O amor é a serra mais afiada
O universo dos animes é impactado pela chegada de "Chainsaw Man – O Filme: Arco da Reze", uma produção japonesa que não faz feio frente a estrada percorrida pela série "Chainsaw Man" (Dezembro de 2018 - Dezembro de 2022, Tatsuki Fujimoto) publicada pela Shueisha. A nova empreitada da produtora MAPPA, já conhecida por flertar com o impossível, tem direção de Tatsuya Yoshihara, traz de volta Denji (vozes de Kikunosuke Toya, no original, e na versão Brasileira, Marina Inoue/Erick Bougleux) o garoto que virou serra elétrica, agora enfrentando algo mais complexo que devils e guerras: o amor. E, claro, as consequências de sentir demais num mundo que não permite descanso.
Na trama, logo após enfrentar inúmeros demônios e perdas,
Denji tenta viver uma vida tranquila, sonhando com momentos simples e um pouco de paz. É quando ele conhece Reze (Reine Ueda na voz original e Aline Guioli na dublagem brasileira), uma jovem gentil que trabalha em uma cafeteria e desperta nele sentimentos que ele nunca havia experimentado, todavia, por trás do sorriso de garota há um segredo sombrio: ela é uma arma híbrida enviada para eliminá-lo. Quando o amor e o dever colidem, Denji se vê dividido entre o desejo de ser amado e o destino sangrento que o persegue, em uma história intensa sobre humanidade, sacrifício e o preço do afeto.
Denji tenta viver uma vida tranquila, sonhando com momentos simples e um pouco de paz. É quando ele conhece Reze (Reine Ueda na voz original e Aline Guioli na dublagem brasileira), uma jovem gentil que trabalha em uma cafeteria e desperta nele sentimentos que ele nunca havia experimentado, todavia, por trás do sorriso de garota há um segredo sombrio: ela é uma arma híbrida enviada para eliminá-lo. Quando o amor e o dever colidem, Denji se vê dividido entre o desejo de ser amado e o destino sangrento que o persegue, em uma história intensa sobre humanidade, sacrifício e o preço do afeto.
O longa, lançado no Brasil em mais uma parceria entre a Sony Pictures e a Crunchyroll, entrega uma uma experiência arrebatadora. Portanto, não só faz amigos se encontrarem nos cinemas, mas une a platéia e todos que adentram este universo. Então, a dica é: agarre a mão do coleguinha na cadeira ao lado, pois provavelmente você irá precisar de apoio emocional.
Trailer
Ficha Técnica
Título Original e Ano: Gekijô-ban Chensô Man Reze-hen, 2025. Direção: Tatsuya Yoshihara. Roteiro: Hiroshi Seko - adaptada da série de Tatsuki Fujimoto publicada pela Shueisha em Shonen Jump+. Vozes Originais: Kikonusuke Toya, Tomori Kusunoki, Shôgo Sakata, Ai Fairouz, Kenji Akabane, Hannah Alyea, Bryn Apprill, Joshua Bangle, Marianne Bray, Aiden Call, Jason Douglas, Kyle Halberstadt, Natsuki Hanae, Alex Hom Shiori Izawa, Eri Kitamura, Ryan Colt. Dublagem: Erick Bougleux, Aline Guioli, Luisa Viotti, Pamella Rodrigues, Sérgio Cantú, Bia Menezes, Jeane Marie, Leonardo Santhos, Wagner Follare, Nando Sierpe, Bruna Laynes, Ronaldo Júlio, Márcia Coutinho, Daniel Müller, Daniel Ávila. Gênero: Anime, Fantasia, Romance, Ação. Nacionalidade: Japão. Trilha Sonora Original: Kensuke Ushio. Fotografia: Teppei Ito. Edição: Masato Yoshitake. Figurino: Aya Yamamoto. Design de Produção: Yûsuke Tannawa. Direção de Arte: Yûsuke Takeda. Empresas Produtoras: MAPPA e Shueisha. Distribuição: Sony Pictures Brasil. Duração: 01h40min. Classificação: 18 anos.
Lindo e cruel, o anime exibe um visual com uma explosão de detalhes, assim, textura e brutalidade são nuances que acrescentam e cada frame parece ser pensado pra arrancar o ar da audiência. A animação da MAPPA, que também tem produção da Shueisha, atinge aqui um nível de refinamento que faz até os momentos mais violentos ganharem uma estranha delicadeza. É o tipo de obra que pode deixar quem assiste dividido entre querer pausar pra admirar a cena e querer desviar o olhar.
A força da animação, ou melhor, o que norteia a narrativa é realmente a personagem Reze. A misteriosa garota que surge na vida de Denji como um sopro de leveza, mas que carrega dentro de si a tragédia do próprio mundo em que vive, é o combustível que move a história. O romance entre a dupla é rápido, doce, e inevitavelmente condenado, como tudo na série Chainsaw Man. Ainda assim, quando a jovem solta frases sinceras e que evidenciam sua simplicidade, o filme atinge seu ponto mais humano. É ali que a fantasia se desarma, e o que sobra é só solidão, a mesma que persegue Denji desde o começo.
Conferir o "Arco de Reze" é se deixar engolir por essa contradição entre afeto e destruição e ao abordar o amor como quem fala de sobrevivência, porque, pra Denji, amar é tão perigoso quanto lutar contra forças sobrenaturais. Por sua vez, talvez essa seja a maior força da história: mostrar que a violência do mundo não está só nas batalhas, mas no simples ato de tentar ser alguém num sistema que só sabe explorar.
Crédito de Imagens: Sony Pictures / Crunchyroll - Divulgação
Tecnicamente, o diretor explora este universo com toda precisâo possível e vai fundo em suas peculiaridades. Sua condução é pulsante e a trilha sonora assinada por Kensuke Ushi parece gritar junto com os personagens, o que acaba deixando o ritmo equilibrado. São uma hora e quarenta minutas de acontecimentos que passam como se fossem bem menos que isso. Há uma bom mix entre ação, aventura, fantasia e até romance o que dá espaço tanto ao espetáculo quanto ao silêncio. E nesse silêncio mora a dor mais afiada.
Pra quem acompanhou a primeira temporada do anime, o filme é realmente uma continuação direta ao seu inicio, mas também um mergulho mais profundo. Ele mantém o caos e o absurdo que tornaram Chainsaw Man um fenômeno, mas vai além: questiona o que resta de humano em um corpo moldado pela dor e pela fome. Denji, que já trocou o coração por uma serra, agora descobre o preço de abrir espaço pra sentir algo diferente.
Chainsaw Man – O Filme: Arco da Reze é um lembrete de que até monstros sonham com coisas simples, e é justamente isso que os destrói. A base da trama apresentada por Tatsuki Fujimoto permite que o lê ou assiste as produções entender que ele continua sendo mestre em transformar tragédias em poesia. A parceria com o estúdio MAPPA traduz muito bem seus simbolismos e chega até a assustar de tão perfeito que é. O público (maior de 18 anos) tem então um filme pra ver de coração aberto… e talvez deixá-lo em pedaços.
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