. Agora, prestes a completar oitenta anos e reclusa em seu apartamento no Upper East Side, a famigerada atriz decide contar a própria história -- ou sua "verdadeira história" --, mas com uma condição: que Monique Grant, jornalista iniciante e até então desconhecida, seja a entrevistadora. Ao embarcar nessa misteriosa empreitada, a jovem repórter começa a se dar conta de que nada é por acaso -- e que suas trajetórias podem estar profunda e irreversivelmente conectadas.

O que dizer sobre esse livro que eu já não disse nesse post aqui? O livro chegou ao Brasil pela tag e imediatamente foi um grande sucesso. Até hoje figura entre os mais lidos. E, olha, todo sucesso é pouco. Taylor Jenkings Reid criou uma história especial, com uma personagem que se recusa a deixar meu imaginário. Evelyn Hugo soa tão real... e eu sou loucamente apaixonado por ela!

Vermelho, Branco e Sangue Azul (Casey McQuiston)

Editora Seguinte
392 páginas


Sinopse: O que pode acontecer quando o filho da presidenta dos Estados Unidos se apaixona pelo príncipe da Inglaterra? Quando sua mãe foi eleita presidenta dos Estados Unidos, Alex Claremont-Diaz se tornou o novo queridinho da mídia norte-americana. Bonito, carismático e com personalidade forte, Alex tem tudo para seguir os passos de seus pais e conquistar uma carreira na política, como tanto deseja. Mas quando sua família é convidada para o casamento real do príncipe britânico Philip, Alex tem que encarar o seu primeiro desafio diplomático: lidar com Henry, irmão mais novo de Philip, o príncipe mais adorado do mundo, com quem ele é constantemente comparado ― e que ele não suporta. O encontro entre os dois sai pior do que o esperado, e no dia seguinte todos os jornais do mundo estampam fotos de Alex e Henry caídos em cima do bolo real, insinuando uma briga séria entre os dois. Para evitar um desastre diplomático, eles passam um fim de semana fingindo ser melhores amigos e não demora para que essa relação evolua para algo que nenhum dos dois poderia imaginar ― e que não tem nenhuma chance de dar certo. Ou tem?

O meu livro preferido de 2019! Quando foi anunciado eu já fiquei ansioso pela premissa. Corri para ler quando foi lançado e não me decepcionou nenhum pouco. Muito pelo contrário: era tudo o que eu esperava e mais. É tudo que eu mais amo em um livro só. Ele dialoga com o mundo atual, passa uma mensagem de esperança, tem personagens carismáticos, tem um casal com química irresistível (e o romance ainda é haters do lovers! E fake dating!), esquenta o coração, emociona e ainda conseguiu me fazer me interessar por uma trama política. Eu já li esse livro umas três vezes e não canso dessa história! É aquela questão de afeto, sabe?

Então essas são minhas listinhas. Concorda, discorda? Deixa aí seu comentário! 

Love, Victor!

Escrito por Vitor Souza

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