Cachorros são sempre vistos em filmes dramáticos onde estes tem uma vida familiar ativa (Marley & Eu, David Frankel, 2008) e que tenha um tom de comédia e fofura enorme. Ali quase sempre eles se tornam heróis da coisa toda e emocionam tanto que deixa até os mais duros dos homens de coração partido. Há também espaços para o sinônimo do "melhor amigo" em longas animados e vez ou outra eles aparecem em situações atípicas e que fazem o espectador se perguntar sobre como estes pequenos seres também podem ser perigosos, como é abordado na película de 1977, dirigida por Burt Brinckerhoff, "Dogs".
Tidos como animais que escutam quatro vezes mais, com visão noturna e olfato super mega aguçado, os catyorros são sempre colocados nessa posição enigmática de terem contatos com outros mundos, e algumas religiões (hinduísmo e espiritismo) inserem à eles uma conexão sem igual a mundos espirituais, todavia, nada disso foi comprovado cientificamente e chega a ser um mero simbolismo. Usando desta idéia simbólica, o estreante na direçao de longa Ben Leonberg investe em uma proteção além do inimaginável onde o Cachorro Indi e seu dono, Todd (Shane Jensen), vão passar alguns dias na casa do Avô (Larry Fessenden) deste último e por lá o doguinho começa a ouvir e ver coisas sobrenaturais e que podem estar querendo ferir seu dono.
O lugar é tido como mal-assombrado, pois a morte do patriarca foi cercada de mistério e os vizinhos até chegam a desejar boa sorte ao rapaz, que está bastante doente, em decidir morar no lugar. Vera (Arielle Friedman) irmã de Todd, é a única que fica sempre ligando para saber se o homem está bem, pois sabe que ele não está em boas condições. Todd está bem despreocupado, cansado e tentando apenas não se preocupar com nada, enquanto isto, o atento Indi está de olho em tudo e ouvindo mais do que ele mesmo acredita estar. Não demora, e o falecido cachorro do avô de Todd, também aparece e chama Indi para mostrar que tem algo de errado na casa. O bichano também vê o esqueleto do falecido doguinho no porão da casa, espaço onde o terror todo acontece quando é a hora de Todd.
Trailer
Ficha Técnica
Título original e Ano: Good Boy. 2025. Direção: Ben Leonberg. Roteiro: Ben Leonberg & Alex Cannon. Elenco: Indy (cão), Arielle Friedman, Larry Fessenden, Anya Krawcheck, Hunter Goetz, Stuart Rudin. Gênero: Suspense/Terror. Nacionalidade: Estados Unidos da América. Trilha Sonora Original: Sam Boase-Miller. Fotografia: Ben Leonberg. Edição: Ben Leonberg. Design de Produção: Alison Diviney. Empresa Produdora: What's Wrong With Your Dog?. Distribuição no Brasil: Paris Filmes. Duração: 1h12. Classificação indicativa (Brasil): 12 anos
Rodado por mais de quatrocentos dias, durante três anos, devido ao seu ator principal ser um cachorro real, o filme instaura suspense e terror de um jeito muito excelente visto que em todo tempo se assiste a visão do animal sobre a jornada de seu dono até a morte. Assim, somente no ato final, sabemos quem realmente é Todd. Poucas vezes temos a presença real de corpo inteiro de um ser humano, como a exemplo, videos de filmes ou videos do avô que Todd assiste em um tevê velha e que tem a configuração escura.
O ator Indi e que no filme também se chama indi, reage a tudo. Ao barulho, ao dito "fantasma" que aparece para perseguir seu dono e também. Sabe se movimenta em cena e os takes do doguinho de costa ou de olho nos ambientes e espaços da casa assombrada são certeiros e auxiliam a evidenciar o medo dele pelo que pode acontecer. O ato final, ele ainda que com medo e tentando avisar o dono dos ocorridos, tenta o defender, mas recebe um sinal de que ele não precisa se desgastar, já que Todd aceitou seu destino.
Crédito de Imagens: What's Wrong With Your Dog? / Paris Filmes - Divulgação
A internet ficou nervosa quando o primeiro trailer do filme foi lançado e uma das perguntas mais buscadas no google era se "o cachorro do filme morre?"
O roteiro exala boa escrita e o filme é bem rodada. O texto, ao se analisar com profundidade, vem traçar boas reflexões deste momento que todos nós devemos passar na vida, a chegada da morte e quem vem nos buscar. Na situação imposta ao cachorro, ele tenta a todo custo salvar seu dono, mas entende no final que não há mais nada a fazer e chega também a correr risco. Contudo, seu bom e heroico coração o faz ter salvação.
É um filme curto, de menos de uma hora e vinte minutos, mas muito direto na mensagem que quer passar, e esta vai além de seres malignos dando sustos e acorrentando quem se está no encalço. É uma boa fábula sobre a morte, sobre o afeto entre cachorros e seus donos e até mesmo sobre famílias que vão se desfazendo para se encontrar em algum lugar. Ótima pedida para o Halloween tupiniquim/dias dos mortos.
Em Exibição nos Cinemas









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